Pois é rapaziada...saiu na Revista
Hardcore de novembro/12 (http://hardcore.uol.com.br/18529-hc_de_novembro) uma
nota deste humilde escriba na matéria de autoria de Matias Lovro - "Tour
Delirante".
A idéia era fazer um texto sobre o que
seria o campeonato ideal de surf...
Viajei na idéia...rsrs
Segue texto que enviei para a revista:
O campeonato de surf ideal vai
rolar daqui uns 200 anos.
Após a massificação e a
popularização do esporte e a evolução das piscinas de onda, deixando para trás
as primitivas piscinas redondas desenvolvidas pela lenda do esporte Robert
Kelly Slater, 40 vezes campeão do mundo e alien confesso, agora temos grandes
arenas aquáticas capazes de simular ondas famosas ao redor do globo, como
G-Land, Pipe, J-Bay, Itaúna, etc, com perfeição e com o diferencial de que a
onde surge quando o atleta acena para o arbitro indicando que esta pronto, como
no secular circuito mundial de skate half pipe.
Aliás, este foi um dos motivos da
popularização do esporte, com todos os atletas tendo às mesmas chances do
adversário a competição tornou-se mais justa e concentrada no surf. As ondas,
embora muito semelhantes não são exatamente iguais, como no oceano, e a
quantidade de abordagens é infinita, o que fez com que o esporte caísse
rapidamente no gosto popular.
Os lugares paradisíacos,
continuam paradisíacos e bem cuidados, aproveitados pelos free surfers como
desde sempre, a moda verde/ecológica pegou no mundo todo bem a tempo e crimes
ambientais embora aconteçam, são raros. A competição raramente vai a lugares
onde a camaradagem deve imperar.
Imaginando um circuito mundial
com as citadas arenas em grandes cidades, viajo em uma das várias instaladas
aqui no Brasil, como a Arena Silvana Lima, instalada no centro de Fortaleza,
logo ao lado da Praça Tita Tavares, ou Tita´s Square como os gringos a chamam.
Essas grandes casas de espetáculo não poluem e são de uso público nos dias sem
campeonato. As vezes ficam meio crowd (filas), mas sempre temos as piscinas do
Careca (redondas), instaladas em todos os bairros para passar o tempo, sem
falar no marzão, mais limpo e belo do que nunca.
Temos vários atletas entre os
melhores do mundo e o espetáculo, como é de se imaginar, deixa todos
boquiabertos. O circuito mundial é muito bem pago por todos os espectadores, os
presentes e aqueles na internet e TV mundo afora, direitos de imagens e
publicidades. Os fãs ajudam a bancar o surf, marcas e mais marcas lutam por
espaço nas pranchas dos prós e nas disputadas placas de publicidade da Arena e
dos intervalos da transmissão ao vivo.
O julgamento ainda é feito como
antigamente. Por mais que tenha se tentado outras formulas, como o julgamento
do público, nada deu certo e ainda temos que discordar da decisão dos árbitros
eventualmente, mas como diria o inesquecível Nelson Rodrigues, se escrevesse
sobre surf, “A arbitragem normal e honesta confere às baterias um tédio
profundo, uma mediocridade irremediável. Só o juiz gatuno, o juiz larápio dá ao
surf uma dimensão nova e, se me permitem shakesperiana. O espetáculo deixa de
se resolver em termos chatamente técnicos, táticos e esportivos.”
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