Joel Parkinson é campeão mundial de surf. Isso mesmo! Aquele moleque atrevido que venceu J Bay em 1999, como convidado, finalmente chegou ao título máximo do esporte, eliminando o estigma de vice que o perseguiu por uma década.
É difícil não ficar aqui rasgando elogios a Parko só porque virou campeão mundial e Pipemaster. É evidente que o cara é um puta surfista, tem estilo impecável, sabe fazer desde o base lip até aéreos estratosféricos, além de, evidentemente, entubar muito. Mas isso tudo todos já sabiam. Assim como todos já sabem o que Parko fará na sua próxima onda.
O atual campeão mundial tem um surf lindo, mas extremamente previsível, ainda mais se compararmos com as firulas que a molecada não para de inventar. (valeu Trombonera!)
Enfim, Parko merecia, embora merecer não tenha nada a ver com isso...
O último dia do Pipemasters 2012 foi legal. Poderia ter sido épico, mas não foi. Longe disso. O dia escolhido não foi lá aquilo tudo. Tinha onda, mas não estava grande e clássico como esperávamos, ainda mais com vários dias de janela pela frente.
Com alguns empurrõezinhos aqui e ali (seguraram a nota do Dorian para Slater passar e alargaram as notas de Parko com o mesmo objetivo) tudo se encaminhava para uma clássica bateria final onde tudo seria resolvido. Mas logo no inicio da segunda semi Josh Kerr (que já tinha visitado o hospital mais cedo e duvido muito que pudesse realizar o exame antidoping) arrancou um 9,2 colocando Kelly Slater na posição que mais odeia na vida.
E o mar simplesmente resolveu colaborar com Parko, não produzindo mais nada de decente pelo resto da bateria, apesar de inúmeras tentativas de ambos os atletas.
Título decidido e finalizado, assim como a graça do evento.
Acredito que esta derrota do careca tenha sido bastante doída...talvez não tanto como aquela de 2003, mas próxima. Dizem até que chorou...será? De qualquer sorte ele é culpado por sua derrocada em 2012.
Cansou de dar chance ao azar, mas os pontos que faltaram no final certamente foram aqueles que ele dispensou ao deixar de vir ao Brasil. Segundo ele próprio, por conta do machucado no pé, era capaz de entubar normalmente, mas não conseguia manobrar.
Para seu azar, tirando o primeiro dia que foi disputado nas esquerdas Arpexerianas, o restante do campeonato rolou em ondas tubulares no Postinho.
Fora isso, 2 brasileiros tiveram grande contribuição na vitória de Parko. Ricardo dos Santos derrotou o careca no Tahiti, numa bateria com altas ondas surfadas por ambos. E Raoni Monteiro venceu o sanguinolento em Portugal numa bateria com poucas ondas surfadas por ambos.
Num ano em que tudo conspirava ao seu favor, até na hora dos descartes, aparentemente mesmo sem ele pensar em perder, Netuno e um dos surfistas mais subestimados do circuito (Kerr) colocaram tudo a perder.
Ele vai parar? Não tenho a mínima idéia. Espero que não, pois se por um lado sai derrotado, por outro sai como o principal desafiante ao título.
BACKDOORMASTERS?
Voltando a Pipeline, logo no inicio da transmissão do último dia do Pipemasters 2012, a lenda Gerry Lopez, ao ser questionado sobre suas façanhas na temida canhota havaiana comparado com o que a garotada faz hoje em dia, falou que hoje em dia temos surfistas muito melhores do que naquela época.
É difícil não ficar aqui rasgando elogios a Parko só porque virou campeão mundial e Pipemaster. É evidente que o cara é um puta surfista, tem estilo impecável, sabe fazer desde o base lip até aéreos estratosféricos, além de, evidentemente, entubar muito. Mas isso tudo todos já sabiam. Assim como todos já sabem o que Parko fará na sua próxima onda.
O atual campeão mundial tem um surf lindo, mas extremamente previsível, ainda mais se compararmos com as firulas que a molecada não para de inventar. (valeu Trombonera!)
Enfim, Parko merecia, embora merecer não tenha nada a ver com isso...
O último dia do Pipemasters 2012 foi legal. Poderia ter sido épico, mas não foi. Longe disso. O dia escolhido não foi lá aquilo tudo. Tinha onda, mas não estava grande e clássico como esperávamos, ainda mais com vários dias de janela pela frente.
Com alguns empurrõezinhos aqui e ali (seguraram a nota do Dorian para Slater passar e alargaram as notas de Parko com o mesmo objetivo) tudo se encaminhava para uma clássica bateria final onde tudo seria resolvido. Mas logo no inicio da segunda semi Josh Kerr (que já tinha visitado o hospital mais cedo e duvido muito que pudesse realizar o exame antidoping) arrancou um 9,2 colocando Kelly Slater na posição que mais odeia na vida.
E o mar simplesmente resolveu colaborar com Parko, não produzindo mais nada de decente pelo resto da bateria, apesar de inúmeras tentativas de ambos os atletas.
Título decidido e finalizado, assim como a graça do evento.
Acredito que esta derrota do careca tenha sido bastante doída...talvez não tanto como aquela de 2003, mas próxima. Dizem até que chorou...será? De qualquer sorte ele é culpado por sua derrocada em 2012.
Cansou de dar chance ao azar, mas os pontos que faltaram no final certamente foram aqueles que ele dispensou ao deixar de vir ao Brasil. Segundo ele próprio, por conta do machucado no pé, era capaz de entubar normalmente, mas não conseguia manobrar.
Para seu azar, tirando o primeiro dia que foi disputado nas esquerdas Arpexerianas, o restante do campeonato rolou em ondas tubulares no Postinho.
Fora isso, 2 brasileiros tiveram grande contribuição na vitória de Parko. Ricardo dos Santos derrotou o careca no Tahiti, numa bateria com altas ondas surfadas por ambos. E Raoni Monteiro venceu o sanguinolento em Portugal numa bateria com poucas ondas surfadas por ambos.
Num ano em que tudo conspirava ao seu favor, até na hora dos descartes, aparentemente mesmo sem ele pensar em perder, Netuno e um dos surfistas mais subestimados do circuito (Kerr) colocaram tudo a perder.
Ele vai parar? Não tenho a mínima idéia. Espero que não, pois se por um lado sai derrotado, por outro sai como o principal desafiante ao título.
BACKDOORMASTERS?
Voltando a Pipeline, logo no inicio da transmissão do último dia do Pipemasters 2012, a lenda Gerry Lopez, ao ser questionado sobre suas façanhas na temida canhota havaiana comparado com o que a garotada faz hoje em dia, falou que hoje em dia temos surfistas muito melhores do que naquela época.
Não foi apenas a humildade que demandou que o velho Gerry soltasse isso. É um fato. Diferentemente do futebol, onde haverá a eterna discussão sobre o que os antigos jogadores conseguiriam fazer em campo hoje em dia caso estivessem em forma, no surf a evolução do esporte nos levou a ter cada vez melhores e mais habilidosos atletas.
O que deixa a desejar hoje em dia em comparação com antigamente é a pequena presença de verdadeiros "water man" no grupo de competidores do mundial, o que era praticamente regra antigamente.
Dito isso, vemos que a evolução no esporte também ocasionou certas mutações em campeonatos clássicos, como o de Pipeline.
Como bem disse Guaraná via twitter o campeonato deveria deixar de se chamar Pipemasters para BackdoorMasters, tamanha a vantagem que se leva ao atacar a fechadeira direita ao invés da clássica esquerda.
Vantagem que os regulares também tem aproveitado de forma evidente, bastando verificar os últimos vencedores do evento. O último goofie a levantar o caneco ali foi Rob Machado em 2000.
Os melhores goofies em 2012 foram os irmãos Hobgood que deram bastante trabalho até serem derrotados pelo atual campeão do mundo. Os gêmeos da Flórida, não por acaso, são 2 dos melhores backsiders na fechadeira direita de Pipeline.
Lembro que em 92, quando KS ergueu seu primeiro caneco em Pipe (chegou já campeão do mundo no Hawaii, foi coroado na Barra da Tijuca), Liam Macnamara, mal perdedor que era, declarou que KS não era um Pipemasters de verdade, mas um Backdoormaster, já que naquela edição do evento poucas esquerdas surgiram para desespero do havaiano. Foram palavras proféticas.
Os melhores goofies em 2012 foram os irmãos Hobgood que deram bastante trabalho até serem derrotados pelo atual campeão do mundo. Os gêmeos da Flórida, não por acaso, são 2 dos melhores backsiders na fechadeira direita de Pipeline.
Lembro que em 92, quando KS ergueu seu primeiro caneco em Pipe (chegou já campeão do mundo no Hawaii, foi coroado na Barra da Tijuca), Liam Macnamara, mal perdedor que era, declarou que KS não era um Pipemasters de verdade, mas um Backdoormaster, já que naquela edição do evento poucas esquerdas surgiram para desespero do havaiano. Foram palavras proféticas.
BRASILEIROS & AGREGADO
MIGUEL PUPO - O jovem Miguelito foi quem mais me impressionou no Pipemaster. Muitos vão perguntar e o Medina? Ora, Medal já tem a mídia do seu lado para puxar-lhe a sardinha, surfou muito, mas não se jogou em Backdoor como Pupo. Foi legal perceber que Miguel é capaz de qualquer coisa, desde que devidamente estimulado. Quando estava para perder sua bateria contra Flores, remou para uma onda. Dorian, percebendo a insegurança do jovem atleta gritou, vá pra direita, e ele foi, dropou no limite, entubou, saiu e virou. Mas o mais importante, viu que era possível. Contra KS repetiu o feito de forma bem mais crítica, numa onda maior, entubando mais fundo. Deu um susto no careca, mas faltou a segunda boa.
GABRIEL MEDINA - Como mencionei acima, surfou muito, no estilo, saiu de bons tubos e mostrou-se o guerreiro de sempre, especialmente contra KS, de quem aparentemente não nutre muita simpatia (certo ele) e pelo visto a parada é recíproca. Até a prancha quebrada do careca revidou no garoto, atrapalhando numa onda decisiva. Bizarro. Tem que cuidar para não cair no erro de Mineiro e comemorar qualquer ondinha como se fosse algo notável, como fez na sua única tentativa para Backdoor. Gabriel pode muito bem se tornar o primeiro brasileiro Pipemaster, mas para isso tem que manter a atitude competitiva e quem sabe inovar, como por exemplo, permanecer no Hawaii, ou retornar pra lá depois das festas de fim de ano (já me falaram que a melhor época para ir ao Hawaii é final de janeiro e fevereiro, menos gente, mais ondas). Ninguém vira Pipemaster surfando num lugar que não seja Pipe. Indo é lindo, a galera de Puerto é demais, mas onde se aprende a vencer Pipe é em Pipe. Um segundo lugar na Tríplice Coroa devia estimula-lo a fazer justamente isso.
ADRIANO DE SOUZA - Irreconhecível. Declarou que optou permanecer no Brasil se preparando para a temporada havaiana, já que ano passado, quando optou competir toda a Tríplice Coroa acabou se machucando antes do Pipemasters. Bom, pouco adiantou já que sua participação nos eventos havaianos durou exatamente 30 minutos. Não chegou nem perto de Dane, seu adversário. Fez uns tubinhos para Pipe, mesmo quando a melhor opção era Backdoor, chegando a comemorar a saída de uns em que mal permaneceu na boca do tubo, enfim, lamentável. Não entendo como alguém pode se preparar para o Hawaii em São Paulo. Era melhor dizer que não estava a fim de ir antes, pois já não tinha chance de título e precisava firmar uns contratos a mais...Deve ter batido o recorde de menos tempo nas ilhas.
RICARDO DOS SANTOS - Se você não for, nunca saberá...esse é o lema do catarinense. É talvez hoje em dia, ao lado de Bruno dos Santos e Gabriel Medina, o brasileiro mais admirado pelos gringos e faz por onde. No melhor estilo Carroll dropou a maior onda que apareceu na primeira fase, cavou e se jogou num tubo branco para sair após a baforada. Deu azar na segunda fase ao cair na sua melhor onda, mas ficou evidente que se vier a onda, seja o tamanho que for, ele vai. Deve ganhar o trial de Teahupoo pela terceira vez em 2013 e se tiver a chance irá longe no Pipemasters do ano que vem.
ALEJO MUNIZ - Pegou osso duríssimo logo de cara, mas não fez feio. Dorian dominou amplamente a disputa, mas Alejo saiu de alguns tubos para Backdoor e arriscou, mas ficou evidente a falta de segurança do catarinense no mar. Nem de longe parecia aquele franco atirador de uma semana antes, em ondas muito maiores, em Sunset. Se resolver e conseguir treinar no pico tem um grande futuro a frente em Pipes por vir.
JADSON ANDRÉ - Ao menos dropou uma bomba. Assim poderia ser resumida a despedida do potiguar do tour mundial. Se ao menos ela tivesse rodado...mostrou disposição, como quase sempre. Jadson foi "convidado" a se retirar do tour, algo que já vimos com Neco, Polo, Cory, etc, etc...simplesmente não importa o que se faça, a nota não sai e em não saindo, não se passa bateria e cai no ranking. Mas ao contrário dos que citei, André parece ter acreditado que seu potencial diminuiu na mesma medida que suas notas. Ele começou a arriscar menos e cair mais. Mesmo naqueles aéreos rodando que são sua marca registrada o potiguar começou a erra-los com uma frequência nunca vista antes. Deve voltar rapidamente ao tour, mas deve focar na melhora e aumento de seu arsenal de backside e estilo, se quiser fazer com sua volta seja permanente.
HEITOR ALVES - Pode-se dizer que não foi dos momentos mais sagazes da história competitiva do cearense. Precisava de resultado, pegou um osso duro (o atual campeão do evento), demorou para escolher a primeira e quando faz se coloca numa tremenda de uma interferencia. A qual, aliás, coloca em dúvida a total eficiência do sistema de duas baterias simultâneas, mas isso é outro papo. De qualquer forma Heitor já passou por isso, e quando saiu do CT fez sua melhor temporada da carreira no ano seguinte. Espero grandes participações de Alves no QS e Prime de 2013.
TIAGO PIRES - Outro que precisava de resultado e não conseguiu. Não fez praticamente nada digno de nota em sua bateria. Vide placar. Sua angustia foi longa. Apenas quando Yadin Nicoll foi derrotado nas quartas de final é que pode confirmar sua vaga por mais um ano no WCT. Tem que melhorar muito sua competitividade se quiser permanecer na elite. Gosto do surf do Saca, mas performances como a que apresentou na Ilhas Canarias este ano estão cada vez mais raras.
GRINGOS
Comecemos pelos destaques negativos. Bruce Irons é ex profissional em atividade. Não estava a fim ou sem condições...de qualquer forma não é nem sombra do surfista que foi. Vejam vídeos de antes de 2000 para ver o real potencial do moleque e seu disperdicio.
Jamie O foi vencido por sua própria arrogância. Numa esquerda da série ao invés de fazer seu feijão com arroz, ou seja entubar fundo saindo lá no canal, ele resolveu mudar de base. Resultado, vaca e prancha quebrada. Perdeu tempo e a bateria. Mané!
JJ pode ser incluído nos destaques negativos. Não na Tríplice Coroa, mas no Pipemaster. Simplesmente não se achou no seu pico, e não foi por falta de tentativas, já que pegou vários tubos fechados. Não era para ser.
Destaques positivos - Yadin Nicoll, precisava chegar as semis para se garantir e quase fez. Estava torcendo para que fizesse. Foi quem mais se jogou para Backdoor.
Mick Fanning - Perdeu, mas de que forma?!? Sua derrapada controlada dentro do tubo de Pipe valeu o ingresso.
Shane Dorian - Infinito. Melhor water man do mundo. Se tivesse competido sua vida toda da forma que competiu neste Pipemaster já teria seu merecido título mundial. Perdeu para KS e juízes e só.
Josh Kerr - Acho que seu arsenal de aéreos em merrecas fazem a gente esquecer suas atuações em ondas grandes, como no Tahiti ano passado. O cara se joga! Seguindo a mesma linha de Kieran e Joel, que foram vices antes de vencerem em Pipe, se derem mole ano que vem ele vira Pipemaster.
KS e JOEL não poderiam deixar de ser destaques positivos. O primeiro mostrou sua majestade. Surfou bem para ambos os lados com sua quadriquilha mínima. Perdeu para Kerr porque o mar parou, senão o resultado poderia ter sido outro.
Já Joelito mostrou capacidade de superação mental jamais vista. Recebeu ajuda dos juízes, mas se impôs em praticamente todas as baterias e mereceu, como já disse, não só o título da etapa, como do mundo.
Em breve a dissecação dos novos Top 32/2013...
Resultados:
GABRIEL MEDINA - Como mencionei acima, surfou muito, no estilo, saiu de bons tubos e mostrou-se o guerreiro de sempre, especialmente contra KS, de quem aparentemente não nutre muita simpatia (certo ele) e pelo visto a parada é recíproca. Até a prancha quebrada do careca revidou no garoto, atrapalhando numa onda decisiva. Bizarro. Tem que cuidar para não cair no erro de Mineiro e comemorar qualquer ondinha como se fosse algo notável, como fez na sua única tentativa para Backdoor. Gabriel pode muito bem se tornar o primeiro brasileiro Pipemaster, mas para isso tem que manter a atitude competitiva e quem sabe inovar, como por exemplo, permanecer no Hawaii, ou retornar pra lá depois das festas de fim de ano (já me falaram que a melhor época para ir ao Hawaii é final de janeiro e fevereiro, menos gente, mais ondas). Ninguém vira Pipemaster surfando num lugar que não seja Pipe. Indo é lindo, a galera de Puerto é demais, mas onde se aprende a vencer Pipe é em Pipe. Um segundo lugar na Tríplice Coroa devia estimula-lo a fazer justamente isso.
ADRIANO DE SOUZA - Irreconhecível. Declarou que optou permanecer no Brasil se preparando para a temporada havaiana, já que ano passado, quando optou competir toda a Tríplice Coroa acabou se machucando antes do Pipemasters. Bom, pouco adiantou já que sua participação nos eventos havaianos durou exatamente 30 minutos. Não chegou nem perto de Dane, seu adversário. Fez uns tubinhos para Pipe, mesmo quando a melhor opção era Backdoor, chegando a comemorar a saída de uns em que mal permaneceu na boca do tubo, enfim, lamentável. Não entendo como alguém pode se preparar para o Hawaii em São Paulo. Era melhor dizer que não estava a fim de ir antes, pois já não tinha chance de título e precisava firmar uns contratos a mais...Deve ter batido o recorde de menos tempo nas ilhas.
RICARDO DOS SANTOS - Se você não for, nunca saberá...esse é o lema do catarinense. É talvez hoje em dia, ao lado de Bruno dos Santos e Gabriel Medina, o brasileiro mais admirado pelos gringos e faz por onde. No melhor estilo Carroll dropou a maior onda que apareceu na primeira fase, cavou e se jogou num tubo branco para sair após a baforada. Deu azar na segunda fase ao cair na sua melhor onda, mas ficou evidente que se vier a onda, seja o tamanho que for, ele vai. Deve ganhar o trial de Teahupoo pela terceira vez em 2013 e se tiver a chance irá longe no Pipemasters do ano que vem.
ALEJO MUNIZ - Pegou osso duríssimo logo de cara, mas não fez feio. Dorian dominou amplamente a disputa, mas Alejo saiu de alguns tubos para Backdoor e arriscou, mas ficou evidente a falta de segurança do catarinense no mar. Nem de longe parecia aquele franco atirador de uma semana antes, em ondas muito maiores, em Sunset. Se resolver e conseguir treinar no pico tem um grande futuro a frente em Pipes por vir.
JADSON ANDRÉ - Ao menos dropou uma bomba. Assim poderia ser resumida a despedida do potiguar do tour mundial. Se ao menos ela tivesse rodado...mostrou disposição, como quase sempre. Jadson foi "convidado" a se retirar do tour, algo que já vimos com Neco, Polo, Cory, etc, etc...simplesmente não importa o que se faça, a nota não sai e em não saindo, não se passa bateria e cai no ranking. Mas ao contrário dos que citei, André parece ter acreditado que seu potencial diminuiu na mesma medida que suas notas. Ele começou a arriscar menos e cair mais. Mesmo naqueles aéreos rodando que são sua marca registrada o potiguar começou a erra-los com uma frequência nunca vista antes. Deve voltar rapidamente ao tour, mas deve focar na melhora e aumento de seu arsenal de backside e estilo, se quiser fazer com sua volta seja permanente.
HEITOR ALVES - Pode-se dizer que não foi dos momentos mais sagazes da história competitiva do cearense. Precisava de resultado, pegou um osso duro (o atual campeão do evento), demorou para escolher a primeira e quando faz se coloca numa tremenda de uma interferencia. A qual, aliás, coloca em dúvida a total eficiência do sistema de duas baterias simultâneas, mas isso é outro papo. De qualquer forma Heitor já passou por isso, e quando saiu do CT fez sua melhor temporada da carreira no ano seguinte. Espero grandes participações de Alves no QS e Prime de 2013.
TIAGO PIRES - Outro que precisava de resultado e não conseguiu. Não fez praticamente nada digno de nota em sua bateria. Vide placar. Sua angustia foi longa. Apenas quando Yadin Nicoll foi derrotado nas quartas de final é que pode confirmar sua vaga por mais um ano no WCT. Tem que melhorar muito sua competitividade se quiser permanecer na elite. Gosto do surf do Saca, mas performances como a que apresentou na Ilhas Canarias este ano estão cada vez mais raras.
GRINGOS
Comecemos pelos destaques negativos. Bruce Irons é ex profissional em atividade. Não estava a fim ou sem condições...de qualquer forma não é nem sombra do surfista que foi. Vejam vídeos de antes de 2000 para ver o real potencial do moleque e seu disperdicio.
Jamie O foi vencido por sua própria arrogância. Numa esquerda da série ao invés de fazer seu feijão com arroz, ou seja entubar fundo saindo lá no canal, ele resolveu mudar de base. Resultado, vaca e prancha quebrada. Perdeu tempo e a bateria. Mané!
JJ pode ser incluído nos destaques negativos. Não na Tríplice Coroa, mas no Pipemaster. Simplesmente não se achou no seu pico, e não foi por falta de tentativas, já que pegou vários tubos fechados. Não era para ser.
Destaques positivos - Yadin Nicoll, precisava chegar as semis para se garantir e quase fez. Estava torcendo para que fizesse. Foi quem mais se jogou para Backdoor.
Mick Fanning - Perdeu, mas de que forma?!? Sua derrapada controlada dentro do tubo de Pipe valeu o ingresso.
Shane Dorian - Infinito. Melhor water man do mundo. Se tivesse competido sua vida toda da forma que competiu neste Pipemaster já teria seu merecido título mundial. Perdeu para KS e juízes e só.
Josh Kerr - Acho que seu arsenal de aéreos em merrecas fazem a gente esquecer suas atuações em ondas grandes, como no Tahiti ano passado. O cara se joga! Seguindo a mesma linha de Kieran e Joel, que foram vices antes de vencerem em Pipe, se derem mole ano que vem ele vira Pipemaster.
KS e JOEL não poderiam deixar de ser destaques positivos. O primeiro mostrou sua majestade. Surfou bem para ambos os lados com sua quadriquilha mínima. Perdeu para Kerr porque o mar parou, senão o resultado poderia ter sido outro.
Já Joelito mostrou capacidade de superação mental jamais vista. Recebeu ajuda dos juízes, mas se impôs em praticamente todas as baterias e mereceu, como já disse, não só o título da etapa, como do mundo.
Em breve a dissecação dos novos Top 32/2013...
Resultados:
Campeão: Joel Parkinson (AUS) com 17,17 pontos (9,17+8,00) – US$ 75.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Josh Kerr (AUS) com 14,83 (notas 7,83+7,00) – US$ 30.000 e 8.000 pontos
SEMIFINAIS
3.o lugar – US$ 17.500 e 6.500 pontos:
1.a: Joel Parkinson (AUS) 14.63 x 17.30 Damien Hobgood (EUA)
SEMIFINAIS
3.o lugar – US$ 17.500 e 6.500 pontos:
1.a: Joel Parkinson (AUS) 14.63 x 17.30 Damien Hobgood (EUA)
2.a: Josh Kerr (AUS) 11.13 x 4.90 Kelly Slater (EUA)
QUARTAS DE FINAL
5.o lugar – US$ 13.750 e 5.200 pontos:
1.a: Damien Hobgood (EUA) 9.83 x 9.17 Sebastien Zietz (HAV)
QUARTAS DE FINAL
5.o lugar – US$ 13.750 e 5.200 pontos:
1.a: Damien Hobgood (EUA) 9.83 x 9.17 Sebastien Zietz (HAV)
2.a: Joel Parkinson (AUS) 12.50 x 9.40 C. J. Hobgood (EUA)
3.a: Josh Kerr (AUS) 15.00 x 12.17 Yadin Nicol (AUS)
4.a: Kelly Slater (EUA) 18.73 x 18.20 Shane Dorian (HAV)
QUINTA FASE – REPESCAGEM
9.o lugar – US$ 11.000 e 4.000 pontos:
1.a: Damien Hobgood (EUA) 8.23 x 3.26 Kieren Perrow (AUS)
QUINTA FASE – REPESCAGEM
9.o lugar – US$ 11.000 e 4.000 pontos:
1.a: Damien Hobgood (EUA) 8.23 x 3.26 Kieren Perrow (AUS)
2.a: C. J. Hobgood (EUA) 13.94 x 8.00 Dane Reynolds (EUA)
3.a: Yadin Nicol (AUS) 13.00 x 12.00 Gabriel Medina (BRA)
4.a: Kelly Slater (EUA) 19.27 x 10.66 Miguel Pupo (BRA)
QUARTA FASE
1.o=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Repescagem:
———-abriram a sexta-feira:
3.a: 14.57=Josh Kerr (AUS), 14.10=Gabriel Medina (BRA), 8.10=Kelly Slater (EUA)
QUARTA FASE
1.o=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Repescagem:
———-abriram a sexta-feira:
3.a: 14.57=Josh Kerr (AUS), 14.10=Gabriel Medina (BRA), 8.10=Kelly Slater (EUA)
4.a: 6.53=Shane Dorian (HAV), 5.83=Miguel Pupo (BRA), 4.23=Yadin Nicol (AUS)
———-baterias que fecharam o domingo:
1.a: 16.40=Sebastien Zietz (HAV), 14.17=Damien Hobgood (EUA), 9.96=Dane Reynolds (EUA)
———-baterias que fecharam o domingo:
1.a: 16.40=Sebastien Zietz (HAV), 14.17=Damien Hobgood (EUA), 9.96=Dane Reynolds (EUA)
2.a: 18.10=Joel Parkinson (AUS), 6.20=C. J. Hobgood (EUA), 5.83=Kieren Perrow (AUS)
LISTA DOS 32 CLASSIFICADOS PARA O ASP TOUR 2013:
TOP-22 DO ASP WORLD TOUR 2012 – 10 etapas:
1.o: Joel Parkinson (AUS) – 58.700 pontos
LISTA DOS 32 CLASSIFICADOS PARA O ASP TOUR 2013:
TOP-22 DO ASP WORLD TOUR 2012 – 10 etapas:
1.o: Joel Parkinson (AUS) – 58.700 pontos
2.o: Kelly Slater (EUA) – 55.450
3.o: Mick Fanning (AUS) – 47.000
4.o: John John Florence (HAV) – 44.350
5.o: Adriano de Souza (BRA) – 42.350
6.o: Taj Burrow (AUS) – 41.900
7.o: Gabriel Medina (BRA) – 41.350
8.o: Josh Kerr (AUS) – 38.900
9.o: Julian Wilson (AUS) – 35.900
10: Owen Wright (AUS) – 33.600
10: Jeremy Flores (FRA) – 33.600
12: Jordy Smith (AFR) – 27.900
13: C. J. Hobgood (EUA) – 26.650
14: Adrian Buchan (AUS) – 25.400
15: Michel Bourez (TAH) – 24.250
16: Damien Hobgood (EUA) – 21.750
17: Miguel Pupo (BRA) – 19.450
18: Alejo Muniz (BRA) – 18.450
19: Kieren Perrow (AUS) – 18.200
20: Bede Durbidge (AUS) – 16.250
20: Travis Logie (AFR) – 16.250
22: Kai Otton (AUS) – 16.200
G-10 DO ASP WORLD RANKING – 45 etapas – 10 do WCT / 8 Prime / 27 Star:
01: Kolohe Andino (EUA) – 16.o lugar no ranking com 22.395 pontos
G-10 DO ASP WORLD RANKING – 45 etapas – 10 do WCT / 8 Prime / 27 Star:
01: Kolohe Andino (EUA) – 16.o lugar no ranking com 22.395 pontos
02: Matt Wilkinson (AUS) – 17.o com 22.350
03: Sebastien Zietz (HAV) – 19.o com 21.810
04: Glenn Hall (IRL) – 24.o lugar com 18.905
05: Brett Simpson (EUA) – 25.o com 17.310
06: Filipe Toledo (BRA) – 26.o com 16.700
07: Adam Melling (AUS) – 26.o com 16.690
08: Nat Young (EUA) – 29.o com 16.365
09: Fredrick Patacchia (HAV) – 30.o com 15.850
10: Tiago Pires (PRT) – 31.o com 15.820
———–primeiros alternates para 2013:
1.o: Patrick Gudauskas (EUA) – 32.o lugar com 15.030 pontos
———–primeiros alternates para 2013:
1.o: Patrick Gudauskas (EUA) – 32.o lugar com 15.030 pontos
2.o: Willian Cardoso (BRA) – 33.o com 14.820
3.o: Raoni Monteiro (BRA) – 34.o com 14.600
4.o: Jean da Silva (BRA) – 35.o com 14.470
5.o: Heitor Alves (BRA) – 36.o com 14.020
SAÍRAM DA ELITE DOS TOP-34 NO WCT 2012:
26.o no ranking: Yadin Nicol (AUS) – 14.950 pontos
SAÍRAM DA ELITE DOS TOP-34 NO WCT 2012:
26.o no ranking: Yadin Nicol (AUS) – 14.950 pontos
27.o: Heitor Alves (BRA) – 14.750
28.o: Raoni Monteiro (BRA) – 13.500
31.o: Taylor Knox (EUA) – 9.000
32.o: Jadson André (BRA) – 7.750
32.o: Dusty Payne (HAV) – 7.750
32.o: Patrick Gudauskas (EUA) – 7.750
fonte Resultados: Ricosurf / Por João Carvalho
fonte Resultados: Ricosurf / Por João Carvalho
Caracas, dissecou o cadáver todo de Pipe. Fazia tempo q não lia tanto argumento. Muito bom sempre Dôtor Ivo. Valeu mais uma vez meu camarada.Abçs
ResponderExcluirValeu meu amigo!!!!
Excluire 2013? melhora?
vem pro CT?
ABÇS
Caracas, dissecou o cadáver todo de Pipe. Fazia tempo q não lia tanto argumento. Muito bom sempre Dôtor Ivo. Valeu mais uma vez meu camarada.Abçs
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