domingo, 4 de setembro de 2011

BUSTIN´ DOWN THE DOOR - VERSÃO BRASILEIRA

Já esta ficando constante.
Brasileiros, em conjunto, indo bem em campeonatos importantes do tour mundial da ASP. No caso o 6 estrelas de Zaraustz, País Basco : http://www.aspeurope.com/events2011/zarautz/index.php
Já era a época em que situações dessas eram exclusividade de australiados e as vezes americanos.
Esta nova geração brasileira se encontrou e esta conseguindo destaque no "mundial estrela" e Prime da ASP. Sem falar que Mineiro já liderou o WT neste ano.
O Peter Townend só se ligou em Trestles. Já vinhamos avisando faz tempo...mas quando a gente fala, ninguém escuta...hehehe. Gringos assustem-se!
Gabriel medita antes de sua bateria. Te garanto que o adversário também esta rezando ou meditando. foto: video do campeonato.

Gabriel Medina é um caso a parte. Já conseguiu igualar o espetacular ano que Heitor Alves teve em 2010, com uma vitória em Prime e 2 em 6 estrelas. Conseguiu sua vaga no WT com certa facilidade. Lembrou o Mineirinho. Suas aparições em eventos star devem começar a minguar de agora em diante, agora o negócio é WT. Foi para a Europa e conseguiu 100% de aproveitamento! Os agentes da Nike já devem estar de olho...esse co-patrocinio já foi conveniente. Será que a Rip Curl vai dar um gas? Agora o contrato tem que ser de WT, certo? 
Não tem como negar. Chega para ser estrela! Teco dizia que brasileiro para ser campeão mundial tem que virar gringo. Sempre concordei com ele, mas admito que Medina esta me fazendo rever conceitos.
Sua bateria semi final contra Camarão hoje entrou para a história. A história de viradas sensacionais, quesito que Curren tornou famoso, teve um novo cadastro hoje. Que bateria! Que virada!
Medina teve que inventar de tudo para passar por Camarão nas semis, seria um KK Flight 360? Foto: site do campeonato.

Não se pode deixar de registrar os parabéns para os organizadores, que conseguiram terminar o evento em 2 dias! Eu já tinha perdido as esperanças. Sangue-frio danado dos bascos.

Os brasileiros já vinham dando sinais de domínio desde o dia de ontem, quando as disputas começaram num mar pequeno que reagia rapidamente. 
Com o evento rolando em 2 palanques foi impossível ver todas as baterias, com muita gente mostrando serviço.
Fora os caras que chegaram as quartas, há de se destacar a performace do ex-campeão nacional Messias Felix, que chegou na fase dos 12 melhores surfistas e foi eliminado por Camarão e Dantas, terminando em nono, beliscando 920 pontos e 2.400 verdinhas (menos o imposto, que não deve ser pouco).

O ex campeão Brasileiro Messias Felix deu trabalho. Foto: Site do campeonato.

Na primeira das quartas, Medina já demonstrava que estava faminto, passando por Wiggoly Dantas. Dantas, não canso de dizer, tem um dos estilos mais polidos dessa geração. Um surf que se encaixa melhor ainda em ondas de maior qualidade, quem sabe com mais alguns resultados chega no final do ano com chances no próximo corte.

Medina na lata. Foto: campeonato de pause do Surfocracia.

Alex Ribeiro e Thiago Camarão fizeram A bateria desta fase. Após um duelo aéreo acabaram empatando na soma das duas melhores ondas, com a decisão indo para Thiago por ter a melhor onda, um 8,0. 

Tomas Hermes iniciou a terceira bateria das quartas pegando uma atrás da outra, melhorando seus escores, quando o francês Romain Clotre acordou já era.

Nicholas Squires (quem?), australiano até que deu um susto no inicio, mas o pequeno paranaense Peterson Crisando se levantou do meio para o final da bateria voltando de aéreos bem altos com uma facilidade só vista em Medina.
Peterson Crisanto mal perdeu nas semis do Pro Jr que rolava na Bahia e se mandou pra Europa. Se encheu de moral e de dólares. Foto: site do campeonato.

Na primeira semi final tivemos a maior batalha do dia, do campeonato e desta perna européia. 
Acho até, que foi a melhor virada do ano até aqui. Aquela do Taj sobre Mineiro no quik pro da Gold Coast não conta. Só vendo, é até difícil descrever. Thiago saiu na frente, acertando lindos aéreos rodando e, para surpresa geral, colocando Gabriel Medina em combinação. 
Medina começou a arriscar dificílimos aéreos de back side seguidamente. A cada onda a manobra era executada mais alta e com mais dificuldade. Resultado, virada inacreditavel.
Camarão vendeu caro sua vaga na final. Foto: site do campeonato.

A segunda semi foi bem mais devagar, no inicio, mas faltando pouco mais de 10 minutos para o fim Peterson em duas ondas seguidas acima de 8 pontos, colocou o catarinense Thomas Hermes em combinação. Hermes bem que tentou, não conseguiu, com Peter ainda aumentando seu escore na última onda.

Thomas Hermes acertando a orelha de Zarauts. Os juizes gostaram. Terceiro lugar para ele. Foto: site do campeonato.

A final foi amplamente dominada por Medina com seus aéreos fluidos, ainda mais com o adversário não se achando. Pareceu que Crisando acabou com sua cota de manobras perfeitas na semi.
Diante de tamanho domínio não tem como não se empolgar e prever que essa galera vai chegar no WT. Sou o primeiro a afirmar que no World Tour o buraco é mais embaixo, mas o WQS, ou Mundial Star/Estrela, como queiram, neste ano, realizou eventos em ondas de todos os tipos, o que não impediu o destaque desta garotada.
Talvez a história da melhor fase do surf nacional na ASP esteja se iniciando diante de nós.

1 - Gabriel Medina (SP)
2 - Peterson Crisando (PR)
3 - Thiago Camarão (SP)
3 - Thomas Hermes - (SC)

2 comentários:

  1. Diz dai Dr.Ivo!!!
    Essa do Medina rezar, há,há,há,há, bem bem,os moleques estão num ritmo só. Por isso digo qdo esses malacos, entrarem nágua prá enfrentar tio Kellys, vai ser choque total, mas depois vai ser só gargalhada e voadora aquática.Hé,hé,hé,hé. Abçs, boa cobertura hem!

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  2. Pode crer Castro. Esses "malacos" como vc diz estão com tudo. E não é resultado esporádico, vem de bando mesmo. Tá muito legal realmente, acho que depois do Pipemaster teremos outras mudanças no WT. Mudanças verde-amarelas.
    abç

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