quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PARA ESQUECER DA ASP...SÓ COM MUITO SURF

Ainda bem que a ASP não pode mudar o SURF, o esporte, sua cultura e sua beleza...
Nas regras de competição estão fazendo lambança atrás de lambança...
A maioria não gostou das mudanças. As discussões estão acaloradas em vários blogs especializados como CASTRO ZONE e TROMBONEDEVARA.
Convido a todos a participarem das discussões. Só com muita conversa para criarmos idéias e saídas que desatem o nó cego que se tornou o Mundial de Surf da ASP.

Segue filme devidamente furtado do blog amigo SurfOnLine

Lógico, aprecie sem moderação, com tela cheia e som alto.


Gripping Stuff I from Gorilla on Vimeo.


Atualizando: quem vê 1, vê 2, não é?
Segue outro.




SURF MADNESS! from pinchmysalt.tv on Vimeo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

VIDEO NO FRIO

Neste segundo dia de verão, no pais bonito por natureza, abençado por Deus e climatizado pelo Diabo, segue videozinho no frio para resfriar um pouco os animos.


Just South Of The Border from Luke Pilbeam on Vimeo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

PIPE!!!!

A temperamental rainha do North Shore havaiano tem mostrado sua fúria.
As vezes sobre a bancada, as vezes sobre surfistas. Pedro Manga fraturou a bacia lá esses dias. Video e relato no waves.
Após o Pipemasters a máquina foi ligada e imagens de tubos sensacionais e vacas assustadoras começam a pipocar na net.

Videozinho que peguei lá do http://trombonedevara.wordpress.com/wp-comments-post.php



Consegui identificar uma boa do Guigui e pintou uma prancha colorida ali, parecida com aquelas do Calunga, não sei...
Top o videozinho.

sábado, 17 de dezembro de 2011

BSP 2011 - TOMAS HERMES LEVANTA O CANECO

Durante 2011 critiquei em várias oportunidades o BSP.
E, infelizmente, continuarei na mesma linha de pensamento.
A saída do Super Surf deixou o circuito nacional órfão e somado ao sucesso dos brazzos no mundial, os últimos anos do circuito brasileiro podem ser chamados de melancólicos, não obstante 25 anos de história preenchida apenas e tão somente de campeões da mais alta classe.

 
Tomas Hermes entra para a história e integra a seleta galeria
de Campeões Brasileiro de Surf. Merecido.
foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17

  • 1987 - Paulo Mattos SP
  • 1988 - Jojó de Olivença BA
  • 1989 - Pedro Muller RJ
  • 1990 - Tinguinha Lima PR
  • 1991 - Ricardo Toledo SP
  • 1992 - Jojó de Olivença BA
  • 1993 - Tinguinha Lima PR
  • 1994 - Peterson Rosa PR
  • 1995 - Ricardo Toledo SP
  • 1996 - Joca Jr RN
  • 1997 - Victor Ribas RJ
  • 1998 - Fabio Gouveia PB
  • 1999 - Peterson Rosa PR
  • 2000 - Peterson Rosa PR
  • 2001 - Tanio Barreto AL
  • 2002 - Leo Neves RJ
  • 2003 - Leo Neves RJ
  • 2004 - Renato Galvão SP
  • 2005 - Fabio Gouveia PB
  • 2006 - Jihad Kohdr PR
  • 2007 - Jihad Kohdr (Renato Galvão no tapetão) PR
  • 2008 - Gustavo Fernandes RJ
  • 2009 - Messias Felix CE
  • 2010 - Jean da Silva SC
  • 2011 - Tomas Hermes SC
Não chego a dizer que os atletas que ainda correm o circuito nacional sofrem de síndrome de Peter Pan, como Alex Guaraná cravou em sua coluna na revista Fluir deste més, mas concordo com ele quando diz que a fórmula esta desgastada.

Já falei sobre isso aqui no blog. Apesar de termos opiniões bem distintas, tanto eu quanto o colunista da Fluir buscamos no passado soluções para os problemas do surf atual. Enquanto Guaraná acha que deviam voltar os festivais de surf com 10 dias de competição, inscrições livres e um grande premio no final.
Eu já acho que deveríamos voltar à fórmula do meio dos anos 90, quando as etapas do nacional valiam para o mundial e as etapas dos estaduais valiam para o brasileiro.

De uma forma ou outra, cada vez mais vemos menos atenção da mídia em geral e dos meio especializados para o campeonato nacional e consequentemente, para seus campeões.

O fato de chegarem a última etapa com 12 atletas com chance de título tem mais a ver com a pequena quantidade de etapas, do que com a competitividade em si, mas o grande trunfo do BSP é o nível dos atletas.

Nenhuma etapa do Alas Tour disputada fora do Brasil, por exemplo, tem 1/10 do nível de surf apresentado em qualquer etapa do BSP.


Messias Felix, lutou pelo bicampeonato nacional até o fim. Mais um que deveria focar no mundial. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17

Os atletas precisam se envolver nas decisões do circuito, mudanças são necessárias, ainda mais quando já se conta com grandes patrocinadores como SKOLL e PETROBRÁS, muito mal utilizados, diga-se de passagem. (um pequeno exemplo, no dia da decisão do título em Floripa e Skoll promove um dia de surf e música com um dos mais famosos surfistas/músicos do mundo, Donavan, só que no Rio. É falta de visão de marketing do pessoal da Skoll ou falta de moral para o pessoal do BSP? Vai sabe...)

Acho que os atletas tem que se conscientizar que a grana é curta e que reduzir o número de atletas na elite nacional é uma necessidade. Se utilizassem as etapas do estaduais como classificatória para o BSP e as etapas do brasileiro como parte do mundial, podíamos alavancar vários atletas que são sucessos locais em realidades mundiais.

De qualquer sorte, neste 2011, Tomas Hermes e Diana Cristina levantaram o caneco com todos os méritos.

Diana, já falei antes, é um dos pecados da industria brasileira de surf. A menina tem surf para ser top 5 do mundo e mal tem apoio para seguir o BSP...LAMENTÁVEL. Adorei a sugestão o DJMB na locução do BSP. Diana é uma nativa brasileira, índia legítima. A empresa Natura poderia muito bem fazer uma campanha com ela. Brasileira Natural.


Jano Belo, campeão carioca 2011. Também lutou muito pelo título brasileiro. Ficou nas cabeças, mas deve focar no mundial em 2012. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17

Tomas Hermes é um cara que já vinha beliscando resultados há algum tempo. Venceu a última etapa do BSP 2010, quando seu conterrâneo Jean da Silva levantou o caneco (curioso que os dois únicos campeões nacionais de SC sejam do norte do Estado, Jean de Joinville/São Chico e Tomas de Barra Velha) e manteve o forte ritmo em 2011. No WPrime e WStar, apesar de ter disputado varias etapas só obteve um resultado verdadeiramente expressivo em 2011, em Zarautz, naquele 6 estrelas que o Medina humilhou, digo, ganhou.


Tininha. Campeã sem patrocinio. Triste realidade.
Seria top 10 do mundo com facilidade.
foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17



Diana venceu o título e a etapa no feminino. No masculino a grande final foi disputada entre Wilian "Panda" Cardoso e Halley Batista.
Me pergunto o que Panda ainda faz no BSP. Deixou de participar de uma etapa decisiva do WStar na Australia (6 estrelas vencido pelo Kolohe) e despencou do Hawaii para participar da ultima etapa do nacional.
Alguém precisa direciona-lo para as prioridades, afinal ele é o segundo suplente do WT 2012 e tirando pela indecisão do careca sanguinolento e o número de lesões em 2011 ele correrá várias etapas em 2012 e os pontos obtidos podem classifica-lo definitivamente.

Halley tem apoio, mas não é um apoio que permite seguir o mundial. É um cara alto e que voa com facilidade. Destaco a altura pela facilidade que este atleta teria para se adaptar a onda maiores e sua facilidade aerea cai como uma luva nos novos critérios above de lip da ASP. Merecia além do logo na bóia um bom contrato que lhe permitisse atacar o mundial por ao menos duas temporadas. Se eu ganhasse na megasena patrocinava esse maluco...retorno garantido.

A final foi bem disputada. Willian optou pelas ondas em frente ao palanque enquanto Halley se apossou da vala à direita. Pauladas sulistas pra cá, voadas nordestinas pra lá e vantagem para Batista na sua primeira vitória na elite nacional.



Willian Cardoso usou seu power back atack para fazer mais uma final na Joaca. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17

A prática da a moral da história. Os dois vencedores da etapa vivem abaixo do que podem e merecem, cabe a um ou dois empresarios de visão para mudar isso. Surf, treino e vontade de vencer esses atletas já demonstraram que tem.


Halley Batista faz jus ao nome e voa para a primeira vitória no BSP. Foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17

ps: deixei as fotos gigantes e fora de proporção porque estão muito maneras, aqui tem mais!

Masculino
1 Thomas Hermes (SC) - 2.610
2 Simão Romão (RJ) - 2.410
3 Halley Batista (PE) - 2.400
3 Odirley Coutinho (SP) - 2.400
5 Jano Belo (PB) - 2.360
6 Messias Félix (CE) - 2.340
7 Renato Galvão (SP) - 2.310
8 Flavio Nakagima (SP) - 2.260
9 Bruno Galini (BA) - 2.160
10 Alan Jones (RN) - 2.030

Feminino

1 Diana Cristina (PB) - 3.860
2 Juliana Quint (SC) - 3.320
3 Suelen Naraisa (SP) - 2.930
4 Gabriela Leite (SC) - 2.690
4 Claudia Gonçalves (SP) - 2.690
6 Gabriela Teixeira (RJ) - 2.680
7 Tais de Almeida (RJ) - 2.580
8 Tita Tavares (CE) - 2.360
9 Luana Coutinho (SP) - 2.290
10 Nathalie Martins (PR) - 2.220
10 Bruna Queiroz (SP) - 2.220

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SURF AO VIVO AGORA - BSP FLORIPA - ÚLTIMA ETAPA 2011

http://www.tvjam.com.br/live/bsp/

BSP tem seus problemas, mas competitividade não é uma delas.
12 cabras com chance de levar o caneco!!!
Mas a briga mesmo deve ficar entre Tomas Hermes, líder do ranking, Simão Romão, vencedor da última etapa, Jano Belo, atual campeão carioca e o mais constante entre os líderes, Messias Felix, ex campeão nacional e Odirley Coutinho, fininho e com gana de vencer mesmo sem patrô.
BOA SORTE A TODOS!

PIPEVIDEO

Pipevideo..
Muitos ainda virão...

domingo, 11 de dezembro de 2011

PIPEMASTERS 2011 - ÉPICO

Épico é a palavra que define bem este Pipemasters 2011. Realizado em apenas 3 dias de competição, aproveitando um consistente swell com cerca de 15 pés de pico para iniciar o evento com condições espetaculares.



O primeiro dia do Pipemaster de 2011 merecia um filme a parte. A imensa maioria dos Tops foi massacrada pelos locais e convidados. E TODOS OS SURFISTAS PERDERAM PARA O MAR e a temperamental rainha do North Shore. O blog parceiro trombonedevara fez um pequeno resumo do esculacho que Pipe deu nos melhores surfistas do mundo.

Inclusive poucos embates foram realmente disputados. Mesmo quem vencia, acaba vencendo por pouco. O mar estava realmente grande e difícil e mesmo monstros sagrados do Hawaii como Shane Dorian, não conseguiram mais do que 7/8 pontos na soma de suas duas melhores ondas na primeira fase.
A parada era SOBREVIVENCIA. Se sobrevivesse ao expresso pipelineano a vitória poderia ser uma consequencia, poderia...

Estes 3 dias de Pipemasters foram recheados de personagens. Teve o suicida Laurie Tower, o esforçado Kolohe Andino, o estiloso Mason Ho, os contundidos Adriano, Miguel e Alejo, o win or wall Julian Wilson, o eficiente Evan Valiere, o mineiro KS, o menosprezado Jadson, a pipepromessa Medina, o sortudo KP, o eyes of tiger Parkinson, o espetacular Jamie O e o supremo João João.

talvez a imagem mais bonita do evento. filhote Perrow
vibrando pela vitória do pai. foto: fotos do evento
Infelizmente o time verde amarelo não conseguiu passar bateria alguma, a exceção de Gabriel Medina, de quem eu falarei mais a frente.

Willian teve uma chance de ouro na mão. Graças a diversas contusões o caterinense, 35º do mundo foi agraciado com um convite para este Pipemasters. De cara pegou uma lenda viva do esporte, Patrick Shane Dorian. Nem sei se o Panda pensou nisso quando entrou no mar, pois o real adversário era o Oceano. E "ele" esta furioso. Ondas de 15 pés fechando implacavelmente sobre a bancada.

O próprio Dorian, após uma vaca cabulosa mudou de tática e começou a buscar ondas menores, justamente para somar pontos e avançar e o fez com pouco mais de 6 pontos de somatório. Willian sentou lá fora e buscou uma grande, achou, desceu retoside e só. Fica para a próxima com a lição de que como a mutante transformação oceânica, as táticas tem que ser revista, no mínimo, a cada 5 minutos. Conhecendo o retrospecto do grandalhão de Balneário Camburiu, ficou a sensação de que ele poderia ter ido a frente. Melhor sorte em 2012.



Miguel Pupo tinha 3 adversários em sua bateria. Um experiente local, Evan Valiere, o mar, cabulosas séries de 12 a 15 pés, e uma recente lesão no joelho. Considerando tudo isso, achei os cerca de 3 pontos do paulista um ato de heroísmo. Ele me lembrou muito Binho Nunes na suas tentativas (não mostradas no video abaixo), ao dropar a onda já buscando a trilho do canudo, sem "perder" tempo na base da onda, colocando-se com muito estilo para dentro de grandes tubos fechados. Além de não conseguir achar a saída dos tubos, Miguel tomou a vaca demonstrada no video, partindo a bóia. O que conta no Hawaii são atitudes, e encarar de cabeça erguida os 3 adversários acima citados concedeu alguns pontos de respeito no North Shore ao jovem Pupo, que pode surpreender incautos do WT em esquerdas grandes e tubulares do tour 2012, duvida?



Raoni Monteiro já é uma lenda. Já faz parte da história do esporte com o seu curriculum e principalmente suas atuações em ondas de consequencia. Sua vitória em Sunset 2010 só veio coroar um surfista que SEMPRE busca as maiores e o mais crítico. Honra a cidade de onde vem com um surf de encher os olhos dos mais exigentes críticos do surf mundial e é um dos brasileiros mais respeitados no tour. Sua bateria contra Jamie O foi semelhante a do Panda. Ao invés de caçar as cracas, visando simplesmente passar o heat, acho que Monteiro devia ter arriscado em algumas menores que passaram. Evidentemente que é muito fácil "gralhar" aqui, sentado na frente do PC, sequinho e sem morras assassinas quebrando sobre minha cabeça. Mas diante do potencial de Raoni e o fato de que o hot local não ter conseguido mais de 6 pontos de somatória, a chance do brasileiro passar a bateria parecia estar ao alcance das mãos.
Encerra o ano de altos e baixos, com seus altos sempre coincidindo com condições de oceano desafiadoras. Acho que a única coisa que falta a Raoni é constância. E precisa encontra-la urgentemente.



Jadson André fez uma das únicas baterias verdadeiramente "bem disputadas" do evento. Onde, apesar do mar cabuloso, os dois atletas (Jadson e CJ Hobgood) realmente se enfrentaram e a decisão ficou a cargo dos magistrados do surf. Acho justo dizer que a colocação do potiguar no ranking não reflete o nível de seu surf. Talvez tenha sido o atleta que tenha perdido mais disputas apertadas no ano, sendo injustiçado em diversas oportunidades (como na sua primeira onda deste heat) e costumeiramente perde surfando bem.
Ninguém pode pensar que Jadson é "one trick poney" ou maroleiro. Pode não ter dado sorte nos eventos com big surf, mas em todos representou muito bem, botando para baixo sem medo de ser feliz, caçando canudos sinistros. Pena que depende da caneta para avançar. Surf tá sobrando. Tomara que não desanime, pois é nome para figurar entre os top 10 ou acima.



Adriano de Souza é outro que chamo de Herói. Ele e Pupo deviam ganhar uma medalha da Dilma! A ASP não podia pedir por um competidor melhor. Aplicado, confiante, brigador, surf no pé e abusado. O tour não é um concurso de popularidade e Mineiro sabe disso. Por isso, mesmo não sendo o melhor do dia, ele pode vencer no final. Neste Pipemaster, visivelmente travado pela lesão no joelho esquerdo (já tinha uma lesão em processo de cura no direito) não conseguiu avançar, mas deu uma "dura" em Jamie O que novamente passou com somatória ínfima. Torço muito para que Adriano passe as férias tratando suas lesões. Talvez a saúde seja a única capaz de barrar a gana de vencer de Adriano de Souza, herói do Brasil.



MEDINA

Gabriel Medina afastou de vez o possivel burburinho que surgiria se fosse mal em ondas de consequencia. Se não fosse bem em Pipe certamente os corneteros de plantão (gringos) diriam que é bom só em beach break e aereos.
Bom, rolou o inverso do que a macumba gringa pretendia.
Em meio a boatos (fofocas) de que Gabe estava abusando da hospitalidade havaiana, dando voltas e rabeando geral em suas caídas (coisa que duvido muito), desde a coletiva de imprensa, a sensação do surf mundial se mostrou extremamente humilde e sem caras e bocas, sem extravagancias, entrava para suas baterias buscando aprendizado, conhecimento e com sorte alguns tubos para a memória.

Já de cara, vendeu uma kombi para o sul africano Travis Logie. A VW já colocou plaquinha na fábrica do ABC Paulista de vendedor do ano para Medina e lançará programas de financiamento para os endividados gringos que viciaram no simpático utilitário alemão.



Em seguida, mesmo ficando em último na bateria do NO LOSERS, ganhou mais kilometragem nos canudos e fez um somatório que venceria 99% das baterias da primeira e segunda fases. Além de km, Gabe, começa a enfileirar admiradores. Reconheceu que nunca tinha caído em Pipe nas outras 5 vezes que visitou Oahu por conta do crowd, e mesmo o mais recalcado dos críticos gringos teve que reconhecer que o moleque demonstrou atitude e principalmente, uma semente na rainha do North Shore. Gabe ainda vai vencer em Pipe. É a impressão que ficou.



Impressão esta que só aumentou após a vitória sobre Shane Dorian. Num mar já menor, mas ainda com picos de 6 a 8 pés, com perdidas de 10 pés eventualmente, Gabriel não teve respeito pelos mais velhos e menos providos por cabelos no couro cabeludo e despachou o ícone havaiano com a simplicidade que Pipe requer, descer, entubar e sair. Importante: fez isso com estilo e inteligencia, usando a prioridade como poucos. Pode ter parecido um erro, liberar a prioridade para Shane faltando 3 min para o fim. Mas foi um ato de defesa bem executado, na minha opinião. Até porque Patrick Dorian só fez vacar neste heat, o que demonstra também que a cobra ainda fumava a ponta do swell em Banzai neste momento.
Dorian deve ter saído tonto do heat. Sua vaca na tentativa para backdoor foi assustadora. É o dilema de pranchas. Se estivesse com umas 3/4 polegadas a menos de bóia, era capaz de completar o drop e quem sabe? virar a bateria.





Se for para perder, que perca para o campeão, não é? Gabriel ficou próximo de fazer uma semi final na sua estréia em Pipe. Faz a gente viajar em como ele (e os outros brazzos) pode ir bem nas canhotas perfeitas que o itinerário do WT fará em 2012.
Em qualquer situação começar perdendo de muito é um complicador a mais e a nota 9 de KP na primeira onda foi justa e deu o norte da disputa.
Gabe foi bravo e não abaixou a guarda. Deu o troco com outra onda excelente. Um bomba de 8 pés plus com dois tubos. Deram 8 alto, mas merecia mais. Nada que influenciasse o resultado, já que o aussie estava iluminado. Inclusive vindo na onda imediatamente atras para fazer o back up de seu 9.
Quando KP conseguiu sair daquela craca para backdoor, só uma onda muito boa para virar o placar e a que veio fechou. Brilhante a estréia do Golden Boy em Pipe. Vai dar casamento isso, vai vendo...



FINAIS

Merecimento? Não tem a ver com esporte de julgamento subjetivo. Eficiencia, tem. E KP foi o mais eficiente, por isso levou.
A verdade é que adoramos quando um underdog vence, quando temos uma surpresa com o resultado.
Mesmo tendo imensas restrições ao surf de Kieren Perrow, tenho que dar o braço a torcer de que foi mto legal ve-lo vencer o Pipemaster.


felicidade genuina. contagiante. foto: fotos do evento
Acho que se voce for reconhecidamente bom em apenas um aspecto do esporte, no surf o melhor é ser reconhecido como bom em morras, casca grossa, ou seja, aquele que se destaca quando o oceano desafia apenas os melhores e destemidos. Tem gente que é reconhecidamente bom em merrecas, Kieran é reconhecidamente bom big rider e tube rider, especialmente quando a situação esta over control.
Pelo menos de minha parte, é um prego em todas as outras condições de mar. Estilo feio e desconjuntado, mas acabou de entrar para a história como Pipemaster.

Foi definitivamente um premio para o articulado KP, que chamamos de "conspirador" pelas influencias (nem sempre positivas) que tem em determinadas decisões dos cartolas do esporte.
Tenho certeza que o magrelo aussie será presidente da ASP um dia. Aliás, ficaria extremamente feliz se ele resolvesse largar a competição e virar cartola de uma vez. Desculpem, mas acho o surf do KP uma poluição visual e não ter que ve-lo passando baterias com batidinhas e rasgadinhas e por mérito do adversário que não achou nada, seria um alívio para este humilde escriba.
Se virar Presidente da ASP a primeira missão teria que ser a de melhorar as premiações e promover o circuito mundial de ondas grandes. Competir lá seria uma ótima.

O surf competição tem muita coisa do futebol. Clichê absoluto, mas o surf competição é uma caixinha de surpresas.
Este campeonato não era de KP ou Joel. Nem do KS e do Bourez. Era do João João e Jamie O. Esses é que tinham que ter feito as finais.
Os caras que eram para ganhar, arrepiaram durante a competição. Coisa de filme mesmo. Se pegarmos apenas as ondas de JOB e João João Florence, dá uma parte de filme das mais iradas, mesmo que coloquem valsa como música de fundo. Mas pecaram no timing. Explodiram cedo demais.
Jamie O tinha tudo para faturar seu segundo pipemaster, mas foi derrotado pelo morning sickness. foto: http://vanstriplecrownofsurfing.com/billabongpipemasters2011/photo_gallery/bpm_day_3

Jamie O quebrou no evento todo e perdeu para o morning sickness de Pipe, pois Parko não fez nada demais para levar a primeira quarta de final.

Já João João...

Diogo Alpendre, editor da SurfPortugal, via twitter, comentava que KS não esteve no ritmo certo em nenhuma disputa deste Pipemasters e não obstante este fato, foi melhor do que Jamie O e João João. KS é o mestre no quesito "hora certa" dentro de um evento.

Até digo que KS só não levou o campeonato porque "teve" que explodir antes da hora, senão perdia para um infernal João João nas quartas. Na realidade ele já começou a esquentar as quilhas contra Kalani Chapman, mas a bateria contra o João Polaco foi algo a mais, algo espetacular. Mais um capitulo do livro de mágicas do careca sanguinolento. Privilégio da nossa geração esse Floridiano. Nossos netos vão lamentar não estarem vivos nestes anos que finalizaram o século 20 e iniciaram o 21.
KS em mais um dia de finais em Pipe. Agora quer ser jogador de golf profissional. Ok então, né? foto: globo.com

João João contribuiu, ao entregar a prioridade no momento errado. Diferentemente de Medina x Dorian, KS não esta no line up, ou seja, Florence não precisava entregar a prioridade. Entregou, KS não perdoa. Vai ter gente dizendo que deram a virada. Mas achei justa a nota final do careca.

SEMIS

Após essa bateria do KS com o João João, meio que rolou um heat bom e outro apagado.
A primeira semi foi excelente a segunda nem tanto.

Na primeira, Joel e KS fizeram um duelo de gente grande. Vira vira novamente, só que desta vez contra o careca sanguinolento. Joel conseguiu achar a saída de algumas esquerdas impressionantes. Parecia que tinha um turbo na sua prancha que o empurrava para fora do canudo fechado. KS abrilhantou a vitória com uma atuação soberba.
KS já anunciou que vai pegar leve em 2012, como já fez em outras ocasiões, o lance é que se ele for bem nas primeiras etapas (na primeira melhor dizendo) ele vai querer o décimo segundo título com certeza. Mas se for mal em Snapper talvez tenha chegado ao fim esta segunda passagem do KS no tour.

João João primeiro de 10 títulos da Triple Crown.
Quer apostar? foto: fotos do campeonato
A segunda semi foi bem morna, apesar do 10 do KP mais nada apareceu para ajudar os caras a melhorarem. Esta bateria definiu o título da Triplice Coroa em favor do João João. Bourez ainda tinha chance caso fizesse a final. Mas, convenhamos, o título descansa muito melhor nas mãos do Florence.

FINAL

Mesmo sendo severamente mal julgado, KP passou por cima de Joel com extrema eficiencia. Sua segunda final consecutiva no pico mais famoso do mundo.

Foi bela e merecida a vitória de um dos Pipemasters mais eletrizantes da história.

Em breve aqui no blog, análise dos Tops para 2012.
Aguardem.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

RASTA TRIP

Roubei na cara dura do site do Innersection...
Pena que a qualidade da imagem não fica lá essas coisas...
Mas surf é surf...ainda mas essa pira de matemática, com quilhas e pranchas distintas.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PARCERIA SURFOCRACIA E FALA TURISTA

A partir de agora publicaremos algumas dicas e links do site parceiro FalaTurista. Segue o primeiro texto deles, sugerindo surf trips para Florianópolis, Rio de Janeiro e Fortaleza. Nada mal, hein?

SURFANDO NO RIO DE JANEIRO, FLORIANÓPOLIS E FORTALEZA

Quem pratica o esporte sabe: surfar é sempre uma delícia, e mais ainda quando as praias são paradisíacas e maravilhosas. Altas ondas fazem acontecer, mas nada como uma bela composição para deixar o ambiente perfeito. Por isso, fizemos um apanhado de três cidades brasileiras que fazem da prática do surf uma experiência única: Rio de Janeiro, Florianópolis e Fortaleza.

No Rio de Janeiro, quem nunca surfou pode aprender em uma das muitas escolinhas de surf espalhadas pela orla carioca. Se já pegou a manha e quer se aventurar, os novos e velhos surfistas vão contar com várias opções de onda.
Esta onda fica no meio da Baía da Guanabara. Prova de que existem todos os tipos de onda no Rio de Janeiro, basta disposição. Marcelo Trekinho curtindo o juice carioca. foto: blogbigsurf.com

As melhores praias para surfar no estado carioca são o próprio Arpoador, praia de Itaúna, Itacoatiara, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Reserva, Recreio, Macumba, Prainha, Grumari, Ilha Grande, Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo. Lembre-se ao reservar hotel Rio de Janeiro que nem todas essas praias ficam na capital carioca, então defina seu destino e reserve hotel de acordo com os picos que escolher. O site da FalaTurista oferece diversas opções de hotéis na região. Vale a pena conferir.

Em Florianópolis, a praia da Joaquina é parada obrigatória para todos os surfistas, principalmente os profissionais. Além das ondas magníficas, a praia é lindíssima e muito bem frequentada. No seu hotel em Florianópolis peça um guia das melhores praias. Os nativos costumam dar como dicas para iniciantes as praias da Barra da Lagoa, Ingleses e Armação.

Boa e Velha Joaca. foto: guiaquatroestacoes.com.br
Para quem já é expert, a praia Brava é uma boa pedida, assim como Ingleses e Santinho, considerada esta última a melhor praia para surf no norte da ilha. No sul da ilha existem várias outras opções interessantes, como Campeche, Morro das Pedras e Matadeiro. Aí já está uma boa localização para saber que hotel Florianópolis dá pra reservar se o passeio for só pelo surfe.

Também procure hoteis em Fortaleza para não deixar de fora um dos melhores destinos para a prática de surfe no país, já que a cidade conta com um litoral bastante recortado e com diversos píers. Dicas de praia para a prática do esporte em Fortaleza são o píer da Ponte Metálica, a praia de Iracema, dos Diários, Meireles, Titanzinho e praia do Futuro.


SNI voando no Ceará. foto: olhares.aeiou.pt

Para o pessoal que curte o vento, o Wind e Kite Surf são muito praticados na região, com facilidade para encontrar um bom equipamento para alugar e ventos constantes praticamente o ano todo.

Escolha seu destino e boas ondas!    

sábado, 3 de dezembro de 2011

PRIME SUNSET - FINAL - FLORENCE VENCE

No automobilismo existem algumas corridas, ou grandes prêmios, especiais. São corridas tradicionais e vencer uma dessas significa muito mais do que o Premio em dinheiro, o troféu ou o momento de glória, vencer ali é entrar para a história do esporte.
As principais são GP de Mônaco, GP de Indianápolis e 24 Horas de Le Mans (G. Hill é o único a conseguir vencer as três), mas as 24 Horas de Daytona, 12 Horas de Spa, Suzuka e Nurburgring também tem seu prestigio em alta.

Florence vence em casa. foto: asp/cestari

No surf, temos as mesmas tradições e certos eventos são realmente especiais. Particularmente acho que o Pipemasters, o World Cup em Sunset e o Bells Easter Classic são a Tríplice Coroa sagrada do surf.
Vencer um evento desses é entrar para a história do Surf.

Deixar Sunset fora do circuito principal da ASP é uma coisa que nunca entendi direito. O Hawaii é o templo sagrado do esporte e merecia sediar mais que uma etapa do WT por ano.

O World Cup deste ano foi presenteado com dois swells com tamanho e proporcionou um show incrível para as centenas de pessoas que acompanhavam tudo ao vivo e para os milhares de internautas espalhados pelo globo.




No primeiro texto desta cobertura sobre o campeonato em Sunset, mencionei um video do site do evento, com imagens do passado e atuais, que mostravam que a abordagem dos atletas na onda de Sunset mudou pouco nos últimos 30 anos, que o volume da onda exigia um surf sem firulas, com o base lip imperando sobre o above de lip.

Realmente 90% das ondas surfadas foram assim, batidas e rasgadas ao invés de aéreos e suas variações. Nos 10% restantes vemos o que efetivamente foi mudando no decorrer dos anos nas competições em Sunset. As pranchas.




Lembro de uma coluna do Bocão, acho que foi em 92/93, em que ele descreve a experiência que teve como caddie de Teco Padaratz na bateria em que o catarinense garantiu o primeiro título mundial do WQS da história (seria bi em 99), e como pode surfar com ela depois da bateria. Não lembro o tamanho, mas era menor que o "normal" da época, mas tinha reações de uma merrequeira, com trocas de bordas rápidas e muito drive.




As pranchas hoje em dia estão menores ainda. O modelo mais usado no dia final deste World Cup foi a 6´10. Como resultado direto disso os caras de hoje estão fazendo tubos melhores do que antigamente. É um evolução e tanto numa onda tão dificil quanto Sunset. A mais dificil eu diria. A ponto do careca sanguinolento jamais ter conseguido uma vitória no lugar. Os tubos de Dusty, Ola e John mostram do que estou falando.

BRASILEIROS

O Brasil foi representado por Jessé Mendes e Raoni Monteiro no último dia do World Cup 2011.
Jessé caiu na primeira do dia, com o mar ainda acordando, o famoso morning sickness, o jovem paulista foi eliminado por Evan Valiere e Jordy Smith, deixando Jamie O para trás. Este último, inclusive, descolou o troféu vaca do campeonato neste heat ao praticar salto ornamental numa besta de 10 pés em cima da bancada do inside ball. O´Brien tinha uma boa onda no bolso, mas após esta vaca, ainda tomou uma série inteira na cabeça.




Raoni Monteiro defendia o título do campeonato e estava adorando as condições. Não é por acaso que em todas as vezes que Raoni apareceu na mídia em 2011 foi por ter se destacado em condições de mar em que poucos gostaria de surfar.
No campeonato mais assustador já realizado no Tahiti foi dele a primeira nota 10 do evento.
No campeonato mais assustador já realizado em Saquarema ele estava na final.
e quando o mar realmente subiu no Hawaii, novamente, Monteiro estava lá.

Começou fazendo uma dobradinha da O´Neill (que deixou de patrocinar este evento) com John Florence nas oitavas, eliminando Coleborn (quase se levanta no final) e Reynolds (voltou a competir como Dane).

Depois dominou amplamente as ações da terceira quarta de final, contra CJ, Gaskell e Centeio. Nesta bateria Raoni soube ler as mudanças do oceano. Na bateria anterior a dupla de Maui Ola Eleogram e Dusty Payne tinha dado um show de tubos, sempre na bancada do inside. Na bateria seguinte, os tubos já não abriam tanto e eram menos frequentes. Raoni buscou as maiores e na ausência de canudos procurou manobrar sempre no critico e com força. Já na primeira arrancou um 7,5 e ficou tranquilo para procurar outra boa, fechando a fatura com uma da série destruída com duas manobras fortes.




Na semi final, contra J. Florence, Gaskell e Ace, algo aconteceu já na primeira onda, quando um pequeno desiquilibrio custou toda uma sessão no inside e logo após, em sua melhor onda, o mesmo aconteceu na finalização. Erros como esses numa bateria deste nível são fatais.

De qualquer sorte esta sólida atuação de Raoni prova que a vitória do ano passado nada teve a ver com o tamanho das ondas, mas com a qualidade do atleta.

GRINGOS

John Florence é um fenômeno, compete nos eventos da Tríplice Coroa desde 13 anos, entuba como pouquíssimos e encara as ondas com um estilo que beira o descaso, mas sempre com objetividade e power.
Entrou por acaso no WT após a primeira rotação, graças a lesão de Yadin Nicoll, e desde que entrou tem arrancado boas notas e feito excelentes baterias.

Ter entrado ainda este ano pode ter ajudado John a não se tornar um Jamie O da vida. Que logo se cansou das merrecas wqesseanas e desistiu da busca a vaga no WT. Florence entrará em 2012 já sabendo uma coisa ou duas sobre o tour e se o pessoal da ASP continuar com a sorte de ondas durante eventos que teve em 2011, a chance de se coroar o quarto campeão mundial havaiano é grande. (terá que derrubar o careca sanguinolento, os queridinhos estabelecidos, Taj, Joel e Mick, além da Brazilian Storm, é claro).




Adam Melling tem que ser destacado. Não sou muito fã do surf dele. Parece um remendo de vários estilos e me parece um Bourez piorado, faz força demais para um surf de menos. Mas nesta tríplice coroa ele tem sido o cara. Duas finais consecutivas e sua vaga no WT 2012 garantida. Acho que ele sempre será um daqueles coadjuvantes. Que aproveite seus 15 minutos de fama.

Kekoa Bacalso e Olamana Oleogram foram dois dos caras mais atirados do evento. Ola chegou a semi, mas gastou tudo que tinha nas quartas, com um 10 unanime merecido. Kekoa nem estava no dia da final, mas perdeu no espirito go for it.

Por fim, vale destacar as atuações de backside de Nat Young, Ace Buchan, CJ Hobgood, Matt Wilko e Jessé Mendes.

Até o Pipemasters.

WORLD CUP 2011

1 - John Florence
2 - Michel Bourez
3 - Adam Melling
4 - Hank Gaskell
5 - Adrian Buchan
5 - Olamana Eleogram
7 - Raoni Monteiro
7 - Dusty Payne

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PRIME SUNSET - 3º DIA - CHUTA QUE É MACUMBA

Um dia muito difícil para os surfistas brasileiros no Evento Prime disputado nas pesadas direitas de Sunset, HI. A direção da ondulação melhorou em relação a domingo, último dia grande, mas o vento não ajudava e o campeonato rolou com ondas balançadas de 10 a 12 pés.




O time brasileiro esta fazendo tudo certo nesta temporada havaiana, chegaram cedo, prepararam as pranchas, focaram nos eventos, etc, mas esta faltando sorte.
Após a notícia da lesão de Alejo Muniz, soube-se que Miguel Pupo se machucou e que Adriano saiu mancando de sua bateria em Sunset.

CHUTA QUE É MACUMBA! SAÍ URUCA!
Esses gringos tão batendo cabeça...abre o olho!

Brincadeiras a parte, além da falta de sorte em relação as lesões, com a honrosa exceção de Jessé Mendes, todos os atletas que ainda tinham chance de classificação para o WT 2012 foram eliminados. Jr. Faria, Willian Cardoso e Tiago Camarão, terão que continuar remando nas etapas do WStar e WPrime no primeiro semestre de 2012 para tentar uma classificação na rotação do meio do ano que vem.Se as regras de ranking permanecerem as mesmas, o seeding obtido com certeza ajudará.

BATERIAS

Jr. Faria foi o primeiro brazzo a cair na agua, na segunda do dia. Seu problema foi o mesmo de vários, escolha de ondas. Jr. tem um surf de linha muito bonito e merecia melhor sorte. Fez umas manobras, mas a onda não colaborava na sessão seguinte. Adam Melling esta mostrando uma vontade impressionante. Como a bruxa esta solta no North Shore, é bem capaz dele competir em Pipe e se bobearem, levantar a Tríplice Coroa. Não seria a primeira vez que uma zebra levanta o caneco. Rommelse e Durbidge já levaram.




Wiggolly Dantas e Jessé Mendes caíram na quarta bateria e enfrentaram Kerr e um dos Gudauskas. Wiggolly começou muito bem, passando as sessões balançadas com fluidez e segurança, enquanto Jessé despencava em vacas sinistras. Parecia que Guigui avançaria e a disputa pelo segunda vaga ficaria entre os gringos. Do meio para o final da bateria após outras vacas, Jessé começou a se levantar completando manobras incríveis no olho de Sunset. Ao mesmo tempo Kerr acha alguns tubos e vira tudo, deixando Guigui de fora do evento.
Jessé ganhou mais do que sua vaga para a próxima fase. A exemplo de Ricardinho dos Santos na primeira fase, Mendes ganhou respeito no North Shore. Vale mais que 1000 troféus...




Mineiro caiu na nona bateria da fase contra outro Gudauskas, gemeo do Pat que esta no WT, Tonino Benson, destaque da primeira fase e Dale Staples, que esta bem no ranking pro Jr. Todos queriam um pedaço do quinto melhor surfista do planeta e um dos poucos a desafiar o careca sanguinolento.
Adriano foi mal julgado nas suas duas ondas que contaram. Na primeira, um 3,5, foi incrivelmente underscore, ao menos 1,5 ponto. Tentaram usar a lei da compensação no 3,3 de uma manobra só, mas não foi o suficiente.
É justo falar que Mineiro cometeu um erro estratégico ao pegar essa onda 3,3. A remada de volta ao pico é longa, ainda mais quando a onda fecha e não houve tempo para achar outra.




Jadson André entrou logo em seguida contra dois havaianos casca grossa e Kolohe Andino. O rei dos 6 estrelas parecia meio assustado e escolhia as menores, ao contrário dos outros 3 que se jogavam no que aparecesse.
Desde o inicio André mostrou que é carne de pescoço, voltando de uma batida completamente no ar e surgindo do meio da espuma. Recebeu um 6,33, nota alta para o dia. Buscando fazer uma segunda nota para somar, o potiguar escolheu uma bomba de mais de 10 pés e se jogou lá de cima, proporcionando uma das vacas mais assustadoras do dia.
Jadson acabou não achando a onda que precisava e passando um pequeno sufoco na bancada do inside, mas é outro brazuca que vai ganhando respeito nas ilhas.




Willian Cardoso, encarou Damien Hobgood, Lincoln Taylor e Gabe Kling. Hobgood esbanjou conhecimento e classe para passar em primeiro, enquanto Taylor mostrou o mesmo go for it que o levou as finais do Prime de Saqua. Cardoso fez uma bateria muito parecida com a de Jr. Faria, até conseguia umas manobras, mas a onda não ajudava na sessão seguinte. De bom mesmo, só a derrota do Kling.




Camarão entrou na décima terceira e perdeu para Davo, recém casado e inspirado e Mitchel Coleborn, estrela dos filmes do Kai Neville que esta surfando muito de costas para a onda em Sunset. Thiago rabiscou bonito numa bomba, mas na hora do tubo no inside a onda fechou. Sorte é preciso. É justo falar que o brasileiro pecou na escolha de ondas. Glenn Hall demorou para escolher a boa, mas no finalzinho veio numa das mais perfeitas do dia. Era fácil imaginar Camarão destruindo aquela direita e passando para a próxima fase. Fica para a próxima.




Raoni Monteiro venceu a décima quarta bateria do dia, mesmo com os juizes tentado ajudar Sunny e Fred P. A primeira onda do brasileiro, nota 6, valia ao menos um 7,5 e o que foi a última dele? Cavou e bateu numa parede de 10 pés como se estivesse numa valinha de meio metro! Orgulho de Saqua continua defendendo seu título!




O líder do circuito brasileiro profissional, Tomas Hermes caiu na última do dia e tanto ele como os outros dois integrantes da bateria não tiveram qualquer chance. Dane Reynolds encarnou o anti-Slater e ninguém venceria ele ali. Ninguém! Hank Gaskell, local, usou da experiência para passar em segundo, sem muito esforço, já que Wilson, vice ano passado e Hermes não acharam nenhuma realmente boa durante a bateria.




O último dia do World Cup tem tudo para ser épico, como Sunset merece.
Apenas Raoni Monteiro e Jessé Mendes representam o Brasil no último dia, com este último ainda alimentando chances de ingressar no WT na rotação pós Pipe.
Jessé entra na primeira do dia, contra Jordy Smith, Evan Valiere e Jamie O´Brien.
Raoni entre na última da fase 4, contra Mitchel Coleborn, J Florence e Dane Reynolds.

o atual campeão do evento, Raoni Monteiro, mostrando como é que se faz. foto: http://vanstriplecrownofsurfing.com/vansworldcupofsurfing2011/photo_gallery/day_7_vwcs


terça-feira, 29 de novembro de 2011

PRIME SUNSET - 2º DIA - BRASILEIROS AVANÇAM

Como previsto a organização resolveu colocar a segunda fase na agua, já que apesar de ter abaixado consideravelmente ainda havia 5 a 7 pés de onda. Pena que continuou perdendo força durante o dia. Nas últimas baterias as ondas mal lembravam o assustador primeiro dia da última etapa Prime de 2011, em Sunset, HI.




Junto com o declínio do tamanho das ondas diminuiu também o domínio local na competição. Apesar de ainda haver muitos havaianos na luta, as baixas no time polinésio foi considerável.

Nesta terça não deve rolar campeonato, mas a previsão é muito boa para o resto da semana, com uma nova ondulação chegando na quarta e subindo durante o dia, com um dia grande, como domingo, podendo acontecer na quinta, mantendo na sexta e começando a baixar no sábado. Se eu fosse o diretor de prova, confiando na previsão, faria a terceira rodada na quinta feira, para finalizar o evento em condições desafiadoras na sexta, veremos.

BRASILEIROS

Junior Faria caiu logo na primeira do dia e enterrando a borda na onda achou seu caminho para a próxima fase. Os dois franceses na bateria não poderiam ser mais diferentes, enquanto o vencedor do heat, Vicent mostrava segurança e desenvoltura nas paredes de Sunset (surfou bem também na primeira fase) é difícil acreditar que Romain seja o atual campeão Europeu. Inseguro, lento e previsível.




Jessé Mendes, primo de Jr Faria, entrou em seguida na terceira bateria do dia e junto com o australiano Brent Dorrington (fez final aqui em Saqua já, mas geralmente aparece melhor nas sessões de video do Innersection do que em competições) eliminou dois havaianos da competição, entre eles Nathan Florence, que contava com a torcida de seu caddie (para quem não sabe, Sunset, por ser um onda bem de outside, em caso de quebra da prancha ou da cordinha, ao invés do atleta ter que voltar até a praia para trocar o equipamento, é permitido que um caddie fique com a prancha reserva no canal para qualquer eventualidade)e irmão coruja J. J. Florence, que registrava tudo do canal.




Depois foi a vez de Leonardo Neves e Wiggolly Dantas encarem dois havaianos. Queria ter visto o bi-campeão nacional nas ondas do primeiro dia, quando seu surf pesado e com linha se encaixaria melhor nas morrancas, do que nas ondas curtas e inconsistentes desta segunda. Mesmo surfando bem, Neves foi barrado por Jamie O´Brien, o segundo, e Wiggoly, arisco e vertical como sempre de backside, em primeiro.




Apenas na última do dia tivemos novos representantes na agua. Tomas Hermes líder do BSP 2011 e Ricardinho dos Santos, local hero da Guarda do Embaú e destaque absoluto do primeiro de disputas deste World Cup 2011 encararam os havaianos Mason Ho e Granger Larsen. Tomas iniciou com uma onda muito boa e ficou tranquilo na busca de seu segundo score. Já Ricardo teve que disputar a segunda vaga na bateria a tapa com Mason Ho. O filho do lendário Michel achou algumas boas e despachou o catarinense que sentiu falta dos tubos que achou no primeiro dia.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PRIME SUNSET - 1º DIA - SHOW DE RICARDO DOS SANTOS

Sunset é uma onda que separa homens de moleques. Frase antiga e batida, mas verdadeira.
Nos vídeos do site do campeonato, há um muito interessante que mostra imagens de eventos que rolaram no pico no século passado e neste.

Pouco sei sobre o hawaiano Kevin Sullivan. Vendo atitudes como esta acho que é seguro afirmar que o é um homem de fé, muita FÉ. foto: http://vanstriplecrownofsurfing.com/vansworldcupofsurfing2011/photo_gallery/day_3_vwcs


Pouca coisa, ou quase nada mudou. Sunset é uma onda que não permite grandes firulas.
Quando esta maior que 10 pés o ataque dos atletas as ondas é muito similar, já que faz-se o que é possível ante uma gigantesca montanha de agua que acelera na bancada de coral, passando por cima dos incautos, esmagando-os, sem nenhum tipo de dó, ou piaedade.
Não há um vasto cardápio de manobras ultramodernas em Sunset. Lá só rola o prato feito: batidas, rasgadas e tubos, com muita, mas muita água em movimento. Alias, um bom base lip, além de garantir uma boa nota, as vezes é o único jeito de se chegar em segurança no canal.



ÚLTIMO PRIME DO ANO

O evento começou neste domingo 27/11 com ondas de 10 a 12 pés, bem balançado, sem um pico definido.
Este é o cenário que definirá muita coisa no One World Rankings, além de transformar vários sonhos em pesadelos e vice versa.
A primeira fase foi amplamente dominada pelos surfistas locais, com alguns brilharecos de atletas de outros países.

A exceção de Ricardo dos Santos, nenhum dos outros brasileiros escalados na primeira fase conseguiu passar sua bateria. O que não quer dizer que surfaram mal, os scores foram apertados, mas o conhecimento local e um pouco de sorte num mar cabuloso desses sempre conta a favor quando se briga por alguns décimos a mais. Yuri Sodré, Jeronimo Vargas, Caio Ibeli e Jano Belo lutaram até o fim mas ficaram por ali.




Caio Ibeli travou uma bela batalha pelo segundo lugar em sua bateria, já que Jamie O´Brien simplesmente quebrou tudo disparando na frente. Foi o primeiro a fazer isso no dia. Caio dropou as maiores, sem dúvida, mas nem sempre as melhores. No finalzinho Brent Dorrington terminou com o vira vira a seu favor.




Jano Belo foi outro que perdeu por muito pouco. Ficou a 0,30 pontos de sua vaga para a próxima fase. Deu 3 belos coices na sua primeira onda, pena que se desequilibrou na segunda manobra. O paraibano subiu muito no ranking em 2011. Na próxima temporada, com o seeding conquistado, tem excelentes chances de conseguir uma vaga na elite nas próximas rotações.




Ricardinho dos Santos, o ultimo brasileiro a cair hoje, salvou a Pátria e deu um SHOW em Sunset. Fez a segunda melhor onda do dia e a segunda melhor média do campeonato (a melhor foi de Tonino Benson, vejam os videos! Vale muito a pena).
Surfando com uma segurança absurda de costas para as morrancas, o catarinense fez o que quis no pico e dominou amplamente sua bateria. Caras como ele deviam ir direto para o WT, onde têem muito mais chances de se dar bem do que nas marolas wqesseanas.



Tudo indica que o mar abaixa e ajeita para amanhã, mas vai perder bastante força. Acho que rola a segunda fase amanhã mesmo e as finais mais para o final da semana, quando chegará outro swell com tamanho nas ilhas Hawaianas.
Deve começar por voltas das 15 horas de Brasilia neste link: http://vanstriplecrownofsurfing.com/vansworldcupofsurfing2011/live-gb

BATERIAS DA SEGUNDA RODADA

JR FARIA X ROMAIN CLOITRE X VICENT DUVIGNAC X PERTH STANDLICK
CORY LOPEZ X HEATH JOSKE X MARCUS HICKMAN X EVAN VALIERE
JESSÉ MENDES X NAT FLORENCE X BILLY KEMPER X BRENT DORRINGTON
LEO NEVES X GUIGUI DANTAS X JAMIE O X CHRIS FOSTER
MITCH CREWS X EVAN GEISELMAN X KEKOA BACALSO X BRIAN TOTH
DAN ROSS X KAI BARGER X TORREY MEISTER X GAVIN GILLETTE
DION ATKINSON X NIC MUSCROFT X PANCHO SULLIVAN X OLA ELEOGRAM
NAT YOUNG X ARITZ ARANBURU X DAVEY CATHELS X TIM REYES
NAT YEOMANS X DYLAN GRAVES X JOEL CENTEIO X DALE STAPLES
TOM WHITZ X ADAM ROBERTSON X TONINO BENSON X IAN WALSH
RICHARD CHRISTIE X LINCOLN TAYLOR X KEANU ASING X SEAN MOODY
ROYDEN BRYSON X GABE KLING X ADRIEN TOYON X AUSTIN WARE
GLENN HALL X SHAUN JOUBERT X MAKUA ROTHMAN X TANNER HENDRICKSON (Tanner é dúvida machucou hoje)
ALAIN RIOU X CARISSA MOORE X MITCH COLEBORN X SUNNY GARCIA
DANE REYNOLDS X MARC LACOMARE X MYLES PADACA X IAN GENTIL
GRANGER LARSEN X TOMAS HERMES X RICARDO DOS SANTOS X MASON HO

Nao importa de onde vem, o que faz, se surfa ou não. Imagens como essa SEMPRE causam espanto. Se fosse para dar a legenda em poucas letras, certamente seria MORTE HORRÍVEL! foto: http://vanstriplecrownofsurfing.com/vansworldcupofsurfing2011/photo_gallery/day_3_vwcs

BRASILEIROS QUE SÓ ESTRÉIAM NA TERCEIRA RODADA:

MIGUEL PUPO - ADRIANO DE SOUZA - JADSON ANDRÉ - WILLIAN CARDOSO - THIAGO CAMARÃO - RAONI MONTEIRO

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

HALEIWA 2011 - TRIPLICE COROA - TAJ SAI NA FRENTE

Com ondas bem melhores o último dia do Reef Pro começou com as baterias restantes da terceira fase. Ondas bem melhores para qualquer lugar do mundo. Para o Hawaii estava bem merreca.
Distribuindo pontos de um evento Prime, os nervos de vários atletas localizados na bolha do ranking estavam sendo colocados a prova.

Taj Burrow surfou muito e mereceu. Foi mal julgado na final, mas seus adversários ajudaram. foto: http://vanstriplecrownofsurfing.com/reefhawaiianpro2011/photo_gallery/day_12rhp
 
Logo na primeira, Willian Cardoso não conseguiu achar nada e foi eliminado por Roy Powers, Aritz Aramburu e Tiago Pires. Bateria de poucas ondas, fora Tiago, todos os outros atletas pegaram apenas 4 ondas. O catarinense terá que apostar tudo em Sunset, já que não troca pontos nesta etapa.





Jadson estreou na bateria seguinte, privilégios de WT. Classificou-se atrás de Nat Curran, eliminando o local Fred P e o queridinho da américa Eric Geiselman, o irmão mais prego do Evan.



E na última da fase, numa bateria em que ninguém conseguiu duas boas, o homem com uma boa levou. Granger Larsen acertou algumas pancas impressionantes para passar em primeiro, com Marc Lacomare em segundo. Guigui Dantas também estava nesta, mas a exemplo de Willian, não se achou e amargou o quarto lugar no heat.



FASE 4

A fase 4 começou com os dois expoentes da nova geração americana dominando as duas primeiras baterias. Evan Geiselman e Kolohe Andino não deixaram muitas dúvidas e passaram com certa facilidade em primeiro.

Leo Neves caiu na terceira da fase. O mar já estava com um tamanho consideravel e as séries variando durante os heats, alguns com muita onda e outros com pouca. Esta foi uma de muitas ondas. Quem melhor as aproveitou foi Glenn Hall com muita velocidade de front e verticalidade de back e Kekoa Bacalso, na base da porrada mesmo. Leo ficou por aqui junto com Seb Zietz.



Camarão entrou em seguida, numa batalha durissima contra Dan Ross, Taj e J. Florence.
O havaiano acertou um aereozão de back antes de 5 minutos e com um nove no bolso para dar o tom das disputas. Taj, achou um tubão seguido de uma rasgada layback  arrancando um 9,4 e virou. Em seguida, Ross e Camarão fizeram um sanduba do Florence numa clara dupla interferencia após uma acirrada disputa de remada. Pensando no ranking, põe acirrada nisso, já que tinhamos o 39º, Ross, 38º, Camarão e o 27º, Florence, remando por um lugar ao sol ano que vem. Achei que era para anotar contra Florence, que qualquer lado que fosse, estaria errado e para Ross, já que a onda era uma direita, mas sobrou apenas para o aussie. Sem a interferencia no havaiano, a missão do Camaras era indigesta, ainda mais depois de Florence sair de um tubinho para somar ao 9. Uma pena, pois com os 1200 pontos do terceiro lugar nesta bateria, Tiago não soma nada de pontos, enquanto, Ross troca um resultado.



Mineiro entrou em seguida, rapidamente fez duas notas 6 surfando 10 km/h mais rápido que qualquer outro da sua bateria. E estou falando de uma bateria de 4 caras WT. Brett passou em segundo. Ace Buchan (que segundo Nuno Jonet é também escritor de livros infantis) e Dusty Payne ficam por ali.



Antes da primeira polemica de notas do evento, Tanner Gudauskas quebrou sua bateria e passou mesmo com interferencia contra ele.

Jadson esta na próxima. Nas suas duas melhores teve ao menos um ponto abaixo do que merecia. Atentem para a velocidade a onda de 3 manobras do Jadson. Velocidade linkando uma na outra, 4 e pouco? Qué isso! A onda boa do Roy Powers tbém foi um ponto a mais do que merecia. No fim passaram Michel Bourez, que tbém não estava sendo bem julgado e Powers, no garfo.



Jessé entrou na próxima e fez duas lindas esquerdas, a primeira foi bem julgada, a segunda não, o 6,10 valia ao menos 7,5. Tudo bem que aereo reverse não é uma manobra dificil para o surf competição de hoje em dia, mas aereo reverse na primeira manobra, deve ser considerada uma primeira manobra forte, ainda mais quando é um manobrão funcional, servindo também para passar uma sessão da onda. Acabou sendo suficiente para passar em segundo. Larsen virou surfando forte, mas Jessé foi o vencedor moral do heat.




QUARTAS

Kekoa Bacalso é daqueles caras que tem algo a provar. Esta surfando desta forma. Foi campeão mundial pro jr e parece que resolveu engordar justo quando entrou no WT. Durou algumas temporadas, mas acabou saindo. Sem patrocinio, mais magro e surfando um dos melhores base lip do negócio, com apenas duas ondas se classificou para a semi. Porradas do inicio ao fim ainda dão nota.

Viu? Kekoa fininho. foto:vanstriplecrownofsurfing.com

Taj passou praticamente a bateria toda em último, achou um direitão, uma rasgada normal e um tubo que foi mais plástico do que longo, mas o estilo na estolada e a saída praticamente limpa valeram a nota. Faltando poucos minutos o australiano precisava de pouco para virar, situação perfeitamente aproveitada pelos juizes que empurraram ele na última onda. Achei significativo este empurrão porque demonstra que não é só contra os novos talentos brasileiros que rola isso, contra os novos talentos gringos também. Evan merecia passar, mas morreu na praia junto com Kolohe Yellow Hand.

Na segunda bateria das quartas, Nat Young explodiu! Sério, nunca vi esse polaco surfar tanto! Não sei porque não deram 10 na última dele.
J. Florence seria o destaque natural desta bateria, mas mesmo surfando bem foi totalmente ofuscado pelo jovem Young (não aguentei o trocadilho, heheh). Kieran Já Foi Tarde Perrow e Glenn Hall em acabaram terceiro e quarto respectivamente

Mineirinho e Jessé se encontram nessa terceira quarta de final. Quem sabe não tivessem achatado as notas do Mendes, isso não rolaria...paciencia.
Foi uma boa bateria, Michel Bourez demorou para acordar, mas também quando resolveu surfar ninguém segurou. Jesse ficou meio perdido no inicio, e só entrou na briga mais no final, e acabou faltando outra boa. Mineiro virou em cima de Tanner Gudauskas na hora certa para se classificar para a semi. Como falei, ele esta maduro para levar uma taça como a Trple Crown.



Roy Powers e Adam Melling barraram Brett Simpo e Granger Larsen na última quarta de final. Adam pode complicar a vida de muitos caras da bolha do ranking.

SEMIS

A bateria nem tinha começado direito e Taj já estava com um 9 no bolso.
Florence logo equilibrou as coisas com um 7, mas o bicho pegou mesmo quando o elétrico Young também achou seu 7. Kekoa ainda estava na casa dos 5. Tudo indicava para um fim de bateria tenso entre Young e Florence. Não deu outra, com a classificação pendendo para o local de Santa Cruz que arrancou um 5,7 salvador no final.

A segunda semi foi bem nervosa. Adriano liderava com uma folga muito pequena contra Melling e Bourez que já tinham algo no bolso e precisavam de pouco para virar. Esperto, Mineiro foi aumentando seus scores e ao mesmo tempo se defendendo das trocas de nota dos adversários. Na minha opinião o resultado foi duplamente positivo, já que Bourez seria muito mais perigoso na final do que Melling, acho.



FINAL

Pelas twittadas da hora da final, vi que não há unanimidade no assunto, mas achei as duas notas do Taj extremamente exageradas.
Se o resultado fosse mais apertado isso poderia ser um problema. Mas não foi assim, o único que não estava em combinação era Mineiro e o brasileiro não conseguiu achar outra onda boa para equilibrar a peleja.
Não dá pra dizer que deram algo para o Taj. Diria que ele venceu, mas não pela margem de pontos que os números demonstram.
Adam Melling surpreendeu. Deve ter se garantido ou chegado perto de se garantir nos Tops pós Pipe.
Mineiro queria a vitória e deve estar mordido. Concordo com Jonet, os arcos longos das rasgadas de Mineiro devem se encaixar como uma luva em Sunset. Chegar mordido e com a motivação de disputar a Triplice Coroa pode trazer outro resultado para Mineiro.
Nat Young gastou tudo que tinha nas quartas e na semi. Ainda vai aprender a explodir na hora certa. Há luz no fim do túnel do surf norte americano. Esse rapaz estava possuido até as semis. Acho que nem ele acreditou que estava surfando tanto.



Pelas previsões Sunset começa domingo com ondas de verdade neste link: http://vanstriplecrownofsurfing.com/vansworldcupofsurfing2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

HALEIWA 2011 - SEGUNDO DIA

O segundo dia do Reef Pro em Haleiwa foi disputado em ondas um pouco melhores, mas ainda com séries muito demoradas, e 20 minutos por bateria.

Florence foi um dos melhores do dia. foto: http://vanstriplecrownofsurfing.com/reefhawaiianpro2011/photo_gallery/day11_rhp


Logo na primeira do dia, Yuri Sodré só achou uma onda e mais nada, sendo despachado por Shaun Joubert (que tomou a vaca da Triple Crown 2010 ali mesmo em Haleiwa) e Luke Daves.



Definitivamente estou mal acostumado. Campeonatos em merrecas dão sono. De interessante entre a derrota de Yuri Sodré e a surra que Wiggolly Dantas aplicou nos adversários em sua vitória, apenas as derrotas precoces de Jamie O, Dane Reynolds (fiquei surpreso dele aparecer!) e a bateria da Carissa Moore.



A Lisa Andersen fez isso anos atrás em Huntington, salvo engano, um dos Hobgood estava na bateria e teve sua mala feita pela Tetracampeã mundial. Num mar merreca e inconstante como este de Haleiwa hoje a jovem campeã do mundo era uma ameaça séria. Ian Gentil, filho de brasileiros, passou mesmo com interferência, atrás de Roy Powers.

Só vimos 10 minutos da bateria do Wigooly por conta da apresentação da bateria especial entre Rob Machado, Shane Dorian, Kalani Robb e Ross Willians.

Fase 3

A fase começou com uma bateria muito boa que acabou com a eliminação precoce de Josh Kerr.

O Rei dos 6 estrelas Kolohe passou em segundo numa bateria de poucas ondas. Machucou a mão no free surf e a embrulhou numa luva de borracha verde limão com silver tape, discreto como o pai. Foi interessante ver um replay com duas ondas distintas do americano surfadas de maneira praticamente idêntica. Depois falam que brasileiro é repetitivo...

O primeiro brasileiro a encarar a terceira fase foi o líder do BSP 2011 Tomas Hermes. Infelizmente o catarinense ficou em último numa bateria muito dura contra Adrien Toyon, o primeiro, Kieran "o Conspirador" Perrow, o segundo e Travis Logie, terceiro. O maleta que faz as entrevistas até cutucou o conspirador sobre as mudanças que podem acontecer no circuito e Perrow desconversou dizendo que estão procurando um meio mais justo de competir. Acho que vem coisa por ai....




Raoni foi o próximo a tentar a sorte, mas não se achou em momento algum na bateria em que Glenn Hall e Daniel Ross acharam as melhores. A situação de interferência do Raoni é do jogo, ele realmente tentou ficar em pé primeiro e cortar a frente do Dan, acho que Raoni fez o que tinha que fazer.




Camarão surfou muito bem de backside nas marolas e passou atrás de Sebastien Zietz. Disse na entrevista que procura não pensar muito no ranking e ir passando as baterias. Como ainda há muitos pontos em disputa ainda é cedo para comemorar, mas Thiago esta entrando na hora certa na lista dos 32.




Um show de Florence antes de Taj e Leonardo Neves dominarem as ações na oitava bateria da fase. Mason e Taj começaram melhor. O australiano logo achou outra boa e depois um oito alto para fechar a fatura. Leo se levantou com um 8,5 melhor surfado do que julgado para ultrapassar Ho e classificar-se em segundo.




Fazia tempo que Mineiro não competia na Triplice Coroa, alguns problemas com locais faziam com que ele praticamente só surfasse durante as baterias do Pipemasters, com o pequeno brazzo andando com guarda costas no North Shore. Aparentemente com tudo resolvido e o surf mais maduro do que nunca, Adriano é sério concorrente ao Título da Triplice Coroa. Seria a chave de ouro de 2011 para Adriano e para o surf nacional.
Pode até perder na sequência deste evento de séries tão inconstantes, mas que está maduro para levantar uma taça destas, está.




Jesse Mendes, estreando novo logo nas bóias, foi na última do dia e com segurança nas canhotinhas passou atrás de Michel Bourez que surfou com a ignorância de sempre. Jesse esta numa posição do ranking que ainda permite sonhar. Tem que continuar a fazer o dele e torcer por alguns tropeços.



Dizem que o mar sobe para amanhã lá no Hawaii. Se confirmar é uma excelente notícia para o pesado Willian Cardoso, que estreará na primeira do dia em condições melhores do que a desses dois primeiros dias de Haleiwa bem merreca e inconstante. Além de Panda, Jadson André também estreia amanhã e Wiggolly Dantas que na última da fase, cai na agua pela segunda vez no evento, com a triste notícia da lesão do Alejo Muniz, que tentará se recuperar a tempo de disputar a taça de Rookie of The Year no Pipemasters.

O campeonato termina neste terceiro dia de competições, com o evento começando em torno das 15 horas de Brasilia neste link: http://vanstriplecrownofsurfing.com/reefhawaiianpro2011/live-pt