sexta-feira, 30 de março de 2012
JELLO BIAFRA - UM PRIVILÉGIO
A noite desta quarta feira 28/03 ficará guardada na memória.
Show com letra maiúscula do veterano do punk rock mundial, Jello Biafra, ex vocal do Dead Kennedys.
Aliás, seria até injusto considerar o evento apenas como um show musical, já que se tratou de uma mostra cultural, passado e presente do hardcore eram demonstrados e comercializados no último andar do Teatro Odisséia, na Lapa, Centro da night carioca.
Teatro que passou por maus pedaços com brigas de baderneiros há pouco tempo, mas recepcionou a todos com tranquilidade e eficiência, apesar de achar que um show como o de Jello ficaria melhor alocado na acústica do Circo Voador.
O show começou a 200 por hora e logo vi de onde Greg Graffin tirou sua presença de palco. Jello é um punk original...segunda geração diriam uns, mas originalíssimo, e fiel ao que sempre foi e acreditou. Já na terceira música o quase sexagenário se jogou do palco e sem perder um refrão pogou com a galera...nunca tinha visto nada igual!
Jello é daqueles que fazem questão de colocar todos os pingos nos "ís"... de forma rápida e didática presenteava o público (com quem interage de forma estupenda) com uma pequena introdução antes de quase todas as músicas, relatando do que se tratava, contra o que prega ou de onde surgiu a idéia, reservando-se ao direito de uma auto crítica logo após da clássica Califórnia Übber Alles mencionando que sua teoria da conspiração estava levemente errada, mas ainda assim é uma grande música. E é mesmo!
Aliás, ficou evidente uma certa falta de intimidade do público com as músicas novas, já que a empolgação/reação com os clássicos era muito diferente da demonstrada durante composições mais recentes. Mas isso de forma alguma diminuiu ou prejudicou o andamento do espetáculo. A voz e a empolgação do velhote é surreal. Mesmo com o dobro de guitarras da época do DK, parece que a voz do maluco é quem puxa os instrumentos...
O público também fez um papel muito bonito curtindo a noite e o show de uma maneira ordeira e exemplar. Foi uma noite memorável para os amantes do punk rock que pogaram alucinadamente num clima de paz e confraternização com um verdadeiro ícone da cultura punk.
Parece que os fãs seguem o nível do artista. Jello não é "apenas" um excelente cantor e compositor, como um ativista incansável de ideais para lá de humanos. Quase um "Gabeira" gringo, ou um exemplar representante do PSOL americano... Torço muito para que ele volte no próximo ano.
Para finalizar separei as minhas preferidas do Dead Kennedys.
Show com letra maiúscula do veterano do punk rock mundial, Jello Biafra, ex vocal do Dead Kennedys.
Velhote soltando o verbo. foto: zp.blog.br |
Aliás, seria até injusto considerar o evento apenas como um show musical, já que se tratou de uma mostra cultural, passado e presente do hardcore eram demonstrados e comercializados no último andar do Teatro Odisséia, na Lapa, Centro da night carioca.
Teatro que passou por maus pedaços com brigas de baderneiros há pouco tempo, mas recepcionou a todos com tranquilidade e eficiência, apesar de achar que um show como o de Jello ficaria melhor alocado na acústica do Circo Voador.
O show começou a 200 por hora e logo vi de onde Greg Graffin tirou sua presença de palco. Jello é um punk original...segunda geração diriam uns, mas originalíssimo, e fiel ao que sempre foi e acreditou. Já na terceira música o quase sexagenário se jogou do palco e sem perder um refrão pogou com a galera...nunca tinha visto nada igual!
Jello é daqueles que fazem questão de colocar todos os pingos nos "ís"... de forma rápida e didática presenteava o público (com quem interage de forma estupenda) com uma pequena introdução antes de quase todas as músicas, relatando do que se tratava, contra o que prega ou de onde surgiu a idéia, reservando-se ao direito de uma auto crítica logo após da clássica Califórnia Übber Alles mencionando que sua teoria da conspiração estava levemente errada, mas ainda assim é uma grande música. E é mesmo!
Aliás, ficou evidente uma certa falta de intimidade do público com as músicas novas, já que a empolgação/reação com os clássicos era muito diferente da demonstrada durante composições mais recentes. Mas isso de forma alguma diminuiu ou prejudicou o andamento do espetáculo. A voz e a empolgação do velhote é surreal. Mesmo com o dobro de guitarras da época do DK, parece que a voz do maluco é quem puxa os instrumentos...
O público também fez um papel muito bonito curtindo a noite e o show de uma maneira ordeira e exemplar. Foi uma noite memorável para os amantes do punk rock que pogaram alucinadamente num clima de paz e confraternização com um verdadeiro ícone da cultura punk.
Parece que os fãs seguem o nível do artista. Jello não é "apenas" um excelente cantor e compositor, como um ativista incansável de ideais para lá de humanos. Quase um "Gabeira" gringo, ou um exemplar representante do PSOL americano... Torço muito para que ele volte no próximo ano.
Para finalizar separei as minhas preferidas do Dead Kennedys.
segunda-feira, 26 de março de 2012
CAIU NA NET XV - THE RINCON SUPER AWESOME MINI MOVIE
Mesmo que demore um pouco mais para baixar, sugiro que veja em HD...
Furtado do blog amigo http://linhadeonda.blogspot.com.br/ do Diogo Alpendre.
Furtado do blog amigo http://linhadeonda.blogspot.com.br/ do Diogo Alpendre.
sábado, 24 de março de 2012
PRIME MARGARET RIVER FINAL - FESTA HAVAIANA EM WEST OZ
Como previsto no bolão, João João levantou o caneco da prestigiosa etapa do Mundial de Surf disputada nas poderosas ondas do reef break de Margaret River no oeste Australiano.
O pico prometia grandes ondas mas acabou arregando nos últimos dias e as melhores condições rolaram mesmo nas fazes iniciais. Mas de qualquer sorte o pico não negou fogo e o show de surf ficou evidenciado pelas altas médias obtidas.
Os havaianos Olamana Oleogram, de Maui e João João Florence, de Oahu, fizeram a grande final, com vantagem para o russinho local de Pipeline que não economizou no repertório, arrancando notas na base de muitos tubos, bordas cravadas e rabetas ao alto.
João João levanta seu segundo QS do ano e demonstra que esta afiando suas garras competitivas. Parece que aprendeu que a competir quase nunca é algo divertido...vencer é.
Chegará a Bells com o animo renovado. Já imaginaram o russo em winkpop rodando? Eu já...
Olamana, tem um estilo meio esquisito, mas não cai da prancha nem por decreto. Se conseguir um apoio e seguir o resto do mundial pode ser um nome a se observar para o WCT 2013, especialmente em ondas de consequencia, até porque o moleque parece ter uma cabeça muito boa, sabe competir e não se abala com os figurões, vide semi final contra o mito Occy.
Occy foi o grande destaque "local", deixando muitos aficcionados, como este que vos escreve, saudosos de um tempo que não volta mais. Seu estilo de backside continua impecável, com O melhor botton do negócio, além de enfiar a borda com vontade nas canhotas Margareteanas para reafirmar que quando o negócio é Power&Style ele ainda é o melhor.
Willian Panda Cardoso, pelo segundo evento do QS consecutivo termina como o melhor brasileiro. Como disse no post anterior sobre o campeonato, o catarinense perdeu para o campeão mais por um vacilo estratégico do que pelo surf em si, o que deve sim servir para ele próprio aumentar sua confiança e se preparar para sua eventual estréia no WCT (ele é o segundo alternate) e seu ingresso definitivo em 2013. Se houvesse um meio de calcular, Panda e Occy facilmente levariam o caneco de maiores jogadores de agua pra cima.
Margaret recebeu patadas por todos os lados este ano, e abraça a idéia PRIME inaugurada pelo melhor Fernando de Noronha já visto no mundial, mantendo em altíssimo nível a qualidade das ondas dos eventos disputados apenas pelos 96 melhores do ranking mundial.
O pico prometia grandes ondas mas acabou arregando nos últimos dias e as melhores condições rolaram mesmo nas fazes iniciais. Mas de qualquer sorte o pico não negou fogo e o show de surf ficou evidenciado pelas altas médias obtidas.
Os havaianos Olamana Oleogram, de Maui e João João Florence, de Oahu, fizeram a grande final, com vantagem para o russinho local de Pipeline que não economizou no repertório, arrancando notas na base de muitos tubos, bordas cravadas e rabetas ao alto.
João João levanta seu segundo QS do ano e demonstra que esta afiando suas garras competitivas. Parece que aprendeu que a competir quase nunca é algo divertido...vencer é.
Chegará a Bells com o animo renovado. Já imaginaram o russo em winkpop rodando? Eu já...
Olamana, tem um estilo meio esquisito, mas não cai da prancha nem por decreto. Se conseguir um apoio e seguir o resto do mundial pode ser um nome a se observar para o WCT 2013, especialmente em ondas de consequencia, até porque o moleque parece ter uma cabeça muito boa, sabe competir e não se abala com os figurões, vide semi final contra o mito Occy.
Occy foi o grande destaque "local", deixando muitos aficcionados, como este que vos escreve, saudosos de um tempo que não volta mais. Seu estilo de backside continua impecável, com O melhor botton do negócio, além de enfiar a borda com vontade nas canhotas Margareteanas para reafirmar que quando o negócio é Power&Style ele ainda é o melhor.
Willian Panda Cardoso, pelo segundo evento do QS consecutivo termina como o melhor brasileiro. Como disse no post anterior sobre o campeonato, o catarinense perdeu para o campeão mais por um vacilo estratégico do que pelo surf em si, o que deve sim servir para ele próprio aumentar sua confiança e se preparar para sua eventual estréia no WCT (ele é o segundo alternate) e seu ingresso definitivo em 2013. Se houvesse um meio de calcular, Panda e Occy facilmente levariam o caneco de maiores jogadores de agua pra cima.
Margaret recebeu patadas por todos os lados este ano, e abraça a idéia PRIME inaugurada pelo melhor Fernando de Noronha já visto no mundial, mantendo em altíssimo nível a qualidade das ondas dos eventos disputados apenas pelos 96 melhores do ranking mundial.
Resultados do Drug Aware Pro 2012
Masculino
1 John John Florence (Haw)
2 Olamana Eleogram (Haw)
3 Mark Occhilupo (Aus)
3 Kai Otton (Aus)
5 Josh Kerr (Aus)
5 Tom Whitaker (Aus)
5 Nic Muscroft (Aus)
5 CJ Hobgood (EUA)
17 Willian Cardoso (Bra)
25 Raoni Monteiro (Bra)
37 Tomas Hermes (Bra)
37 Caio Ibelli (Bra)
37 Hizunomê Bettero (Bra)
37 Messias Félix (Bra)
37 Jadson André (Bra)
49 Alex Ribeiro (Bra)
49 Thiago Camarão (Bra)
49 Wiggolly Dantas (Bra)
49 Halley Batista (Bra)
49 Charlie Brown (Bra)
73 Heitor Alves (Bra)
73 Jano Belo (Bra)
73 André Silva (Bra)
73 Jessé Mendes (Bra)
73 Flavio Nakagima (Bra)
Feminino
1 Courtney Conlogue (EUA)
2 Malia Manuel (HAV)
3 Nikki Van Dijk (AUS)
3 Rebecca Woods (AUS)
5 Pauline Ado (FRA)
5 Stephanie Gilmore (AUS)
5 Laura Enever (AUS)
5 Kirby Wright (AUS)
19 Jacqueline Silva (Bra)
25 Suelen Naraisa (Bra)
25 Bruna Schmitz (Bra)
ASP World Ranking Masculino depois de dez etapas
1 Taj Burrow (Aus) – 13.945 pontos
2 Josh Kerr (Aus) – 11.336
3 Miguel Pupo (Bra) – 10.750
4 John John Florence (Haw) – 10.250
5 Adrian Buchan (Aus) – 10.080
6 Adriano de Souza (Bra) – 8.000
7 Owen Wright (Aus) – 7.600
8 Jordy Smith (Afr) – 7.420
9 Willian Cardoso (Bra) – 7.200
10 Olamana Eleogram (Haw) – 6.856
11 Kelly Slater (EUA) – 6.500
12 Joel Parkinson (Aus) – 6.370
13 Adam Melling (Aus) – 6.227
14 Kai Otton (Aus) – 5.545
15 Brian Toth (Pri) – 5.525
16 Jean da Silva (Bra) – 5.450
17 Kolohe Andino (EUA) – 5.386
18 Fredrick Patacchia (Haw) – 5.334
19 Joan Duru (Fra) – 5.158
20 Julian Wilson (Aus) – 5.000
20 Evan Geiselman (EUA) – 5.000
22 Matt Banting (Aus) – 4.941
23 Dion Atkinson (Aus) – 4.923
24 Raoni Monteiro (Bra) – 4.850 pontos
27 Ricardo dos Santos (Bra) – 4.611
32 Heitor Alves (Bra) – 4.380
34 Wiggolly Dantas (Bra) – 4.236
36 Gabriel Medina (Bra) – 3.820
43 Filipe Toledo (Bra) – 3.340
45 Tomas Hermes (Bra) – 3.282
47 Hizunomê Bettero (Bra) – 3.110
51 Jessé Mendes (Bra) – 2.730
52 Alex Ribeiro (Bra) – 2.720
57 Bernardo Pigmeu (Bra) – 2.400
57 Yuri Sodré (Bra) – 2.400
Bra) – 2.020
81 André Silva (Bra) – 1.580
85 Charlie Brown (Bra) – 1.495
86 Bruno Rodrigues (Bra) – 1.460
89 Messias Félix (Bra) – 1.417
91 Jano Belo (Bra) – 1.410
94 Peterson Crisanto (Bra) – 1.342
95 Flavio Nakagima (Bra) – 1.330
96 Jadson André (Bra) – 1.310
97 Leandro Bastos (Bra) – 1.300
97 Marco Polo (Bra) – 1.300
Ranking do ASP World Star Feminino depois de quatro etapas
1 Sally Fitzgibbons (Aus) – 7.000 pontos
2 Malia Manuel (Haw) – 7.360
3 Courtney Conlogue (EUA) – 6.230
4 Rebecca Woods (Aus) – 4.560
5 Laura Enever (Aus) – 4.290
6 Pauline Ado (Fra) – 3.770
7 Sofia Mulanovich (Per) – 3.560
8 Sage Erickson (EUA) – 3.110
8 Nikki Van Dijk (Aus) – 3.110
10 Alizee Arnaud (Fra) – 2.753
10 Bianca Buitendag (Afr) – 2.753
26 Jacqueline Silva (Bra) – 1.496
51 Suelen Naraisa (Bra) – 820
51 Bruna Schmitz (Bra) – 820
fonte resultados: waves
GRUMARI HOJE - 1º GO PRO TEST
Muito respeito e admiração por quem fotografa e filma na agua.
Essa foi a sensação após cerca de 2 horas e meia literalmente levando pancadas no quebra-coco do do meio da praia do Grumari - RJ.
Se posicionar é realmente muito difícil, a correnteza é mais intensa embaixo da vala, na parte espumada e não há canal, bombas surgem do nada e quebram com tudo em sua cabeça.
Se num beach break é ruim assim, imagina em um fundo de coral ou pedras?
Segue algumas imagens captadas hoje...espero melhorar com o tempo...
Essa foi a sensação após cerca de 2 horas e meia literalmente levando pancadas no quebra-coco do do meio da praia do Grumari - RJ.
Se posicionar é realmente muito difícil, a correnteza é mais intensa embaixo da vala, na parte espumada e não há canal, bombas surgem do nada e quebram com tudo em sua cabeça.
Se num beach break é ruim assim, imagina em um fundo de coral ou pedras?
Segue algumas imagens captadas hoje...espero melhorar com o tempo...
sexta-feira, 23 de março de 2012
VIDEOS PRIME MARGARET RIVER - 3º DIA
Vídeos do terceiro dia de disputas da categoria masculino do Prime Margaret River.
Esperavam que o mar ficasse gigante, mas Netuno negou fogo e as disputas rolaram em ondas de pouco mais de 6 pés.
O último representante brasileiro, Willian Cardoso, foi eliminado por JJ Florence. Surfou muito bem mas cometeu o pecado de liberar 1 onda para o havaiano enquanto detinha a prioridade. O russo destruiu a direita e anotou seu melhor score, deixando o catarinense correr atrás do prejuízo. Panda se levantou com uma bela esquerda, com litros de agua jogados para cima, mas JJ fechou a fatura com outra direita no final. Valendo ainda destacar a tentativa de aéreo de Florence, nitidamente influenciada (na altura) por Filipinho Toledo. Me lembrou video game...pensando bem, ainda bem que ele não volto...
A final deve rolar hoje a noite aqui no Brasa, clique no link abaixo para ver ao vivo:
http://www.telstradrugawarepro.com/live/watch
BATERIAS RESTANTE:
JOSH KERR X OLAMAN ELEOGRAM
TOM WHITAKER X MARK OCCHILUPO
NIC MUSCROFT X JJ FLORENCE
CJ HOBGOOD X KAI OTTON
TDAP 2012: Men's No Loser R24: Heats 5-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R24, Heats 1-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R24, Heats 5-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R16, Heats 1-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R16, Heats 5-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP: Day 5 Wave Of The Day from Surfing Western Australia on Vimeo.
BOLÃO:
Incentivado pelo blog amigo http://trombonedevara.wordpress.com/ reviverei o tradicional bolão surfocrático.
Joss Kerr passará apertado por Ola, que pode surpreender caso o mar suba. Mesmo pequeno, o jovem havaiano de Maui mostrou no último World Cup do que é capaz em direitas cavernosas. Mas acho que Kerr leva...
Tom Whitz ganhou do KS com autoridade e deve dar trabalho para Occy. Mas o lendário goofy australiano esta atrás de seu terceiro título no pico e parece querer provar a todos que se ele quisesse estaria puxando a orelha da molecada do WT. Occy passa.
Nic Muscroft é um Kling melhorado, mas bem pouco melhorado, tem um surf previsível e ultrapassado. Será impiedosamente espancado por Florence, especialmente se estiver rolando tubos...
CJ e Kai farão a melhor bateria das quartas. Show de goofy power. Acho que o floridiano leva.
Occy x Kerrzy - bela bateria, o negócio é torcer para o vento não entrar e os caras terem paredes lisas para deixar na mão dos juizes o problema...torço para Occy, mas acho que Kerr leva
JJ X CJ - No surf, Florence leva fácil, mas ainda não confio no seu instinto competitivo, e erros bobos podem levar à derrota, especialmente qdo se tem pela frente uma das mais perigosas raposas do Tour. Mais pela torcida do que pela razão, aposto em Florence na final.
FINAL
Kerr x Florence - Festa havaiana na Austrália, com direito a virada no finalzinho, a lá Volcon Pro, saindo da kombi nos últimos minutos com um aéreo de back que o russo aprendeu com Toledo semana passada...e tenho dito
Esperavam que o mar ficasse gigante, mas Netuno negou fogo e as disputas rolaram em ondas de pouco mais de 6 pés.
O último representante brasileiro, Willian Cardoso, foi eliminado por JJ Florence. Surfou muito bem mas cometeu o pecado de liberar 1 onda para o havaiano enquanto detinha a prioridade. O russo destruiu a direita e anotou seu melhor score, deixando o catarinense correr atrás do prejuízo. Panda se levantou com uma bela esquerda, com litros de agua jogados para cima, mas JJ fechou a fatura com outra direita no final. Valendo ainda destacar a tentativa de aéreo de Florence, nitidamente influenciada (na altura) por Filipinho Toledo. Me lembrou video game...pensando bem, ainda bem que ele não volto...
A final deve rolar hoje a noite aqui no Brasa, clique no link abaixo para ver ao vivo:
http://www.telstradrugawarepro.com/live/watch
BATERIAS RESTANTE:
JOSH KERR X OLAMAN ELEOGRAM
TOM WHITAKER X MARK OCCHILUPO
NIC MUSCROFT X JJ FLORENCE
CJ HOBGOOD X KAI OTTON
TDAP 2012: Men's No Loser R24: Heats 5-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R24, Heats 1-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R24, Heats 5-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R16, Heats 1-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R16, Heats 5-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP: Day 5 Wave Of The Day from Surfing Western Australia on Vimeo.
BOLÃO:
Incentivado pelo blog amigo http://trombonedevara.wordpress.com/ reviverei o tradicional bolão surfocrático.
Joss Kerr passará apertado por Ola, que pode surpreender caso o mar suba. Mesmo pequeno, o jovem havaiano de Maui mostrou no último World Cup do que é capaz em direitas cavernosas. Mas acho que Kerr leva...
Tom Whitz ganhou do KS com autoridade e deve dar trabalho para Occy. Mas o lendário goofy australiano esta atrás de seu terceiro título no pico e parece querer provar a todos que se ele quisesse estaria puxando a orelha da molecada do WT. Occy passa.
Nic Muscroft é um Kling melhorado, mas bem pouco melhorado, tem um surf previsível e ultrapassado. Será impiedosamente espancado por Florence, especialmente se estiver rolando tubos...
CJ e Kai farão a melhor bateria das quartas. Show de goofy power. Acho que o floridiano leva.
Occy x Kerrzy - bela bateria, o negócio é torcer para o vento não entrar e os caras terem paredes lisas para deixar na mão dos juizes o problema...torço para Occy, mas acho que Kerr leva
JJ X CJ - No surf, Florence leva fácil, mas ainda não confio no seu instinto competitivo, e erros bobos podem levar à derrota, especialmente qdo se tem pela frente uma das mais perigosas raposas do Tour. Mais pela torcida do que pela razão, aposto em Florence na final.
FINAL
Kerr x Florence - Festa havaiana na Austrália, com direito a virada no finalzinho, a lá Volcon Pro, saindo da kombi nos últimos minutos com um aéreo de back que o russo aprendeu com Toledo semana passada...e tenho dito
quarta-feira, 21 de março de 2012
CAIU NA NET XIV - STRANGE DESIRES - POTTZ MOVIE
Fica até difícil de imaginar que o senhor abraçado a prancha na foto abaixo tenha sido, há pouco mais de 2 décadas atrás, o rockstar do filme deste post...
Pottz foi o ídolo de uma geração (a minha) e representava em sua época exatamente o que Medina, Pupo, Andino e afins representam hoje.
Martin era sinonimo de moderno, de radical e extremo. Influenciou os caras que são tidos como "pais" dos aéreos, Fletcher e Archibald, e por ter começado muito cedo, até que demorou um pouco para abocanhar seu mundial, mas quando o fez, foi de forma contundente, vencendo nada menos do que 7 etapas do mundial de 89, ano que premiou ninguém menos que Fábio Gouveia como Rookie of the Year.
Hoje trabalha na quik, e empresta seu conhecimento como um dos melhores locutores de surf da atualidade. É fã declarado do surf brasileiro, em especial de Medina, a quem não cansa de elogiar.
A qualidade das imagens não é lá essas coisas, já que copiado de VHS, mas vale pelo documento histórico.
Agradecimento ao blog parceiro SurfOnLine de quem malandramente furtei o filme.
foto: philosurfical.com |
Martin era sinonimo de moderno, de radical e extremo. Influenciou os caras que são tidos como "pais" dos aéreos, Fletcher e Archibald, e por ter começado muito cedo, até que demorou um pouco para abocanhar seu mundial, mas quando o fez, foi de forma contundente, vencendo nada menos do que 7 etapas do mundial de 89, ano que premiou ninguém menos que Fábio Gouveia como Rookie of the Year.
Hoje trabalha na quik, e empresta seu conhecimento como um dos melhores locutores de surf da atualidade. É fã declarado do surf brasileiro, em especial de Medina, a quem não cansa de elogiar.
A qualidade das imagens não é lá essas coisas, já que copiado de VHS, mas vale pelo documento histórico.
Agradecimento ao blog parceiro SurfOnLine de quem malandramente furtei o filme.
VIDEOS 2º DIA - PRIME MARGARET RIVER
Altas!!!!
Willian Cardoso é o último brazzo na prova!
A noite tem mais, clique no link abaixo para ver ao vivo:
http://www.telstradrugawarepro.com/live/watch
TDAP 2012: R96, Heats 21-24 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 1-2 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 3-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 5-6 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 7-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 9-10 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 11-12 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's No Loser R24: Heats 1-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Day 3 - Wave Of The Day from Surfing Western Australia on Vimeo.
Willian Cardoso é o último brazzo na prova!
A noite tem mais, clique no link abaixo para ver ao vivo:
http://www.telstradrugawarepro.com/live/watch
TDAP 2012: R96, Heats 21-24 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 1-2 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 3-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 5-6 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 7-8 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 9-10 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's R48, Heats 11-12 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Men's No Loser R24: Heats 1-4 from Surfing Western Australia on Vimeo.
TDAP 2012: Day 3 - Wave Of The Day from Surfing Western Australia on Vimeo.
terça-feira, 20 de março de 2012
CATARINENSE PRO 2012 - GUILHERME FERREIRA REINA EM CASA
Confesso que pouco vi da 1º etapa do Catarinense Pro 2012, pois tive que me dividir entre a terceira e quarta etapas do carioca de turismo, mas o pouco que vi foi muito positivo.
De significativo posso, sem medo, destacar e afirmar, que Neco e Peterson continuam voando e em forma, a Joaca e a Ilha de Santa Catarina continuam lindas e o Surf Nacional fez muito bem ao valorizar os estaduais, mas ainda falta voltar a se associar ao mundial para aproveitar o boom de nossos atletas no surf mundial.
Imagina a facilidade de se convencer um patrocinador quando se fala que a etapa de junho, por exemplo, contará com Mineiro e Medina? Verdade, ainda não são o KS, mas podem muito bem ser, em junho, o número 1 e 2 do mundo.
Guilherme Ferreira foi o grande vencedor, com o sempre osso duro em baterias, Rodrigo Dornelles, em segundo, bufando em seus cangotes.
Guilherme é um dos muitos casos brasileiros de talento sem apoio e ate certo ponto, pode-se dizer que foi desperdiçado. Já imaginaram Ferreira em J Bay, Bells, Honolua ou Sunset. Tem estatura, power e principalmente, muita linha.
Ainda não esta tarde, mas é bom que sempre sirva de exemplo e de onde um garoto desses poderia estar, caso tivesse conseguido furar a barreira entre Nacional e WQS.
Não há muito mais o que se falar do Pedra. Era o surf que eu queria ter...Maduro, e com o surf de sempre, pena que continua sem apoio, sorte que o pessoal do estado dele tem já uma tradição em valorizar os seus...
Grata surpresa as duas caras novas na final, Yuri Gonçalves e Icaro Rodrigues são a prova de que a roda gigante do surf nacional continua a girar, e não há tempo para acomodações...olho neles...
A volta de Renatinho Wanderley merecia um post apartado, mas como as coisas andam corridas falemos agora mesmo dessa figura da história do surf competição brasileiro. O santista foi integrante do WCT e um dos primeiros a incorporar manobras aéreas, power e style. Tanto de front quanto de back side seu surf era (é) de encher aos olhos.
Não sei ao certo o que houve, mas problemas pessoais impediram esta estrela de ascender tudo aquilo que podia e merecia. Quem sabe agora, com a experiência auxiliando seu imenso talento natural, as coisas não voltam a se encaixar para Wanderley.
Fica a sugestão de repetir a barca dos ex-WCT (a Hardcore fez isso há uns anos) para a Indo, mas desta vez ao invés de uma matéria em revista, gostaria de ver o material se tornar um filme de surf ou um documentário sobre a história desses caras.
Imaginem na Indo, Peterson, Renan, Guilherme, Neco, Flavio, Fabio, Renatinho, Danilo e Victor, cabendo ainda, Jojó, Tinga, Armando, Tatuí, Piu, Joca Jr, Fabio Silva e Marcelo Nunes, que tal?
1 Guilherme Ferreira (SC)
2 Rodrigo Dornelles (RS)
De significativo posso, sem medo, destacar e afirmar, que Neco e Peterson continuam voando e em forma, a Joaca e a Ilha de Santa Catarina continuam lindas e o Surf Nacional fez muito bem ao valorizar os estaduais, mas ainda falta voltar a se associar ao mundial para aproveitar o boom de nossos atletas no surf mundial.
Imagina a facilidade de se convencer um patrocinador quando se fala que a etapa de junho, por exemplo, contará com Mineiro e Medina? Verdade, ainda não são o KS, mas podem muito bem ser, em junho, o número 1 e 2 do mundo.
Guilherme Ferreira foi o grande vencedor, com o sempre osso duro em baterias, Rodrigo Dornelles, em segundo, bufando em seus cangotes.
Guilherme é um dos muitos casos brasileiros de talento sem apoio e ate certo ponto, pode-se dizer que foi desperdiçado. Já imaginaram Ferreira em J Bay, Bells, Honolua ou Sunset. Tem estatura, power e principalmente, muita linha.
Ainda não esta tarde, mas é bom que sempre sirva de exemplo e de onde um garoto desses poderia estar, caso tivesse conseguido furar a barreira entre Nacional e WQS.
Não há muito mais o que se falar do Pedra. Era o surf que eu queria ter...Maduro, e com o surf de sempre, pena que continua sem apoio, sorte que o pessoal do estado dele tem já uma tradição em valorizar os seus...
Grata surpresa as duas caras novas na final, Yuri Gonçalves e Icaro Rodrigues são a prova de que a roda gigante do surf nacional continua a girar, e não há tempo para acomodações...olho neles...
A volta de Renatinho Wanderley merecia um post apartado, mas como as coisas andam corridas falemos agora mesmo dessa figura da história do surf competição brasileiro. O santista foi integrante do WCT e um dos primeiros a incorporar manobras aéreas, power e style. Tanto de front quanto de back side seu surf era (é) de encher aos olhos.
Não sei ao certo o que houve, mas problemas pessoais impediram esta estrela de ascender tudo aquilo que podia e merecia. Quem sabe agora, com a experiência auxiliando seu imenso talento natural, as coisas não voltam a se encaixar para Wanderley.
Fica a sugestão de repetir a barca dos ex-WCT (a Hardcore fez isso há uns anos) para a Indo, mas desta vez ao invés de uma matéria em revista, gostaria de ver o material se tornar um filme de surf ou um documentário sobre a história desses caras.
Imaginem na Indo, Peterson, Renan, Guilherme, Neco, Flavio, Fabio, Renatinho, Danilo e Victor, cabendo ainda, Jojó, Tinga, Armando, Tatuí, Piu, Joca Jr, Fabio Silva e Marcelo Nunes, que tal?
Resultado do Oakley Pro 2012
1 Guilherme Ferreira (SC)
2 Rodrigo Dornelles (RS)
3 Yuri Gonçalves (SC)
4 Ícaro Rodrigues (SP)
5 Caetano Vargas (SC)
5 Neco Padaratz (SC)
7 Márcio Farney (CE)
7 Antônio Eudes (CE)
9 Pedro Henrique (RJ)
9 Magno Pacheco (SP)
9 Rudá Carvalho (BA)
9 Odirlei Coutinho (SP)
13 Ulisses Meira (PB)
13 Marthen Pagliarini (SC)
13 Dennis Tihara (BA)
13 Marco Giorgi (Uruguaio mais Catarina que existe)
5 Caetano Vargas (SC)
5 Neco Padaratz (SC)
7 Márcio Farney (CE)
7 Antônio Eudes (CE)
9 Pedro Henrique (RJ)
9 Magno Pacheco (SP)
9 Rudá Carvalho (BA)
9 Odirlei Coutinho (SP)
13 Ulisses Meira (PB)
13 Marthen Pagliarini (SC)
13 Dennis Tihara (BA)
13 Marco Giorgi (Uruguaio mais Catarina que existe)
WQS 6* NEWCASTLE - CARDOSO VENCE FINAL BRASILEIRA
O Burton Toyota Pro, evento 6 estrelas do WQS foi mais um atestado da força e do momento do surf nacional.
Após a vitória de Jessé Mendes no Pro Jr, a categoria profissional foi amplamente dominada pelos atletas vindos desse país abençoado por Deus e Bonito por natureza.
No dia decisivo, com uma visivel aumento do tamanho das ondas (que estavam pequenas durante todas as fases anteriores), as disputas se concentraram numa boa vala de esquerdas, que me lembraram muito o Meio da Barra, especialmente quanto a força e pressão com que quebravam na praia de Merewether. E a medida em que os concorrentes se afunilavam, para desespero de alguns locutores, ficava evidente que o título ficara entre os brasileiros, que estavam voando nas ondas de Newcastle.
Viu-se em diversas baterias algumas tentativas dos arbitros de complicar a vida do contingente tupiniquim, com notas chegando a exageros como na onda que quase deu a virada a Mich Crews contra Thiago Camarão nas Oitavas. Não deram a virada, mas garantiram que o australiano precisasse de pouco no final, o que acabou conseguindo, eliminando um dos candidatos ao titulo precocemente.
Passada as quartas com apenas uma baixa, haviam 3 brasileiros em 4 baterias, contra 3 americanos e 2 australianos.
Na primeira das quartas, Filipe Toledo bateu Nat Young, em seguida, Gabe Kling passou por um apatico Evan Gelseiman, o blogueiro Chris Friend foi amassado por Willian Panda e Hizu bateu sem dó nas esquerdas para passar por um overscorado Mich Crews.
A esta altura o pessoal que acompanha as manobras do campeonato enquanto tecla uns twittz estava em fervorosa, a grande maioria estava apostando em Filipe Toledo, que estava com um backside afiadíssimo e completando aereos de backside ao menos 1 metro mais alto do que qualquer outro que tenha visto em competições. Sua onda no Pro Jr (abaixo) correu o mundo e ninguém esperava que ele repetisse aquilo seguidamente e com mais perfeição ainda. Hizu corrida por fora nas apostas, mas após a performace das quartas ninguém podia duvidar dele.
Pouco se falava de Willian, contudo...
A primeira semi final, contra o prego Kling, tinha tudo para ser a maior barbada da história. Mas mesmo o surf simples e ultrapassado de Gabe recebe notas e Filipe estava demorando para se achar, especialmente após generosas e inexplicaveis scores estarem sendo anotados para as passadinhas (me recurso a chamar aquilo de batida) de Kling.
Faltando menos de 10 minutos para o fim, com a situação ficando um tanto quanto tensa, Filipe acerta um aereo ainda mais alto do que o que lhe conferiu a nota máxima no Pro Jr, voltando com uma precisão impressionante. Justiça foi feita e, ao menos, o melhor atleta do evento estava na final.
A segunda semi final foi disputada por 2 estratégias opostas, enquanto Hizu não escolhia tanto, e tentava arriscar mais, Willian demonstra uma calma impressionante e em 3 ondas surfadas, elimina o segundo melhor atleta do campeonato.
A final acabou em 5 minutos. Filipe já tinha uma onda razoavel anotada e cometeu uma interferencia quando Willian, de posse da prioridade, mesmo sem chance de chegar a parede, desceu a onda apenas para impedir que Toledo fosse. Desceram juntos, Willian, como previsto ficou para tras e Filipe acertou mais um aereo estratosférico sem mãos e voltando com perfeição.
Previsiveis como o final de uma novela das oito, os arbitros anotaram a interferencia e foi apenas questão de tempo para que Panda encontrasse uma onda descente e colocasse fim as pretensões de Toledo erguer o 6 estrelas de Newcastle.
Panda se junta a Mineiro e Neco na galeria dos grandes campeões da tradicional prova australiana. Pode não ter sido o melhor surfista do campeonato, mas mereceu o titulo por mostrar que acima de tudo tratam-se de competidores profissionais e o menor vacilo pode custar a bateria e, como no caso, o campeonato.
Após a vitória de Jessé Mendes no Pro Jr, a categoria profissional foi amplamente dominada pelos atletas vindos desse país abençoado por Deus e Bonito por natureza.
No dia decisivo, com uma visivel aumento do tamanho das ondas (que estavam pequenas durante todas as fases anteriores), as disputas se concentraram numa boa vala de esquerdas, que me lembraram muito o Meio da Barra, especialmente quanto a força e pressão com que quebravam na praia de Merewether. E a medida em que os concorrentes se afunilavam, para desespero de alguns locutores, ficava evidente que o título ficara entre os brasileiros, que estavam voando nas ondas de Newcastle.
Viu-se em diversas baterias algumas tentativas dos arbitros de complicar a vida do contingente tupiniquim, com notas chegando a exageros como na onda que quase deu a virada a Mich Crews contra Thiago Camarão nas Oitavas. Não deram a virada, mas garantiram que o australiano precisasse de pouco no final, o que acabou conseguindo, eliminando um dos candidatos ao titulo precocemente.
Passada as quartas com apenas uma baixa, haviam 3 brasileiros em 4 baterias, contra 3 americanos e 2 australianos.
Na primeira das quartas, Filipe Toledo bateu Nat Young, em seguida, Gabe Kling passou por um apatico Evan Gelseiman, o blogueiro Chris Friend foi amassado por Willian Panda e Hizu bateu sem dó nas esquerdas para passar por um overscorado Mich Crews.
A esta altura o pessoal que acompanha as manobras do campeonato enquanto tecla uns twittz estava em fervorosa, a grande maioria estava apostando em Filipe Toledo, que estava com um backside afiadíssimo e completando aereos de backside ao menos 1 metro mais alto do que qualquer outro que tenha visto em competições. Sua onda no Pro Jr (abaixo) correu o mundo e ninguém esperava que ele repetisse aquilo seguidamente e com mais perfeição ainda. Hizu corrida por fora nas apostas, mas após a performace das quartas ninguém podia duvidar dele.
Pouco se falava de Willian, contudo...
A primeira semi final, contra o prego Kling, tinha tudo para ser a maior barbada da história. Mas mesmo o surf simples e ultrapassado de Gabe recebe notas e Filipe estava demorando para se achar, especialmente após generosas e inexplicaveis scores estarem sendo anotados para as passadinhas (me recurso a chamar aquilo de batida) de Kling.
Faltando menos de 10 minutos para o fim, com a situação ficando um tanto quanto tensa, Filipe acerta um aereo ainda mais alto do que o que lhe conferiu a nota máxima no Pro Jr, voltando com uma precisão impressionante. Justiça foi feita e, ao menos, o melhor atleta do evento estava na final.
A segunda semi final foi disputada por 2 estratégias opostas, enquanto Hizu não escolhia tanto, e tentava arriscar mais, Willian demonstra uma calma impressionante e em 3 ondas surfadas, elimina o segundo melhor atleta do campeonato.
A final acabou em 5 minutos. Filipe já tinha uma onda razoavel anotada e cometeu uma interferencia quando Willian, de posse da prioridade, mesmo sem chance de chegar a parede, desceu a onda apenas para impedir que Toledo fosse. Desceram juntos, Willian, como previsto ficou para tras e Filipe acertou mais um aereo estratosférico sem mãos e voltando com perfeição.
Previsiveis como o final de uma novela das oito, os arbitros anotaram a interferencia e foi apenas questão de tempo para que Panda encontrasse uma onda descente e colocasse fim as pretensões de Toledo erguer o 6 estrelas de Newcastle.
Panda se junta a Mineiro e Neco na galeria dos grandes campeões da tradicional prova australiana. Pode não ter sido o melhor surfista do campeonato, mas mereceu o titulo por mostrar que acima de tudo tratam-se de competidores profissionais e o menor vacilo pode custar a bateria e, como no caso, o campeonato.
Resultado do Burton Toyota Pro 2012
1 Willian Cardoso (Bra)
2 Filipe Toledo (Bra)
3 Gabe Kling (EUA)
3 Hizunomê Bettero (Bra)
5 Nat Young (EUA)
5 Evan Geiselman (EUA)
5 Chris Friend (Aus)
5 Mitch Crews (Aus)
9 Taj Burrow (Aus)
9 Adam Melling (Aus)
9 Matt Banting (Aus)
9 Adrian Buchan (Aus)
9 Alexandre Chacon (Bra)
9 Olamana Eleogram (Haw)
9 Thiago Camarão (Bra)
9 David Vlug (Aus)
1 Willian Cardoso (Bra)
2 Filipe Toledo (Bra)
3 Gabe Kling (EUA)
3 Hizunomê Bettero (Bra)
5 Nat Young (EUA)
5 Evan Geiselman (EUA)
5 Chris Friend (Aus)
5 Mitch Crews (Aus)
9 Taj Burrow (Aus)
9 Adam Melling (Aus)
9 Matt Banting (Aus)
9 Adrian Buchan (Aus)
9 Alexandre Chacon (Bra)
9 Olamana Eleogram (Haw)
9 Thiago Camarão (Bra)
9 David Vlug (Aus)
Top 30 do ASP World Ranking 2012 – 9 etapas
1 Taj Burrow (Aus) – 11.545 pontos
2 Miguel Pupo (Bra) – 10.750
3 Josh Kerr (Aus) – 8.016
4 Adriano de Souza (Bra) – 8.000
5 Adrian Buchan (Aus) – 7.680
6 Jordy Smith (Afr) – 7.420
7 Joel Parkinson (Aus) – 6.370
8 Willian Cardoso (Bra) – 5.900
9 Jean da Silva (Bra) – 5.450
10 Kelly Slater (EUA) – 5.200
10 Owen Wright (Aus) – 5.200
12 Julian Wilson (Aus) – 5.000
13 Joan Duru (Fra) – 4.930
14 Ricardo dos Santos (Bra) – 4.611
15 Evan Geiselman (EUA) – 4.600
16 Matt Banting (Aus) – 4.561
17 Brian Toth (Pri) – 4.225
18 Raoni Monteiro (Bra) - 4150
19 Michel Bourez (Tah) - 4.000
19 Heitor Alves (Bra) – 4.000
21 Damien Hobgood (EUA) – 3.980
22 Wiggolly Dantas (Bra) – 3.836
23 Adam Melling (Aus) – 3.827
24 Gabriel Medina (Bra) – 3.820
25 John John Florence (Haw) – 3.750
26 Chris Ward (EUA) – 3.589
27 Gabe Kling (EUA) – 3.420
28 Filipe Toledo (Bra) – 3.340
29 Mitchel Coleborn (Aus) – 3.274
30 Granger Larsen (Haw) e Dion Atkinson (Aus) – 3.086
33 Tomas Hermes (Bra) – 3.054 pontos
41 Hizunomê Bettero (Bra) – 2.460
44 Bernardo Pigmeu (Bra) – 2.400
44 Yuri Sodré (Bra) – 2.400
46 Jessé Mendes (Bra) – 2.350
47 Alex Ribeiro (Bra) – 2.320
61 Gabriel Villaran (Per) – 1.690
66 Thiago Camarão (Bra) – 1.620
71 Bruno Rodrigues (Bra) – 1.460
74 Leandro Usuña (Arg) – 1.402
75 Peterson Crisanto (Bra) – 1.342
77 Leandro Bastos (Bra) – 1.300
77 Marco Polo (Bra) – 1.300
82 Alexandre Chacon (Bra) – 1.258
86 Ian Gouveia (Bra) – 1.220
88 André Silva (Bra) – 1.200
2 Miguel Pupo (Bra) – 10.750
3 Josh Kerr (Aus) – 8.016
4 Adriano de Souza (Bra) – 8.000
5 Adrian Buchan (Aus) – 7.680
6 Jordy Smith (Afr) – 7.420
7 Joel Parkinson (Aus) – 6.370
8 Willian Cardoso (Bra) – 5.900
9 Jean da Silva (Bra) – 5.450
10 Kelly Slater (EUA) – 5.200
10 Owen Wright (Aus) – 5.200
12 Julian Wilson (Aus) – 5.000
13 Joan Duru (Fra) – 4.930
14 Ricardo dos Santos (Bra) – 4.611
15 Evan Geiselman (EUA) – 4.600
16 Matt Banting (Aus) – 4.561
17 Brian Toth (Pri) – 4.225
18 Raoni Monteiro (Bra) - 4150
19 Michel Bourez (Tah) - 4.000
19 Heitor Alves (Bra) – 4.000
21 Damien Hobgood (EUA) – 3.980
22 Wiggolly Dantas (Bra) – 3.836
23 Adam Melling (Aus) – 3.827
24 Gabriel Medina (Bra) – 3.820
25 John John Florence (Haw) – 3.750
26 Chris Ward (EUA) – 3.589
27 Gabe Kling (EUA) – 3.420
28 Filipe Toledo (Bra) – 3.340
29 Mitchel Coleborn (Aus) – 3.274
30 Granger Larsen (Haw) e Dion Atkinson (Aus) – 3.086
33 Tomas Hermes (Bra) – 3.054 pontos
41 Hizunomê Bettero (Bra) – 2.460
44 Bernardo Pigmeu (Bra) – 2.400
44 Yuri Sodré (Bra) – 2.400
46 Jessé Mendes (Bra) – 2.350
47 Alex Ribeiro (Bra) – 2.320
61 Gabriel Villaran (Per) – 1.690
66 Thiago Camarão (Bra) – 1.620
71 Bruno Rodrigues (Bra) – 1.460
74 Leandro Usuña (Arg) – 1.402
75 Peterson Crisanto (Bra) – 1.342
77 Leandro Bastos (Bra) – 1.300
77 Marco Polo (Bra) – 1.300
82 Alexandre Chacon (Bra) – 1.258
86 Ian Gouveia (Bra) – 1.220
88 André Silva (Bra) – 1.200
Alegria! foto: waves.com.br |
segunda-feira, 19 de março de 2012
SURF AO VIVO AGORA - PRIME MARGARET RIVER
http://www.telstradrugawarepro.com/live/watch
VIDEOS DO PRIMEIRO DIA:
Men's R96 Heats 1-3 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 4-6 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 7-9 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 10-12 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 13-15 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Untitled from Surfing Western Australia on Vimeo.
VIDEOS DO PRIMEIRO DIA:
Men's R96 Heats 1-3 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 4-6 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 7-9 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 10-12 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Men's R96 Heats 13-15 highlights from Surfing Western Australia on Vimeo.
Untitled from Surfing Western Australia on Vimeo.
sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
VOLTA G-LAND!
Na contra mão de tudo que se tem dito até agora, com ameaças de falências por conta da crise financeira, redução e/ou extinção de etapas e circuitos regionais inteiros, proponho a volta imediata de G-Land ao WCT (que oficialmente volta a usar o C, de championship, os caras do @wctaovivo deviam ter informação privilegiada), uma vez que seu retorno tem a ver com merecimento e história e não com grana, ao menos na opinião deste humilde e confuso blogueiro.
Com a confirmação de Fiji no circuito deste ano, fiquei muito saudoso do pico onde foi disputada, se não a primeira, uma das primeiras etapas do mundial de surf totalmente sem público. Desafio para os marketeiros da época, como obter retorno sem o público? Como fazer um evento no inverno, se não há público? (não no caso de g-land, obviamente). Como fazer dar certo um modelo totalmente oposto ao aplicado até então, buscando divisas no público macro, aquele que não vai a praia, mas consome os produtos da marca patrocinadora como qualquer outro.
As respostas ficaram eternizadas nas paredes perfeitas de G-Land e nas imagens que ganharam o mundo a partir daquele momento.
Em 1995, os bangalôs dos resorts existentes em frente a gigantesca plataforma de coral que forma as várias sessões de uma das esquerdas mais espetaculares do mundo, eram ocupados quase que exclusivamente pelos atletas e o pessoal da organização do campeonato.
Era tido como o inicio definitivo de um sonho já um tanto quanto antigo no mundo do surf, onde as etapas do mundial seriam disputadas exclusivamente em picos clássicos, o chamado Dream Tour.
A história todos sabem, rolou evento em 95, 96 e 97, com o Careca Sanguinolento vencendo o primeiro, ainda com franjas, em cima do Jeff Both, Shane Beschen levou o segundo numa final disputada contra Gary Kong Elkerton (que venceu KSanguinolento na semi e saiu correndo pelo resort gritando: "tenho 2 x a idade de vcs e fico 2 x mais tempo dentro dos tubos", donde se conclui que a briga de gerações não é nova na ASP) e, em 1997 Luke Egan venceu seu primeiro WCT, (1º depois de 189 anos, até Niemeyer achava que morreria antes de uma vitória do goofie mais estiloso da época) em cima de Chris Gallanger, excelente surfista californiano que entrou no CT muito tarde, mas fez história neste evento e num outro em JBay grandão, hoje é shaper e técnico de surf.
98, por conta dos atentados que a Ilha de Bali sofreu, a ASP e a patrocinadora cancelou o evento prometendo retornar tão logo a situação na Indonésia se acalmasse.
Nunca mais houveram atentados por lá (fora os havaianos em Desert, mas isso é outro papo...), nem campeonatos...
Na época, as notícias eram muito demoradas, e os vídeos do campeonato eram a salvação de quem ainda não tinha transmissão on line, mesmo que só conseguisse assisti-las cerca de 1 ano após o evento. Eu tinha as fitas VHS de todos os eventos, inclusive o de 1998, chamado NOT, porque não houve campeonato, com vários caras com a passagem marcada para o pico e que não perderam a oportunidade de surfar uma das melhores ondas do mundo com pouco crowd, com destaques para Carroll, Renan Rocha (na época atleta da Quik) e principalmente Peterson Rosa.
Disse que tinha, porque um dia emprestei para meu ex-cunhado as tais fitas...ai já viu, né? Nunca mais...
No ano seguinte a Quik levou o evento para...Fiji e outra era de espetáculos em lindas paredes para esquerda se iniciou...mais isso também, já é outra história.
Garimpando no Você Tubo, encontrei partes destes filmes que mencionei e as postei no corpo destas mal traçadas linhas.
Espero que gostem.
Volta G-Land!
Com a confirmação de Fiji no circuito deste ano, fiquei muito saudoso do pico onde foi disputada, se não a primeira, uma das primeiras etapas do mundial de surf totalmente sem público. Desafio para os marketeiros da época, como obter retorno sem o público? Como fazer um evento no inverno, se não há público? (não no caso de g-land, obviamente). Como fazer dar certo um modelo totalmente oposto ao aplicado até então, buscando divisas no público macro, aquele que não vai a praia, mas consome os produtos da marca patrocinadora como qualquer outro.
As respostas ficaram eternizadas nas paredes perfeitas de G-Land e nas imagens que ganharam o mundo a partir daquele momento.
Em 1995, os bangalôs dos resorts existentes em frente a gigantesca plataforma de coral que forma as várias sessões de uma das esquerdas mais espetaculares do mundo, eram ocupados quase que exclusivamente pelos atletas e o pessoal da organização do campeonato.
Era tido como o inicio definitivo de um sonho já um tanto quanto antigo no mundo do surf, onde as etapas do mundial seriam disputadas exclusivamente em picos clássicos, o chamado Dream Tour.
A história todos sabem, rolou evento em 95, 96 e 97, com o Careca Sanguinolento vencendo o primeiro, ainda com franjas, em cima do Jeff Both, Shane Beschen levou o segundo numa final disputada contra Gary Kong Elkerton (que venceu KSanguinolento na semi e saiu correndo pelo resort gritando: "tenho 2 x a idade de vcs e fico 2 x mais tempo dentro dos tubos", donde se conclui que a briga de gerações não é nova na ASP) e, em 1997 Luke Egan venceu seu primeiro WCT, (1º depois de 189 anos, até Niemeyer achava que morreria antes de uma vitória do goofie mais estiloso da época) em cima de Chris Gallanger, excelente surfista californiano que entrou no CT muito tarde, mas fez história neste evento e num outro em JBay grandão, hoje é shaper e técnico de surf.
98, por conta dos atentados que a Ilha de Bali sofreu, a ASP e a patrocinadora cancelou o evento prometendo retornar tão logo a situação na Indonésia se acalmasse.
Nunca mais houveram atentados por lá (fora os havaianos em Desert, mas isso é outro papo...), nem campeonatos...
Na época, as notícias eram muito demoradas, e os vídeos do campeonato eram a salvação de quem ainda não tinha transmissão on line, mesmo que só conseguisse assisti-las cerca de 1 ano após o evento. Eu tinha as fitas VHS de todos os eventos, inclusive o de 1998, chamado NOT, porque não houve campeonato, com vários caras com a passagem marcada para o pico e que não perderam a oportunidade de surfar uma das melhores ondas do mundo com pouco crowd, com destaques para Carroll, Renan Rocha (na época atleta da Quik) e principalmente Peterson Rosa.
Disse que tinha, porque um dia emprestei para meu ex-cunhado as tais fitas...ai já viu, né? Nunca mais...
No ano seguinte a Quik levou o evento para...Fiji e outra era de espetáculos em lindas paredes para esquerda se iniciou...mais isso também, já é outra história.
Garimpando no Você Tubo, encontrei partes destes filmes que mencionei e as postei no corpo destas mal traçadas linhas.
Espero que gostem.
Volta G-Land!
domingo, 11 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
CAIU NA NET XIII - BODY GLOVE HAWAII 2012
Vídeo da Body Glove sobre a temporada Havaiana 2012.
Aquelas ilhas são mesmo um paraíso.
Um dia ainda me jogo naquele lugar,
do fundo garanto que não passo...
Aquelas ilhas são mesmo um paraíso.
Um dia ainda me jogo naquele lugar,
do fundo garanto que não passo...
CAIU NA NET XII - SORRY, I´M CLAY
Após a agitação da primeira etapa do WT, suas confusões, suas dúvidas, e porque não? Seu stress. Nada como relaxar com um bom dia de surf, ou para quem não pode, com um bom video de surf, certo?
Clay Marzo tem o melhor trabalho do mundo, Free Surfer Profissional, ou seja, é pago para surfar ondas boas e produzir imagens. Pressão por resultados e preocupação com inscrição, hospedagem, carro e etc?
Só se for para saber onde estará quebrando as melhores ondas no próximo swell. O trabalho mesmo dele é ficar o máximo possível dentro dos canudos e extrapolar quando fora deles.
Com um trabalho desses, naturalmente que horas e horas de boas ondas filmadas são captadas e nem sempre aproveitadas em vídeos e filmes promocionais.
Aparentemente os quase 15 minutos do video abaixo foram editados exclusivamente de sobras de imagens feitas de Clay na Indonésia. É mole?
Clay Marzo tem o melhor trabalho do mundo, Free Surfer Profissional, ou seja, é pago para surfar ondas boas e produzir imagens. Pressão por resultados e preocupação com inscrição, hospedagem, carro e etc?
Só se for para saber onde estará quebrando as melhores ondas no próximo swell. O trabalho mesmo dele é ficar o máximo possível dentro dos canudos e extrapolar quando fora deles.
Com um trabalho desses, naturalmente que horas e horas de boas ondas filmadas são captadas e nem sempre aproveitadas em vídeos e filmes promocionais.
Aparentemente os quase 15 minutos do video abaixo foram editados exclusivamente de sobras de imagens feitas de Clay na Indonésia. É mole?
domingo, 4 de março de 2012
WT 2012 - MALDITOS ARBITROS!
Taj Burrow levantou o caneco da primeira etapa do WT 2012.
Numa final muito polemica o australiano derrubou o melhor surfista do campeonato, Adriano de Souza.
Adriano de Souza. Esse menino só nos dá orgulho! Outra final. foto: http://quiksilverlive.com/progoldcoast/2012/photos%2c161.pt.html |
Antes de falar desta bateria e da polemica em si, gostaria de demonstrar alguns dados colhidos pelo providencial heat review.
Notas acima de 9 do campeonato:
- Fase 1 - 6º Bateria - KS, Tubão no inicio, finalizando com reverse; 10º Bateria - Bourez, tubão de saída e bofetadas; 12º Bateria - Florence + Snapper rodando;
- Fase 2 - 2º Bateria - Taj, 2 fortes no outside (a segunda espetacular, bem na cara do Dane) e mais 5 bem definidas no inside; 5º Bateria - Jordy, 5 manobras fortes, nada demais (8,5 tops); 7º Bateria - Kerr, tubão de inicio e 2 boas;
- Fase 3 - 10º Bateria - Wilson exagero, foi um 7 alto, na moral, depois de uma primeira manobra fortissima, outras 4 convencionais. Wilson de novo e outro exagero, iniciou forte de novo e só (quem joga truco sabe o quanto vale a primeira). Dolly, digo, Melling pelo critério da bateria era um 9 mesmo, até melhor do que os 9 do Julian, as 2 primeiras foram iradas;
- Fase 4 - 4º Bateria - Taj, 4 manobras, primeira e última estúpidas!;
- Fase 5 - 3º Bateria - 10 do Parko, talvez a analogia mais interessante com o 9 da final. Era onda de inside também, e com 6 manobras, como a do Taj. Só que enquanto Burrow repetiu 3 vezes a mesma manobra, parko veio variando com mais força e velocidade, além de iniciar forte e finalizar forte;
- QUARTAS - 1º Bateria - Adriano, aéreo monstro no inicio, finalizando com outro;
- FINAL - Taj, sem manobras fortes de inicio, sua primeira mais ou menos foi a terceira, quando emendou mais 5 boas, embora convencionais, com a última sendo um reverse. (7,5 ou 8 tops).
Conclusão: Mudança de critério injustificada. A exceção da nota 9,43 de Taj Burrow na final, em todas as outras notas acima dos 9 pontos deste campeonato o surfista começou com uma manobra forte ou um tubo.
Como no futebol, árbitros (perderam a moral para serem chamados de Juizes) deviam aprender a não se complicar.
Se durante todo o evento, inclusive no dia da final, o critério para uma nota excelente (acima de 9) era começar forte e finalizar forte, porque muda-lo na final? Ou melhor na semi final, já que o 8 alto do Taj é uma piada, não contou com manobra forte de inicio e acabou valendo um décimo a mais que o 8 alto do Jordy Smith, muito melhor surfado, com mais variedade e criatividade.
A bateria final foi surfada bem por ambos os atletas, o que destoou foi a nota 9 do Taj, se ela fosse adequadamente julgada, como uma das melhores do dia, diga-se, seria uma nota 8, ou 8,5 talvez, o que quer dizer que a última onda do Adriano, nota 7 e pouco, que achei justa, seria mais do que suficiente para lhe garantir a vitória.
A exemplo do que já ocorreu aqui no Brasil (Owen x Mineiro), nos EUA (Mendes x Gudauskas) os juizes acham que sabem o que o público quer. Acham que o público, leigo ou não, quer ver o seu atleta, do seu país, erguendo a taça. Tolos!
O verdadeiro esportista quer ver a lisura do esporte, quer ver o melhor vencer. Quer presenciar a conquista que só o esporte pode oferecer e garanto que a grande maioria, apesar de torcer para um ou outro atleta, não se importaria com o resultado hoje, desde que o melhor tivesse vencido.
O sabor que fica é amargo, poderia ser doce. Malditos Árbitros!
BRASILEIROS
Adriano de Souza - Esta mudando a forma de um planeta observar o surf do Brasil e seus atletas. Garra, determinação, confiança...esta tudo ali. Se continuar com esse fogo, arrisco dizer que chega a Bells para tomar a liderança (que lhe seria de direito) do circuito. Fez sua segunda final neste evento, na última vez que o mar ficou realmente bom neste campeonato de Souza estava na final. Covardemente foi lhe tirada a vitória hoje, mas tenho certeza de que vai levar essa etapa um dia.
Teve vitórias significativas neste campeonato. Marcou território ao barrar o rei dos 6 estrelas Andino, deu 2 tapas com luva de pelica na cara de um de seus mais mais ferozes adversários, Owen e finalizou abotoando Kerr numa clara inversão de papéis, explico, durante anos os surfistas tupiniquins foram acusados de serem previsíveis e repetirem sempre os mesmos movimentos, nesta semi, o brasileiro era a estrela criativa enquanto o gringo era o one trick poney. Até Sean Doherty conseguiu ver a diferença entre os caras e fazer seu único comentário coerente em quase 10 dias de transmissão, um record!
Miguel Pupo - Outro que sofreu com o garfo arbitral. Venceu sua bateria da quinta fase contra Ace Buchan, mas não levou. Ace recebeu um empurrão nota 7 com 3 manobras. Teve revista especializada que chegou a elogiar a atuação do australiano, dando-lhe uns km/h a mais do que realmente conseguiu fazer, mas a verdade é que Pupo levou aquela bateria e do jeito que vinha era bem capaz de apavorar Burrow nas quartas.
Quando falei dos top 34 disse que um dos poucos pontos fracos do surf do jovem Pupo era seu backside. Ainda acho isso. Acontece que o ponto fraco do moleque bate o ponto forte de muito operário do tour. Tomara que me surpreenda novamente em Bells.
Heitor Alves - Com o surf de costas para a onda no nível de excelência que sempre o caracterizou, começou bem 2012 com um nono lugar. Esta é a analise de resultado do cearense. Mas a bem da verdade Heitor pouco mostrou após passar (e muito bem) por Jeremy Flores na terceira fase. É admirado por todos do circuito, especialmente de costas para a onda. Tem que querer mais em Bells.
Raoni Monteiro - Iniciar o ano sem apoio é dureza. Vida que segue, Monteiro começou mostrando experiência para barrar dois moleques na primeira fase. Na terceira fase, contra Jordy Smith, só achou uma boa faltando 7 minutos para o fim, e mesmo precisando de pouco, foi bloqueado pelo sul africano na onda em que acertou um lindo aéreo. Alguém avisa ao Eike a oportunidade de fazer $$$ que ele contrata Raoni na hora...
Gabriel Medina - Pressão! Ela muda as coisas...Medina confessou que se sentiu um pouco nervoso, apesar de ser uma pessoa naturalmente calma. Surfou bem na primeira fase, mas Raoni competiu melhor e na segunda fase acabou perdendo para Yadin Nicoll por puro acidente de percurso, já que o australiano não fez nada demais e Medina acabou com a melhor nota da bateria. Aguardo grandes coisas do Medal ainda na ilha continente...
Alejo Muniz - Estava um pouco preocupado com o catarinense. Sua lesão do ano passado o impediu de competir em Noronha. Mas Alejo chegou nos cascos em Snapper e continua com a linha e estilo impecáveis. Falhou na parte tatica neste evento, especialmente naquele capitulo "Malandragem e afins". Faltou malandragem para o jovem Muniz na sua bateria da segunda fase contra o sul africano Travis Logie, após ter sido surpreendido na bateria da primeira fase pelo compatriota Heitor Alves. Se ele tivesse feito um movimento para esquerda durante o drop da última onda de sua bateria contra Travis, teria colocado o adversário em interferencia e passado o heat. Reclamou, mas não adiantava...
Alejo aprendeu uma coisa ou outra sobre malandragem nesse evento. foto: http://waves.terra.com.br |
Jadson André - Evoluir é preciso. Jadson provou que é capaz disso. Desde que começaram a criticar aspectos de seu surf, o incansável potiguar só faz evoluir. O backside de Jadson em ondas gordas ainda precisa de reparos, principalmente cutbacks, snapback e rasgadas. Enquanto sua batida de costas para onda esta entre as melhores do circuito, as demais armas do arsenal estão demasiadamente fracas. Completou as melhores manobras de sua bateria de estreia, mas sempre em ondas curtas. Fez uma bateria equilibrada contra Jeremy na segunda fase, mas um canudo deu a vitória ao francês.
GRINGOS
Taj largou na frente e como de costume é um dos candidatos óbvios ao caneco. Mudou de equipamento e todo mundo esta falando que ele esta surfando melhor. Não vi diferença alguma, sinceramente. Nem entendo porque estão todos falando mal das Firewire. Quando Taj começou a usa-las todo mundo só sabia elogia-las, foi o polaco pegar umas do Mayhem para surfar e pronto... ouro virou chumbo.
No fundo, no fundo, pouco tem a ver com a bóia, mas sim com a $$$$ do contrato de exclusividade.
Joel fez o primeiro dez sem tubos desde Medina em Imbituba 2011. Foi pisoteado por Jordy Smith, mas até ali estava com o surf mais bonito do evento.
Jordy Smith esta com aquele estilinho esquisito, mas esta com mais vontade do que em 2011, olho nele em Bells. Foi garfado na semi final...
Josh Kerr, muitos acham que ele é só aereo, o verdadeiro e único one trick poney. Concordei com essa maioria até o ano passado. Kerr mostrou que pode entubar em qualquer tamanho e parou de alisar as ondas até o aereo, incluindo belas rasgadas e batidas a sua rotina. Venceu o careca e ganhou moral, mas Mineiro mostrou que ainda falta algo para ser um top 5.
João João - na segunda bateria dele neguinho já mostrava video com "melhores ondas de JJ em 2012", tenha dó! Foi bom ele perder logo na terceira fase. Para sair um pouco do foco pós temporada havaiana (onde ele quebrou muito, mas muito mesmo). Se chegar em Bells anonimo pode sair campeão.
KS continua? com certeza. foto: http://waves.terra.com.br |
Resuldado do Quiksilver Pro 2012
1 Taj Burrow (Aus)
2 Adriano de Souza (Bra)
3 Jordy Smith (Afr)
3 Josh Kerr (Aus)
5 Kelly Slater (EUA)
5 Owen Wright (Aus)
5 Adrian Buchan (Aus)
5 Joel Parkinson (Aus)
9 Miguel Pupo (Bra)
9 Heitor Alves (Bra)
13 Raoni Monteiro (Bra)
25 Gabriel Medina (Bra)
25 Jadson André (Bra)
25 Alejo Muniz (Bra)
Taj começa 2012 na frente. Providencial para o patrocinador dele este resultado...não?. foto: http://waves.terra.com.br |
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sábado, 3 de março de 2012
CAIU NA NET XI - CHRIS.WARD.PROJECT
Menino Maluquinho
Mais um que prometeu mais do que cumpriu...vinha para ser estrela (lembram do "what´s really going wrong?") chegou e preferiu as competições noturnas.
Até melhorou um pouco depois que arranjou para cabeça com a Lei gringa, e mostrou aqui em Noronha 2012 que o surf ainda esta ali...
Não o vejo chegando no WT novamente, mas será sempre um free-surf dos bons de se ver...
bom filme
Tela cheia e som alto, já tradicionais...
p.s: hoje tem WT la na Goldie, hein? Bora torcer para o Minerinho. A partir das 19 horas fique de olho neste link: http://quiksilverlive.com/progoldcoast/2012/live.pt.html
Mais um que prometeu mais do que cumpriu...vinha para ser estrela (lembram do "what´s really going wrong?") chegou e preferiu as competições noturnas.
Até melhorou um pouco depois que arranjou para cabeça com a Lei gringa, e mostrou aqui em Noronha 2012 que o surf ainda esta ali...
Não o vejo chegando no WT novamente, mas será sempre um free-surf dos bons de se ver...
bom filme
Tela cheia e som alto, já tradicionais...
p.s: hoje tem WT la na Goldie, hein? Bora torcer para o Minerinho. A partir das 19 horas fique de olho neste link: http://quiksilverlive.com/progoldcoast/2012/live.pt.html
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