Já viram a prancha do Gabriel Medina?
Parece a camisa do Botafogo, tamanha a quantidade de patrocínios, mas ao contrário da situação do mítico clube carioca, Gabriel esta com tantos patrocínios por estar em alta, na moda, "na crista da onda".
De qualquer sorte, prova, sem sombra de dúvidas que empresas de fora do esporte como OI, Guaraná Antártica e Mitsubishi, tem cotas ($) para patrocinar esportes "alternativos".
Certamente, por se tratar de empresas grandes e organizadas, uma bela parte dessa verba retornará à empresa através da Lei de Incentivo ao Desporto. Não duvide!
Confesso que preciso de um estudo bem mais aprofundado da Lei nº 11.438/2006 para não falar besteiras aqui, mas estou certo de que haverá retorno para estas empresas, não só no aspecto de visibilidade do atleta, como em pagamento à menor de impostos.
Dito isso, questiono:
- Porque tais empresas não apostam também no esporte que acabou de nos dar mais um campeão do mundo?
- Porque apostar apenas na certeza de retorno? Naquilo que já esta pronto e rendendo frutos?
- Porque não apostar também nos campeonatos/circuitos amadores, para fomentar futuros Medina?
- Porque não apostar também nos campeonatos/circuitos master, para fomentar a criação de ídolos e por consequência a paixão e crescimento do esporte?
Falta de visão é o que me vem à mente, já que dinheiro existe e leis de incentivo (isenção de impostos) existem.
Mas a falta de visão não é apenas dos empresários. É preciso que a classe se mobilize. Os profissionais, do surf, da organização de eventos, dos meios de comunicação especializados e fãs.
Todos tem parte da culpa, é preciso que se diga, é preciso se unir e se mobilizar para pedir mudanças dessa situação, seja em grupo ou através das associações existentes, ABRASP, CBS, etc.
Tais mudanças, infelizmente, só ocorrerão com modificações e criações de Leis e muita pressão política, mesmo porque, à exemplo de vários esportes olímpicos, o apoio não precisa vir apenas pela iniciativa privada. Nosso Governo também deve apoiar ($) o desenvolvimento do surf.
Mas, alguém vai esperar um momento melhor do que este para iniciar tais movimentos de mudanças?
Tomara que não.
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