Durante 2011 critiquei em várias oportunidades o BSP.
E, infelizmente, continuarei na mesma linha de pensamento.
A saída do Super Surf deixou o circuito nacional órfão e somado ao sucesso dos brazzos no mundial, os últimos anos do circuito brasileiro podem ser chamados de melancólicos, não obstante 25 anos de história preenchida apenas e tão somente de campeões da mais alta classe.
Já falei sobre isso aqui no blog. Apesar de termos opiniões bem distintas, tanto eu quanto o colunista da Fluir buscamos no passado soluções para os problemas do surf atual. Enquanto Guaraná acha que deviam voltar os festivais de surf com 10 dias de competição, inscrições livres e um grande premio no final.
Eu já acho que deveríamos voltar à fórmula do meio dos anos 90, quando as etapas do nacional valiam para o mundial e as etapas dos estaduais valiam para o brasileiro.
De uma forma ou outra, cada vez mais vemos menos atenção da mídia em geral e dos meio especializados para o campeonato nacional e consequentemente, para seus campeões.
O fato de chegarem a última etapa com 12 atletas com chance de título tem mais a ver com a pequena quantidade de etapas, do que com a competitividade em si, mas o grande trunfo do BSP é o nível dos atletas.
Nenhuma etapa do Alas Tour disputada fora do Brasil, por exemplo, tem 1/10 do nível de surf apresentado em qualquer etapa do BSP.
Os atletas precisam se envolver nas decisões do circuito, mudanças são necessárias, ainda mais quando já se conta com grandes patrocinadores como SKOLL e PETROBRÁS, muito mal utilizados, diga-se de passagem. (um pequeno exemplo, no dia da decisão do título em Floripa e Skoll promove um dia de surf e música com um dos mais famosos surfistas/músicos do mundo, Donavan, só que no Rio. É falta de visão de marketing do pessoal da Skoll ou falta de moral para o pessoal do BSP? Vai sabe...)
Acho que os atletas tem que se conscientizar que a grana é curta e que reduzir o número de atletas na elite nacional é uma necessidade. Se utilizassem as etapas do estaduais como classificatória para o BSP e as etapas do brasileiro como parte do mundial, podíamos alavancar vários atletas que são sucessos locais em realidades mundiais.
De qualquer sorte, neste 2011, Tomas Hermes e Diana Cristina levantaram o caneco com todos os méritos.
Diana, já falei antes, é um dos pecados da industria brasileira de surf. A menina tem surf para ser top 5 do mundo e mal tem apoio para seguir o BSP...LAMENTÁVEL. Adorei a sugestão o DJMB na locução do BSP. Diana é uma nativa brasileira, índia legítima. A empresa Natura poderia muito bem fazer uma campanha com ela. Brasileira Natural.
Tomas Hermes é um cara que já vinha beliscando resultados há algum tempo. Venceu a última etapa do BSP 2010, quando seu conterrâneo Jean da Silva levantou o caneco (curioso que os dois únicos campeões nacionais de SC sejam do norte do Estado, Jean de Joinville/São Chico e Tomas de Barra Velha) e manteve o forte ritmo em 2011. No WPrime e WStar, apesar de ter disputado varias etapas só obteve um resultado verdadeiramente expressivo em 2011, em Zarautz, naquele 6 estrelas que o Medina humilhou, digo, ganhou.
Diana venceu o título e a etapa no feminino. No masculino a grande final foi disputada entre Wilian "Panda" Cardoso e Halley Batista.
Me pergunto o que Panda ainda faz no BSP. Deixou de participar de uma etapa decisiva do WStar na Australia (6 estrelas vencido pelo Kolohe) e despencou do Hawaii para participar da ultima etapa do nacional.
Alguém precisa direciona-lo para as prioridades, afinal ele é o segundo suplente do WT 2012 e tirando pela indecisão do careca sanguinolento e o número de lesões em 2011 ele correrá várias etapas em 2012 e os pontos obtidos podem classifica-lo definitivamente.
Halley tem apoio, mas não é um apoio que permite seguir o mundial. É um cara alto e que voa com facilidade. Destaco a altura pela facilidade que este atleta teria para se adaptar a onda maiores e sua facilidade aerea cai como uma luva nos novos critérios above de lip da ASP. Merecia além do logo na bóia um bom contrato que lhe permitisse atacar o mundial por ao menos duas temporadas. Se eu ganhasse na megasena patrocinava esse maluco...retorno garantido.
A final foi bem disputada. Willian optou pelas ondas em frente ao palanque enquanto Halley se apossou da vala à direita. Pauladas sulistas pra cá, voadas nordestinas pra lá e vantagem para Batista na sua primeira vitória na elite nacional.
A prática da a moral da história. Os dois vencedores da etapa vivem abaixo do que podem e merecem, cabe a um ou dois empresarios de visão para mudar isso. Surf, treino e vontade de vencer esses atletas já demonstraram que tem.
ps: deixei as fotos gigantes e fora de proporção porque estão muito maneras, aqui tem mais!
Masculino
1 Thomas Hermes (SC) - 2.610
2 Simão Romão (RJ) - 2.410
3 Halley Batista (PE) - 2.400
3 Odirley Coutinho (SP) - 2.400
5 Jano Belo (PB) - 2.360
6 Messias Félix (CE) - 2.340
7 Renato Galvão (SP) - 2.310
8 Flavio Nakagima (SP) - 2.260
9 Bruno Galini (BA) - 2.160
10 Alan Jones (RN) - 2.030
Feminino
1 Diana Cristina (PB) - 3.860
2 Juliana Quint (SC) - 3.320
3 Suelen Naraisa (SP) - 2.930
4 Gabriela Leite (SC) - 2.690
4 Claudia Gonçalves (SP) - 2.690
6 Gabriela Teixeira (RJ) - 2.680
7 Tais de Almeida (RJ) - 2.580
8 Tita Tavares (CE) - 2.360
9 Luana Coutinho (SP) - 2.290
10 Nathalie Martins (PR) - 2.220
10 Bruna Queiroz (SP) - 2.220
E, infelizmente, continuarei na mesma linha de pensamento.
A saída do Super Surf deixou o circuito nacional órfão e somado ao sucesso dos brazzos no mundial, os últimos anos do circuito brasileiro podem ser chamados de melancólicos, não obstante 25 anos de história preenchida apenas e tão somente de campeões da mais alta classe.
Tomas Hermes entra para a história e integra a seleta galeria de Campeões Brasileiro de Surf. Merecido. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17 |
- 1987 - Paulo Mattos SP
- 1988 - Jojó de Olivença BA
- 1989 - Pedro Muller RJ
- 1990 - Tinguinha Lima PR
- 1991 - Ricardo Toledo SP
- 1992 - Jojó de Olivença BA
- 1993 - Tinguinha Lima PR
- 1994 - Peterson Rosa PR
- 1995 - Ricardo Toledo SP
- 1996 - Joca Jr RN
- 1997 - Victor Ribas RJ
- 1998 - Fabio Gouveia PB
- 1999 - Peterson Rosa PR
- 2000 - Peterson Rosa PR
- 2001 - Tanio Barreto AL
- 2002 - Leo Neves RJ
- 2003 - Leo Neves RJ
- 2004 - Renato Galvão SP
- 2005 - Fabio Gouveia PB
- 2006 - Jihad Kohdr PR
- 2007 - Jihad Kohdr (Renato Galvão no tapetão) PR
- 2008 - Gustavo Fernandes RJ
- 2009 - Messias Felix CE
- 2010 - Jean da Silva SC
- 2011 - Tomas Hermes SC
Não chego a dizer que os atletas que ainda correm o circuito nacional sofrem de síndrome de Peter Pan, como Alex Guaraná cravou em sua coluna na revista Fluir deste més, mas concordo com ele quando diz que a fórmula esta desgastada.
Já falei sobre isso aqui no blog. Apesar de termos opiniões bem distintas, tanto eu quanto o colunista da Fluir buscamos no passado soluções para os problemas do surf atual. Enquanto Guaraná acha que deviam voltar os festivais de surf com 10 dias de competição, inscrições livres e um grande premio no final.
Eu já acho que deveríamos voltar à fórmula do meio dos anos 90, quando as etapas do nacional valiam para o mundial e as etapas dos estaduais valiam para o brasileiro.
De uma forma ou outra, cada vez mais vemos menos atenção da mídia em geral e dos meio especializados para o campeonato nacional e consequentemente, para seus campeões.
O fato de chegarem a última etapa com 12 atletas com chance de título tem mais a ver com a pequena quantidade de etapas, do que com a competitividade em si, mas o grande trunfo do BSP é o nível dos atletas.
Nenhuma etapa do Alas Tour disputada fora do Brasil, por exemplo, tem 1/10 do nível de surf apresentado em qualquer etapa do BSP.
Messias Felix, lutou pelo bicampeonato nacional até o fim. Mais um que deveria focar no mundial. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17 |
Os atletas precisam se envolver nas decisões do circuito, mudanças são necessárias, ainda mais quando já se conta com grandes patrocinadores como SKOLL e PETROBRÁS, muito mal utilizados, diga-se de passagem. (um pequeno exemplo, no dia da decisão do título em Floripa e Skoll promove um dia de surf e música com um dos mais famosos surfistas/músicos do mundo, Donavan, só que no Rio. É falta de visão de marketing do pessoal da Skoll ou falta de moral para o pessoal do BSP? Vai sabe...)
Acho que os atletas tem que se conscientizar que a grana é curta e que reduzir o número de atletas na elite nacional é uma necessidade. Se utilizassem as etapas do estaduais como classificatória para o BSP e as etapas do brasileiro como parte do mundial, podíamos alavancar vários atletas que são sucessos locais em realidades mundiais.
De qualquer sorte, neste 2011, Tomas Hermes e Diana Cristina levantaram o caneco com todos os méritos.
Diana, já falei antes, é um dos pecados da industria brasileira de surf. A menina tem surf para ser top 5 do mundo e mal tem apoio para seguir o BSP...LAMENTÁVEL. Adorei a sugestão o DJMB na locução do BSP. Diana é uma nativa brasileira, índia legítima. A empresa Natura poderia muito bem fazer uma campanha com ela. Brasileira Natural.
Jano Belo, campeão carioca 2011. Também lutou muito pelo título brasileiro. Ficou nas cabeças, mas deve focar no mundial em 2012. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17 |
Tomas Hermes é um cara que já vinha beliscando resultados há algum tempo. Venceu a última etapa do BSP 2010, quando seu conterrâneo Jean da Silva levantou o caneco (curioso que os dois únicos campeões nacionais de SC sejam do norte do Estado, Jean de Joinville/São Chico e Tomas de Barra Velha) e manteve o forte ritmo em 2011. No WPrime e WStar, apesar de ter disputado varias etapas só obteve um resultado verdadeiramente expressivo em 2011, em Zarautz, naquele 6 estrelas que o Medina humilhou, digo, ganhou.
Tininha. Campeã sem patrocinio. Triste realidade. Seria top 10 do mundo com facilidade. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17 |
Diana venceu o título e a etapa no feminino. No masculino a grande final foi disputada entre Wilian "Panda" Cardoso e Halley Batista.
Me pergunto o que Panda ainda faz no BSP. Deixou de participar de uma etapa decisiva do WStar na Australia (6 estrelas vencido pelo Kolohe) e despencou do Hawaii para participar da ultima etapa do nacional.
Alguém precisa direciona-lo para as prioridades, afinal ele é o segundo suplente do WT 2012 e tirando pela indecisão do careca sanguinolento e o número de lesões em 2011 ele correrá várias etapas em 2012 e os pontos obtidos podem classifica-lo definitivamente.
Halley tem apoio, mas não é um apoio que permite seguir o mundial. É um cara alto e que voa com facilidade. Destaco a altura pela facilidade que este atleta teria para se adaptar a onda maiores e sua facilidade aerea cai como uma luva nos novos critérios above de lip da ASP. Merecia além do logo na bóia um bom contrato que lhe permitisse atacar o mundial por ao menos duas temporadas. Se eu ganhasse na megasena patrocinava esse maluco...retorno garantido.
A final foi bem disputada. Willian optou pelas ondas em frente ao palanque enquanto Halley se apossou da vala à direita. Pauladas sulistas pra cá, voadas nordestinas pra lá e vantagem para Batista na sua primeira vitória na elite nacional.
Willian Cardoso usou seu power back atack para fazer mais uma final na Joaca. foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17 |
A prática da a moral da história. Os dois vencedores da etapa vivem abaixo do que podem e merecem, cabe a um ou dois empresarios de visão para mudar isso. Surf, treino e vontade de vencer esses atletas já demonstraram que tem.
Halley Batista faz jus ao nome e voa para a primeira vitória no BSP. Foto: http://brasilsurfpro.com.br/site/?cat=17 |
ps: deixei as fotos gigantes e fora de proporção porque estão muito maneras, aqui tem mais!
Masculino
1 Thomas Hermes (SC) - 2.610
2 Simão Romão (RJ) - 2.410
3 Halley Batista (PE) - 2.400
3 Odirley Coutinho (SP) - 2.400
5 Jano Belo (PB) - 2.360
6 Messias Félix (CE) - 2.340
7 Renato Galvão (SP) - 2.310
8 Flavio Nakagima (SP) - 2.260
9 Bruno Galini (BA) - 2.160
10 Alan Jones (RN) - 2.030
Feminino
1 Diana Cristina (PB) - 3.860
2 Juliana Quint (SC) - 3.320
3 Suelen Naraisa (SP) - 2.930
4 Gabriela Leite (SC) - 2.690
4 Claudia Gonçalves (SP) - 2.690
6 Gabriela Teixeira (RJ) - 2.680
7 Tais de Almeida (RJ) - 2.580
8 Tita Tavares (CE) - 2.360
9 Luana Coutinho (SP) - 2.290
10 Nathalie Martins (PR) - 2.220
10 Bruna Queiroz (SP) - 2.220
Caracas, vai lá no meu brog q tem mensagem p/vc.Depois eu volto p/conferir esta postagem q deve estar du ca....Abçs man.
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