Na contra mão de tudo que se tem dito até agora, com ameaças de falências por conta da crise financeira, redução e/ou extinção de etapas e circuitos regionais inteiros, proponho a volta imediata de G-Land ao WCT (que oficialmente volta a usar o C, de championship, os caras do @wctaovivo deviam ter informação privilegiada), uma vez que seu retorno tem a ver com merecimento e história e não com grana, ao menos na opinião deste humilde e confuso blogueiro.
Com a confirmação de Fiji no circuito deste ano, fiquei muito saudoso do pico onde foi disputada, se não a primeira, uma das primeiras etapas do mundial de surf totalmente sem público. Desafio para os marketeiros da época, como obter retorno sem o público? Como fazer um evento no inverno, se não há público? (não no caso de g-land, obviamente). Como fazer dar certo um modelo totalmente oposto ao aplicado até então, buscando divisas no público macro, aquele que não vai a praia, mas consome os produtos da marca patrocinadora como qualquer outro.
As respostas ficaram eternizadas nas paredes perfeitas de G-Land e nas imagens que ganharam o mundo a partir daquele momento.
Em 1995, os bangalôs dos resorts existentes em frente a gigantesca plataforma de coral que forma as várias sessões de uma das esquerdas mais espetaculares do mundo, eram ocupados quase que exclusivamente pelos atletas e o pessoal da organização do campeonato.
Era tido como o inicio definitivo de um sonho já um tanto quanto antigo no mundo do surf, onde as etapas do mundial seriam disputadas exclusivamente em picos clássicos, o chamado Dream Tour.
A história todos sabem, rolou evento em 95, 96 e 97, com o Careca Sanguinolento vencendo o primeiro, ainda com franjas, em cima do Jeff Both, Shane Beschen levou o segundo numa final disputada contra Gary Kong Elkerton (que venceu KSanguinolento na semi e saiu correndo pelo resort gritando: "tenho 2 x a idade de vcs e fico 2 x mais tempo dentro dos tubos", donde se conclui que a briga de gerações não é nova na ASP) e, em 1997 Luke Egan venceu seu primeiro WCT, (1º depois de 189 anos, até Niemeyer achava que morreria antes de uma vitória do goofie mais estiloso da época) em cima de Chris Gallanger, excelente surfista californiano que entrou no CT muito tarde, mas fez história neste evento e num outro em JBay grandão, hoje é shaper e técnico de surf.
98, por conta dos atentados que a Ilha de Bali sofreu, a ASP e a patrocinadora cancelou o evento prometendo retornar tão logo a situação na Indonésia se acalmasse.
Nunca mais houveram atentados por lá (fora os havaianos em Desert, mas isso é outro papo...), nem campeonatos...
Na época, as notícias eram muito demoradas, e os vídeos do campeonato eram a salvação de quem ainda não tinha transmissão on line, mesmo que só conseguisse assisti-las cerca de 1 ano após o evento. Eu tinha as fitas VHS de todos os eventos, inclusive o de 1998, chamado NOT, porque não houve campeonato, com vários caras com a passagem marcada para o pico e que não perderam a oportunidade de surfar uma das melhores ondas do mundo com pouco crowd, com destaques para Carroll, Renan Rocha (na época atleta da Quik) e principalmente Peterson Rosa.
Disse que tinha, porque um dia emprestei para meu ex-cunhado as tais fitas...ai já viu, né? Nunca mais...
No ano seguinte a Quik levou o evento para...Fiji e outra era de espetáculos em lindas paredes para esquerda se iniciou...mais isso também, já é outra história.
Garimpando no Você Tubo, encontrei partes destes filmes que mencionei e as postei no corpo destas mal traçadas linhas.
Espero que gostem.
Volta G-Land!
Com a confirmação de Fiji no circuito deste ano, fiquei muito saudoso do pico onde foi disputada, se não a primeira, uma das primeiras etapas do mundial de surf totalmente sem público. Desafio para os marketeiros da época, como obter retorno sem o público? Como fazer um evento no inverno, se não há público? (não no caso de g-land, obviamente). Como fazer dar certo um modelo totalmente oposto ao aplicado até então, buscando divisas no público macro, aquele que não vai a praia, mas consome os produtos da marca patrocinadora como qualquer outro.
As respostas ficaram eternizadas nas paredes perfeitas de G-Land e nas imagens que ganharam o mundo a partir daquele momento.
Em 1995, os bangalôs dos resorts existentes em frente a gigantesca plataforma de coral que forma as várias sessões de uma das esquerdas mais espetaculares do mundo, eram ocupados quase que exclusivamente pelos atletas e o pessoal da organização do campeonato.
Era tido como o inicio definitivo de um sonho já um tanto quanto antigo no mundo do surf, onde as etapas do mundial seriam disputadas exclusivamente em picos clássicos, o chamado Dream Tour.
A história todos sabem, rolou evento em 95, 96 e 97, com o Careca Sanguinolento vencendo o primeiro, ainda com franjas, em cima do Jeff Both, Shane Beschen levou o segundo numa final disputada contra Gary Kong Elkerton (que venceu KSanguinolento na semi e saiu correndo pelo resort gritando: "tenho 2 x a idade de vcs e fico 2 x mais tempo dentro dos tubos", donde se conclui que a briga de gerações não é nova na ASP) e, em 1997 Luke Egan venceu seu primeiro WCT, (1º depois de 189 anos, até Niemeyer achava que morreria antes de uma vitória do goofie mais estiloso da época) em cima de Chris Gallanger, excelente surfista californiano que entrou no CT muito tarde, mas fez história neste evento e num outro em JBay grandão, hoje é shaper e técnico de surf.
98, por conta dos atentados que a Ilha de Bali sofreu, a ASP e a patrocinadora cancelou o evento prometendo retornar tão logo a situação na Indonésia se acalmasse.
Nunca mais houveram atentados por lá (fora os havaianos em Desert, mas isso é outro papo...), nem campeonatos...
Na época, as notícias eram muito demoradas, e os vídeos do campeonato eram a salvação de quem ainda não tinha transmissão on line, mesmo que só conseguisse assisti-las cerca de 1 ano após o evento. Eu tinha as fitas VHS de todos os eventos, inclusive o de 1998, chamado NOT, porque não houve campeonato, com vários caras com a passagem marcada para o pico e que não perderam a oportunidade de surfar uma das melhores ondas do mundo com pouco crowd, com destaques para Carroll, Renan Rocha (na época atleta da Quik) e principalmente Peterson Rosa.
Disse que tinha, porque um dia emprestei para meu ex-cunhado as tais fitas...ai já viu, né? Nunca mais...
No ano seguinte a Quik levou o evento para...Fiji e outra era de espetáculos em lindas paredes para esquerda se iniciou...mais isso também, já é outra história.
Garimpando no Você Tubo, encontrei partes destes filmes que mencionei e as postei no corpo destas mal traçadas linhas.
Espero que gostem.
Volta G-Land!
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