quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CAIU NA NET XXXV - THE DRIFTER

Vale a pena ver de novo...



sábado, 20 de outubro de 2012

WCT 2012 - GÂMBIA EUROPÉIA

Novamente com apenas 2 etapas, a primeira divisão do surf mundial foi ao velho mundo apresentar o que há de melhor no esporte atual. Infelizmente, além do surf de primeiríssima qualidade, apresentou-se também uma das piores coisas do esporte atual. As falhas no julgamento. Não, não é mais a subjetividade que esta em pauta, mas a seriedade dos julgadores que esta em cheque.

Aparentemente os malandros da torre são as pessoas mais espertas do universo e todos os outros reles mortais são completos idiotas, ou ao menos são (somos) tratados como tal. Mas, como trata-se de um relato de dois eventos, vamos por partes:


Quiksilver Pro França 2012


Não sei vocês, mas fazia tempo que eu desejava assistir uma final entre KS e Dane Reynolds. Evidentemente que tal disputa seria infinitamente melhor caso o segundo ainda participasse full time do tour e, (porque não?) também estive disputando o título mundial.



Conjecturas à parte, tirando a corrida ao título mundial e a performance dos pretendentes, apesar da vitória do KS, o que mais me chamou a atenção foi a exuberância do surf de Dane Reynolds. É realmente muito difícil um cara grandalhão como ele ser tão ágil e versátil sobre uma prancha. Mistura elegante de power e modernidade. Talento bruto, salpicado por um ar de rebelde sem causa, de rockstar que esta acostumado em ser o centro das atenções dentro e fora da agua e ao mesmo tempo não estar nem ai se vai pegar o número 1 ou 100 do ranking, se vai estar 2 ou 20 pés de onda.

Dane consegue ser autentico sempre, seja andando por dentro, arrancando um 6 alto com uma rasgada só ou mesmo fazendo uma campanha brilhante numa das etapas mais difíceis do ano, contra alguns dos melhores surfistas do mundo, os quais, diga-se, já num rip de competição adiantado, com muito mais baterias disputadas no ano.

Enfim, Reynaldo faz falta.




Voltando ao mundial, todo mundo já esta careca de conhecer o Sanguinolento, não está? Ele sabe conduzir seu jogo de forma espetacular, explodindo e crescendo na hora que deve (com ajudinhas aqui e acolá, Ace que o diga...porque até para receber ajuda o sujeito tem que fazer o certo na hora certa, vide Julian em Peniche). E não é só surfar bem, é parecer, ou melhor, transpassar uma tranquilidade, um controle irritante da situação. Quando vi sua nota 10 nas quartas sobre Kieran eu falei (sem testemunhas, mas falei) o careca vai ganhar de novo. E ganhou! 





KS me lembra um pouco o Fluminense de 2012. Explico: torcer contra (sim, contra. Meu time esta na segundona mesmo) o  tricolor das laranjeiras nesta temporada é uma das tarefas mais ingratas possíveis. O jogo começa com o time jogando mal e geralmente começa perdendo, empata sabe-se Deus como e acaba virando para a vitoria no final! Quando tropeça, acaba perdendo para os lanternas em disputas totalmente atípicas. Foi mais ou menos o que Mister Robert Kelly Careca fez em Trestles e La Graviere (é assim que escreve?) ...e Peniche.





Dos concorrentes diretos do careca, dois chegaram as semis e ambos foram mal julgados nesta fase do campeonato. JJ começou a semi final bem ao seu estilo, fazendo o dificil parecer ridiculo de tão fácil. Mas acho que faltou a ele o que sobra em Medina. Gana de vencer. Mostrar que queria levar a bateria de qualquer jeito, remar e surfar mais, marcar, enfim... Deixar um camarada do calibre de Reynaldo solto num outside que estava às feições de Ventura-CA nunca é a atitude mais salutar para quem quer garantir a vitória e deu no que deu. 





Do outro concorrente ao título mundial o careca cuidou pessoalmente. Ele adora esses confrontos diretos e os juízes também. Parko, antes muito valorizado pela juizada, de repente ficou do outro lado da moeda, não arrancava nota nem com reza brava. Surfou para caramba, liderou quase a batera toda e não levou. Sinto pelo pobre Joel, que mais uma vez nesta década esta em posição de vencer um título mundial mas parecer não ter calibre para enfrentar o E.T. da Flórida. ao menos não no homem a homem.




Vencendo o segundo evento seguido realmente é de se fazer a pergunta que vi no  Facebook da Central Surf, a questão não é quando o KS vai parar, a questão é porque ele vai parar? 





Resultado do Quiksilver Pro France 2012

1 Kelly Slater (EUA)
2 Dane Reynolds (EUA)
3 Joel Parkinson (Aus)
3 John John Florence (Haw)
5 Miguel Pupo (Bra)
5 Gabriel Medina (Bra)
5 Kieren Perrow (Aus)
5 Kolohe Andino (EUA)
13 Jadson André (Bra)
13 Alejo Muniz (Bra)
25 Adriano de Souza (Bra)
25 Heitor Alves (Bra)
25 Wiggolly Dantas (Bra)


Rip Curl Pro Portugal


Escrevo isso logo após o encerramento da final e é difícil tirar da boca o gosto amargo do garfo aplicado no jovem Medina. O choro e discurso sincero emocionaram até mais gatuno dos juizes. O garoto esta se tornando homem num dos ambientes mais competitivos que se pode produzir. Sim, já é a terceira vez que julgam mal ou prejudicam a estrela de Maresias, e infelizmente, afirmo, não será a última.

Antes do inicio destes eventos discuti algumas idéias no blog do meu parceiro Trombonera, o bom e velho http://trombonedevara.wordpress.com/. Lá, ele sustentava que os juizes iriam começar a segurar as notas de Medina. Não acreditei, mas ele estava coberto de razão. 

Em algumas baterias isso ficou impraticavel ante o absoluto domínio do brasileiro em aguas lusitanas, mas quando houve brecha, como na final, os árbitros não deixaram por menos e colocaram nas papeletas um resultado diverso daquele que vimos na agua.




Foi um roubo, ok! Até os gringos concordam. Mas a verdade é que devemos aprender a reclamar. Falar que a nota dada para a última onda foi alta demais sem analisar o contexto da final como um todo é um erro grave. Afinal, não foi nesta última onda que o garfo foi imposto.

A gatunagem bem aplicada ocorreu logo no inicio da final, num tubo fechado do australiano. A nota que deveria girar em torno dos 6 pontos, foram para estratosféricos 7,83. Isso já dava alguma dica do que viria...





Medina foi trocando suas notas e assumiu a liderança com autoridade. Apesar de surfar o diabo, conectar aéreos a manobras funcionais com estilo e velocidade, suas ondas que deveria ter notas ao redor de 8,5 e 9, foram relegadas a casa dos 6 e 7,5 pontos. E o que era superficial tornou-se evidente após um tubo bem surfado pelo brasileiro numa onda com tamanho, para os padrões da final. O que era para ser a tampa do caixão de Julian foi o inicio do fim do sonho da manutenção do caneco português no Brasil.

O tubo era para ser algo em torno de 8,5, até em comparação com o tubo do Wilson já que mais longo, numa onda maior e com saída mais limpa, mas foi julgado em 7,47.





Com isso, o controle da bateria era ilusório, visto que Julian podia alcançar a virada com uma onda na casa do 7 alto. E foi o que houve, numa disputa acirrada de remada, Julian conseguiu a troca de prioridade poucos segundos antes de descer uma onda pequena (para os parâmetros da final), entubar espremido mas com segurança, sair mais ou menos limpo e desferir 3 manobras fáceis, mas com a necessária finalização e 2 claims (tão importantes quanto as quilhas da prancha).

A onda certamente não valia os 8 e tal que recebeu, mas nem precisava, 7,55 eram necessários para a virada, graças ao enredo acima descrito.

Me senti tratado como idiota. Ficou tudo muito evidente para ignorarmos. E fazem isso direto! Jeremy  Flores sofreu em bateria muito semelhante contra Joel, que por sua vez avançou alguns heats em Trestles e sofreu contra o KS na semi na França, sempre com a mesma ardilosa técnica arbitral.

O que quero dizer é que já que vamos questionar o julgamento, façamos de forma correta, coerente e principalmente com argumentos. A virada na última onda é o que menos importa. O julgamento de toda a final é questionável.

Infelizmente, analisando acima do complexo de vira lata, permito-me concluir que o Circuito Mundial de Surf Profissional não é sério!

Medina não dominou apenas a final, dominou a semana em Peniche.




BRASILEIROS

Wigolly Dantas - Vencer o Trials da etapa francesa foi seu grande momento. No evento principal começou bem a bateria da fase 1, mas depois não achou mais nada e na fase 2 sequer esboçou reação. Pode não parecer mas a diferença entre CT e QS é bem grande e esta cada vez mais difícil o cidadão, mesmo que vencedor no QS, chegar vencendo no CT. Willian, Dantas e Kolohe que o digam. Não competiu em Portugal.

Adriano de Souza - Um tropeço na França. Mas um tropeço que foi fatal nas pretensões do pequeno grande brasileiro. O mar estava uma loteria e Mineiro só achou a boa no finalzinho. Taylor fez a mala nas intermediarias. Restava a Mineiro, vencer ou vencer em Portugal e quase fez isso. Campanha segura e inteligente. Adriano passou mal na noite anterior às finais com dor de ouvido, passou heroicamente por Jeremy e foi presa fácil para um elétrico Julian Wilson na primeira semi.

Heitor Alves - Não se achou no mar francês. Foi mal julgado em sua segunda onda, 4 e pouco por um tubo relativamente longo, mesmo que não profundo, mas perfeitamente controlado pelo brasileiro foi muito pouco. Infelizmente, Heitor não achou uma segunda boa para reclamar do julgamento da primeira. Portugal não foi nada melhor para o cearense. Não conseguiu somar mais que 10 pontos em nenhuma das 2 baterias de disputou. Considerando o nível do ex campeão carioca a passagem européia do tour foi um verdadeiro desastre.





Alejo Muniz - Alejo disse que achava que o campeonato francês começava no sábado e chegou meio em cima da hora, por sua atuação deduzo que não pensar tanto no campeonato lhe fez/faz bem. Surfou com maestria a bateria da fase 1, e vinha controlando bem Ace Buchan na fase 3, mas foi surpreendido com um tubão para esquerda do Ozzie. Possível afirmar que já esta num ritmo próximo ao do ano passado pelo que mostrou em Portugal. Venceu com autoridade uma das expression sessions disputadas bem como sua disputa da fase 1, e esperou demais sua segunda onda na disputa da fase 3 contra Kerr mesmo de posse da melhor onda da bateria, um 8.

Jadson André - Na França o Potiguar deu sua primeira entrevista no ano de forma tímida, mas segura. Passou raspando por Hobgood, o Damião e de Souza na primeira fase. Na terceira fase teve pouca chance contra Netuno e seu assecla, o Careca Sanguinolento. O mar estava judiando da remada dos caras e mesmo assim Jadson mostrou estilo nas que surfou, mas o careca estava naquelas semanas de careca...ai já viu...mas creio que voltará o dia em que Jadson fará a mala do KS. Em Portugal só achou 1 boa na primeira fase e sendo pobremente julgado perdeu para Bourez com direito a nota 10 e tudo do tahitiano na fase 2.

Raoni Monteiro - Voltando de lesão, só competiu em Portugal e acho que nem ele esperava uma performance tão boa. Deve ter ficado de saco cheio de ouvir que o KS perdeu pra ele, da zebra e tal. Mas a verdade é que o mar estava ruim para os dois e ele teve mais competência nas ondas que escolheu. Surfou e competiu melhor que o careca. Não teve sorte nas outras duas baterias que disputou, mas vai motivado para Santa Cruz. Já avisou que vai pedir um wild card por contusão para 2013, o que talvez de a tranquilidade necessária para fazer os resultados e talvez nem precisar deste artifício para permanecer na elite ano que vem.

Miguel Pupo - Brilhante campanha do Miguel na França. Passou justo pelo Damião Hobgood na fase 2, abotoou Julian mesmo muito mal julgado na fase 3 (devolvendo a derrota no US OPEN 2012), perdeu uma das melhores baterias do evento contra JJ e Kolohe na fase que ninguém perde e venceu com maestria Bourez na fase 5 até não achar nada nas quartas entregando a vaga na semi final para JJ. Evoluindo! Já as disputas em Portugal são para Miguelito esquecer. Perdeu para Gabriel em dias de Medina na fase 1 e para Raoni na fase 2. Suas notas não estão tão valorizadas quanto já foram, o que é preocupante, será que o "fenômeno" que aflige Jadson atingirá Pupo?




Gabriel Medina - O que acho brilhante para Pupo, acho apenas normal para Medina. Gabriel é considerado  por mim figura obrigatória ao menos nas quartas de final de qualquer WCT. Começou atropelando Patachia e Hobgood, o World Champ chorão, passou por Kai Otton sem maiores problemas na fase 3, entregou a vaga nas quartas de bandeja para Kieran após uma interferencia duvidosa na fase que ninguém perde, o que não diminuiu sua gana de vencer, já que marcou e remou com agressividade para vencer Owen na fase 5. Nas quartas Joel colocou Gabe na kombi desde o inicio e com pouco mais de 12 min de bateria o placar era 16 x 1...Medina até se levantou, mas Joel conseguiu ainda trocar suas duas médias e se vingou da final de São Francisco do Norte. Por um lado é bom, Gabriel tem que saber que esta lidando com onças e medir a cutucada é fundamental...pensei comigo: "tem volta seu Joel, ah tem!" E teve. Já no evento seguinte! Portugal se rendeu ao talento de Gabriel Medina.

O que Medal fez nesta semana em Portugal foi algo impressionante, tipo quando Occy venceu em J Bay em 84! Dominou tudo e todos em toda e cada onda que surfou na costa lusitana. O crime que cometeram com ele na final não tem perdão, mas acho que Gabriel não esta nem pensando em perdoar, ao contrário, creio que esta com sangue nos olhos e quase tenho pena de seu próximo adversário. Cada uma daquelas lágrimas será vingada!

AGREGADO

Tiago "Saca" Pires - na França, Pires pouco fez na estreia contra o careca e Dusty, alias, só o careca parece ter surfado bem neste heat, depois surfou bem na fase 2, mas como parece que sempre acontece com Tiago, quando ele surfa bem o adversário faz a bateria da vida, e foi o que Otton fez, um 10 e um 9 alto logo no começo da bateria complica a vida de qualquer um. Já em Portugal arrisco dizer que a história de Saca no CT em seu país terminou quando caiu após um lindo tubo no inicio de uma simples rasgada tornando o que era um 10 certo num 9 alto. Na repescagem lutou e honrou sua bandeira, perdendo para o surpreendente Kolohe nos segundos finais por diferença mínima.

GRINGOS e CORRIDA AO TÍTULO

O surfista que mais fez pontos no Cambito Europeu foi Gabriel Medina, com 13.200 deles no bolso, Joel foi o segundo com 13.000 pontos, seguido de Julian e KS com 11.750 e JJ com 11.700. Dos concorrentes ao título Mick foi o quem teve o pior desempenho, com apenas 5.750 feitos nas duas etapas.

São números apenas para referencia, já que alguns dos resultados podem ser descartados no final da contagem. E a briga real esta restrita entre Joel, KS, JJ e Mick. KS dizia que precisava chegar ao menos nas quartas até o final do ano para ter alguma chance de título. Não conseguiu e agora tem um 13º colado na sua somatória.

A verdade é que ele mesmo se colocou nessa enrascada ao resolver não vir competir no Brasil por pura viadagem. O Sanguinolento leva jeito para o drama, e o que falou na entrevista após a derrota para Raoni pode se tornar verdade, o final do ano pode acabar se tornando ainda mais emocionante, quiçá épico.

Ainda mais com a aparente incapacidade de Joel de vencer um evento. Acho difícil que ele seja campeão sem vencer ao menos 1, apesar da incrível constância que tem demonstrado. JJ já venceu e também vem demonstrando constância, justamente o que começa a faltar em Mick.





Fora esses 4 que disputam o título da temporada os melhores gringos da perna européia foram, Owen, Ace, Kieran (tentando se salvar da guilhotina), Jeremy e (pasmem!) Kolohe, que abriu uma pequena franquia com fregues cativo: Taj. Era hora, é um cara talentoso sofrendo muita pressão, me lembra o Teco no inicio.


A Bateria

Foram duas AS Baterias desses campeonatos. A primeira foi entre JJ, Kolohe e Miguel na França e a segunda entre JJ, Kolohe e Gabriel em Portugal. Esses quatro tendem a ficar muitos e muitos anos no circuito, talvez até o dominando e por coincidencia trata-se de duas duplas de grandes amigos.

Pode não parecer mas essas baterias tiveram grande significado. Na primeira JJ levou com autoridade. Não teme nem Kolohe, nem Miguel, mas na segunda, JJ mostrou que sente mais que respeito por Medina. O havaiano simplesmente não saiu de nenhum tubo na bateria em que Kolohe acertou o aéreo da vida e Gabriel brincou de humilhar adversários.




Resultado do Rip Curl Pro 2012

1 Julian Wilson (Aus)
2 Gabriel Medina (Bra)

3 Joel Parkinson (Aus)
3 Adriano de Souza (Bra)
5 Jeremy Flores (Fra)
5 Owen Wright (Aus)
5 John John Florence (Haw)
5 Josh Kerr (Aus)
9 Raoni Monteiro (Bra)
17 Alejo Muniz (Bra)
25 Miguel Pupo (Bra)
25 Jadson André (Bra)
25 Heitor Alves (Bra)

Ranking do ASP World Tour depois de 8 etapas
1 Joel Parkinson (Aus) - 52.700 pontos
2 Kelly Slater (EUA) - 47.200
3 Mick Fanning (Aus) - 47.000
4 John John Florence (Haw) - 44.350
5 Adriano de Souza (Bra) - 37.650
6 Julian Wilson (Aus) - 34.650
7 Taj Burrow (Aus) - 33.650
8 Gabriel Medina (Bra) - 33.150
9 Owen Wright (Aus) - 32.350
10 Josh Kerr (Aus) - 31.400
11 Jeremy Flores (Fra) - 30.150
12 Jordy Smith (Afr) - 25.400
13 Adrian Buchan (Aus) - 24.150
14 CJ Hobgood (EUA) - 20.700
15 Michel Bourez (Tah) - 18.250
16 Miguel Pupo (Bra) - 15.950
17 Bede Durbidge (Aus) - 15.000
17 Brett Simpson (EUA) - 15.000
19 Alejo Muniz (Bra) - 14.950
19 Kai Otton (Aus) - 14.950
21 Heitor Alves (Bra) - 14.750
22 Kieren Perrow (Aus) - 14.700
22 Kolohe Andino (EUA) _ 14.700
24 Damien Hobgood (EUA) - 12.250
25 Tiago Pires (Por) - 11.200
26 Travis Logie (Afr) - 10.250
27 Raoni Monteiro (Bra) - 10.000
28 Fred Patacchia (Haw) - 9.750
29 Yadin Nicol (Aus) - 9.000
30 Adam Melling (Aus) - 7.750
30 Matt Wilkinson (Aus) - 7.750
30 Taylor Knox (EUA) - 7.750
33 Jadson André (Bra) - 6.500
33 Dusty Payne (Haw) - 6.500
33 Patrick Gudauskas (EUA) - 6.500
36 Willian Cardoso (Bra) - 1.500

terça-feira, 16 de outubro de 2012

CAIU NA NET XXXIV - #NOFILTER

Enquanto a perna européia do mundial de surf não se resolve (Perrow, O Conspirador deve estar por trás disso!) vamos de filme da FOX.



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CRISANTO, O PRINCIPE HERDEIRO DE MATINHOS, REINA NA ILHA DO MEL

Num mar mexido, mas com tamanho rolou a 1ª Etapa do Circuito Pguá-Ilha do Mel de Surf 2012. Com transmissão ao vivo consegui ver algumas baterias, inclusive a final, vencida por Peterson Crisando, o único da final que nunca venceu uma etapa de WQS (Neco, Jihad e Caetano já e várias). Achei que Neco merecia a virada na última onda, principalmente pela primeira e última manobras, mas se virasse seria apertado. Jihad também surfou muito na final, que teve um vira vira emocionante nos últimos 5 minutos. Caetano Vargas foi o único que realmente não se achou na bateria decisiva. Altíssimo nível para a final, que faria inveja a qualquer etapa do Mundial, de uma belíssima iniciativa tanto no aspecto do surf competição como no caráter de educação ecológica proposto pelo evento. Parabéns a todos os envolvidos! 

Segue release da Agência Ehcom, Assessoria de Imprensa Oficial do Campeonato. Fotos de Guto Penteado/Shot Spot:


PETERSON CRISANTO VENCE 1ª ETAPA DO CIRCUITO PARANAGUÁ-ILHA DO MEL ECO DE SURF 2012

Realizado neste final de semana, no canto esquerdo da Praia Grande, evento marcou a volta do Paraná ao cenário do surf nacional e atraiu mais de 30 atletas profissionais .



O paranaense de Matinhos Peterson Crisanto mostrou por que é considerado um dos destaques da nova geração do Surf brasileiro e foi o vencedor da categoria Profissional da 1ª etapa do Circuito “Paranaguá-Ilha do Mel PRO-AM Eco de Suf 2012”, realizado neste final de semana, na Ilha do Mel.


O evento marcou a volta do Paraná ao cenário do surf nacional e reuniu mais 70 atletas amadores e 32 atletas Profissionais - como o catarinense Neco Padarataz, que garantiu a segunda colocação (12.82); e Caetano Vargas, atualmente o paranaense mais bem colocado no ranking nacional (5º). Há quatro anos o Paraná não sediava Competições de surf.


“Esse campeonato foi muito importante para mim, para entrar no ritmo de competição e ir preparado para Bali”, afirmou o matinhense Peterson Crisanto, que embarca na segunda-feira (01) para a Indonésia, onde irá representar o Brasil – e o Paraná - na disputa do título mundial Pro Junior que acontece entre os dias 06 e 17 de outubro. “Além disso, foi um prazer imenso ver que o nosso Estado está voltando com força total ao cenário nacional, abrindo portas para nova geração“, completou.



Peterson também levou a maior nota desta etapa: 9.17 na semifinal, a poucos minutos do final da bateria – o que lhe rendeu aplausos e garantiu a vaga na final da categoria. O campeonato teve outras emoções para Peterson: na primeira bateria, o atleta quebrou sua prancha ao tentar um aéreo reverse cinco minutos antes do final da
bateria. Sem desistir ele saiu da água, pegou uma prancha reserva e voltou para o mar a tempo de pegar sua última onda e garantir pontuação de 10.46. (nota: vale lembrar que o mar tinha um tamanho e varar a arrebentação não estava nada fácil, palmas para Crisanto!).

COMPETIÇÃO MARCA VOLTA DO PARANÁ



O gerente geral do Circuito e representante da Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), Klaus Kaiser, disse que o Paraná sempre foi reconhecido no surf nacional pelas suas ondas e pelos seus atletas, entre eles, Peterson Rosa, Bruna Schmitz, Jihad Khodr. “A Federação Paranaense de Surf vive uma nova fase e a retomada dos campeonatos no estado dá uma injeção de ânimo nesta nova geração que está nas categorias de base”, afirma Klaus.


Neco destruiu tudo que viu pela frente, os juizes não acharam o mesmo na final


Já o presidente da Federação Paranaense de Surf, Jorge Batista, disse que a meta para o próximo ano é preparar equipes amadoras e profissionais para representar o Paraná em competições nacionais e internacionais. “Vamos concentrar nossos esforços nas categorias de base, trazendo excelência para o esporte e buscando incentivo financeiro - de empresas públicas e privadas - para que tenhamos cada vez mais atletas levando o nome do Paraná através do surf”, ressalta Jorge. Ele ainda diz que, o fortalecimento das associações de surf locais é fundamental. “A Associação de Surf de Paranaguá foi uma das grandes batalhadoras para a realização desta etapa”, elogia o presidente da Federação.
PRESERVAÇÃO



Durante o Circuito Paranaguá-Ilha do Mel Eco de Surf 2012 foram desenvolvidas ações para  conscientização ambiental de crianças e adultos. Estudantes da Universidade Federal do Paraná Litoral (UFPR-Litoral) e a Associação dos Surfistas de Cristo (ASCPR) promoveram palestras e atividades para estimular o cuidado com o meio ambiente e a reciclagem, ensinando às crianças como montar brinquedos com o reaproveitamento de resíduos.


patrocinador, competidor, político, Puga, o Interminável


O catarinense Neco Padaratz, um dos maiores nomes do surf brasileiro e o primeiro bicampeão mundial consecutivo de surf (WQS) – conta que há 20 anos não surfava na Ilha do Mel e que ficou impressionado com o estado de conservação do paraíso ecológico. “Ações de conscientização, principalmente com o apoio dos surfistas que são grandes parceiros da natureza, é fundamental para a proteção do Litoral do Paraná para as futuras gerações”, enfatizou Neco Padaratz.

RESULTADOS

O campeonato contou com a categoria Profissional (PRO) e outras oito categorias amadoras: Interna, para surfistas da Ilha do Mel e de Paranaguá; Junior, participantes que completam 18 anos em 2012; Mirim, até 16 anos; Iniciante, menores de 14; Universitário, para surfistas que estão cursando faculdade; e Curitiba, para surfistas residentes na capital. Surfistas nascidos em 1976 participaram da categoria Master, enquanto os atletas com mais de 40 anos correram a Gran Master.

Os resultados completos estão disponíveis em www.pugasurfshop.com (Ao Vivo).

Crisanto, o campeão...se tiver etapa em Matinhos o circuito é quase dele...




Confira os campeões de cada categoria:


§ PRO Masc. - Peterson Crisanto (13.03)
§ Interna – Nilton Haluche (9.00)
§ Junior – Raul da Silva (8.67)



§ Mirim – Aminandes Pamplona (7.17)

§ Iniciantes – Mateus Prado (8.27)
§ Universitário – Marcelo Saporski (10.17)
§ Curitiba – Guto Scavazza (9.16)
§ Master – Sandro Rohden (6.54)
§ Gran Master – Rodrigo Munhoz (7.53)
A competição foi apresentada pelo Bar e Restaurante Toca do Abutre, com patrocínio da loja Puga Surf Shop, South To South e apoio das Fundações de Turismo, Cultura e Esporte e da Secretaria de Meio Ambiente de Paranaguá.