Com ondas bem melhores o último dia do Reef Pro começou com as baterias restantes da terceira fase. Ondas bem melhores para qualquer lugar do mundo. Para o Hawaii estava bem merreca.
Distribuindo pontos de um evento Prime, os nervos de vários atletas localizados na bolha do ranking estavam sendo colocados a prova.
Logo na primeira, Willian Cardoso não conseguiu achar nada e foi eliminado por Roy Powers, Aritz Aramburu e Tiago Pires. Bateria de poucas ondas, fora Tiago, todos os outros atletas pegaram apenas 4 ondas. O catarinense terá que apostar tudo em Sunset, já que não troca pontos nesta etapa.
Jadson estreou na bateria seguinte, privilégios de WT. Classificou-se atrás de Nat Curran, eliminando o local Fred P e o queridinho da américa Eric Geiselman, o irmão mais prego do Evan.
E na última da fase, numa bateria em que ninguém conseguiu duas boas, o homem com uma boa levou. Granger Larsen acertou algumas pancas impressionantes para passar em primeiro, com Marc Lacomare em segundo. Guigui Dantas também estava nesta, mas a exemplo de Willian, não se achou e amargou o quarto lugar no heat.
FASE 4
A fase 4 começou com os dois expoentes da nova geração americana dominando as duas primeiras baterias. Evan Geiselman e Kolohe Andino não deixaram muitas dúvidas e passaram com certa facilidade em primeiro.
Leo Neves caiu na terceira da fase. O mar já estava com um tamanho consideravel e as séries variando durante os heats, alguns com muita onda e outros com pouca. Esta foi uma de muitas ondas. Quem melhor as aproveitou foi Glenn Hall com muita velocidade de front e verticalidade de back e Kekoa Bacalso, na base da porrada mesmo. Leo ficou por aqui junto com Seb Zietz.
Camarão entrou em seguida, numa batalha durissima contra Dan Ross, Taj e J. Florence.
O havaiano acertou um aereozão de back antes de 5 minutos e com um nove no bolso para dar o tom das disputas. Taj, achou um tubão seguido de uma rasgada layback arrancando um 9,4 e virou. Em seguida, Ross e Camarão fizeram um sanduba do Florence numa clara dupla interferencia após uma acirrada disputa de remada. Pensando no ranking, põe acirrada nisso, já que tinhamos o 39º, Ross, 38º, Camarão e o 27º, Florence, remando por um lugar ao sol ano que vem. Achei que era para anotar contra Florence, que qualquer lado que fosse, estaria errado e para Ross, já que a onda era uma direita, mas sobrou apenas para o aussie. Sem a interferencia no havaiano, a missão do Camaras era indigesta, ainda mais depois de Florence sair de um tubinho para somar ao 9. Uma pena, pois com os 1200 pontos do terceiro lugar nesta bateria, Tiago não soma nada de pontos, enquanto, Ross troca um resultado.
Mineiro entrou em seguida, rapidamente fez duas notas 6 surfando 10 km/h mais rápido que qualquer outro da sua bateria. E estou falando de uma bateria de 4 caras WT. Brett passou em segundo. Ace Buchan (que segundo Nuno Jonet é também escritor de livros infantis) e Dusty Payne ficam por ali.
Antes da primeira polemica de notas do evento, Tanner Gudauskas quebrou sua bateria e passou mesmo com interferencia contra ele.
Jadson esta na próxima. Nas suas duas melhores teve ao menos um ponto abaixo do que merecia. Atentem para a velocidade a onda de 3 manobras do Jadson. Velocidade linkando uma na outra, 4 e pouco? Qué isso! A onda boa do Roy Powers tbém foi um ponto a mais do que merecia. No fim passaram Michel Bourez, que tbém não estava sendo bem julgado e Powers, no garfo.
Jessé entrou na próxima e fez duas lindas esquerdas, a primeira foi bem julgada, a segunda não, o 6,10 valia ao menos 7,5. Tudo bem que aereo reverse não é uma manobra dificil para o surf competição de hoje em dia, mas aereo reverse na primeira manobra, deve ser considerada uma primeira manobra forte, ainda mais quando é um manobrão funcional, servindo também para passar uma sessão da onda. Acabou sendo suficiente para passar em segundo. Larsen virou surfando forte, mas Jessé foi o vencedor moral do heat.
QUARTAS
Kekoa Bacalso é daqueles caras que tem algo a provar. Esta surfando desta forma. Foi campeão mundial pro jr e parece que resolveu engordar justo quando entrou no WT. Durou algumas temporadas, mas acabou saindo. Sem patrocinio, mais magro e surfando um dos melhores base lip do negócio, com apenas duas ondas se classificou para a semi. Porradas do inicio ao fim ainda dão nota.
Taj passou praticamente a bateria toda em último, achou um direitão, uma rasgada normal e um tubo que foi mais plástico do que longo, mas o estilo na estolada e a saída praticamente limpa valeram a nota. Faltando poucos minutos o australiano precisava de pouco para virar, situação perfeitamente aproveitada pelos juizes que empurraram ele na última onda. Achei significativo este empurrão porque demonstra que não é só contra os novos talentos brasileiros que rola isso, contra os novos talentos gringos também. Evan merecia passar, mas morreu na praia junto com Kolohe Yellow Hand.
Na segunda bateria das quartas, Nat Young explodiu! Sério, nunca vi esse polaco surfar tanto! Não sei porque não deram 10 na última dele.
J. Florence seria o destaque natural desta bateria, mas mesmo surfando bem foi totalmente ofuscado pelo jovem Young (não aguentei o trocadilho, heheh). Kieran Já Foi Tarde Perrow e Glenn Hall em acabaram terceiro e quarto respectivamente
Mineirinho e Jessé se encontram nessa terceira quarta de final. Quem sabe não tivessem achatado as notas do Mendes, isso não rolaria...paciencia.
Foi uma boa bateria, Michel Bourez demorou para acordar, mas também quando resolveu surfar ninguém segurou. Jesse ficou meio perdido no inicio, e só entrou na briga mais no final, e acabou faltando outra boa. Mineiro virou em cima de Tanner Gudauskas na hora certa para se classificar para a semi. Como falei, ele esta maduro para levar uma taça como a Trple Crown.
Roy Powers e Adam Melling barraram Brett Simpo e Granger Larsen na última quarta de final. Adam pode complicar a vida de muitos caras da bolha do ranking.
SEMIS
A bateria nem tinha começado direito e Taj já estava com um 9 no bolso.
Florence logo equilibrou as coisas com um 7, mas o bicho pegou mesmo quando o elétrico Young também achou seu 7. Kekoa ainda estava na casa dos 5. Tudo indicava para um fim de bateria tenso entre Young e Florence. Não deu outra, com a classificação pendendo para o local de Santa Cruz que arrancou um 5,7 salvador no final.
A segunda semi foi bem nervosa. Adriano liderava com uma folga muito pequena contra Melling e Bourez que já tinham algo no bolso e precisavam de pouco para virar. Esperto, Mineiro foi aumentando seus scores e ao mesmo tempo se defendendo das trocas de nota dos adversários. Na minha opinião o resultado foi duplamente positivo, já que Bourez seria muito mais perigoso na final do que Melling, acho.
FINAL
Pelas twittadas da hora da final, vi que não há unanimidade no assunto, mas achei as duas notas do Taj extremamente exageradas.
Se o resultado fosse mais apertado isso poderia ser um problema. Mas não foi assim, o único que não estava em combinação era Mineiro e o brasileiro não conseguiu achar outra onda boa para equilibrar a peleja.
Não dá pra dizer que deram algo para o Taj. Diria que ele venceu, mas não pela margem de pontos que os números demonstram.
Adam Melling surpreendeu. Deve ter se garantido ou chegado perto de se garantir nos Tops pós Pipe.
Mineiro queria a vitória e deve estar mordido. Concordo com Jonet, os arcos longos das rasgadas de Mineiro devem se encaixar como uma luva em Sunset. Chegar mordido e com a motivação de disputar a Triplice Coroa pode trazer outro resultado para Mineiro.
Nat Young gastou tudo que tinha nas quartas e na semi. Ainda vai aprender a explodir na hora certa. Há luz no fim do túnel do surf norte americano. Esse rapaz estava possuido até as semis. Acho que nem ele acreditou que estava surfando tanto.
Pelas previsões Sunset começa domingo com ondas de verdade neste link: http://vanstriplecrownofsurfing.com/vansworldcupofsurfing2011
Distribuindo pontos de um evento Prime, os nervos de vários atletas localizados na bolha do ranking estavam sendo colocados a prova.
Taj Burrow surfou muito e mereceu. Foi mal julgado na final, mas seus adversários ajudaram. foto: http://vanstriplecrownofsurfing.com/reefhawaiianpro2011/photo_gallery/day_12rhp |
Logo na primeira, Willian Cardoso não conseguiu achar nada e foi eliminado por Roy Powers, Aritz Aramburu e Tiago Pires. Bateria de poucas ondas, fora Tiago, todos os outros atletas pegaram apenas 4 ondas. O catarinense terá que apostar tudo em Sunset, já que não troca pontos nesta etapa.
Jadson estreou na bateria seguinte, privilégios de WT. Classificou-se atrás de Nat Curran, eliminando o local Fred P e o queridinho da américa Eric Geiselman, o irmão mais prego do Evan.
E na última da fase, numa bateria em que ninguém conseguiu duas boas, o homem com uma boa levou. Granger Larsen acertou algumas pancas impressionantes para passar em primeiro, com Marc Lacomare em segundo. Guigui Dantas também estava nesta, mas a exemplo de Willian, não se achou e amargou o quarto lugar no heat.
FASE 4
A fase 4 começou com os dois expoentes da nova geração americana dominando as duas primeiras baterias. Evan Geiselman e Kolohe Andino não deixaram muitas dúvidas e passaram com certa facilidade em primeiro.
Leo Neves caiu na terceira da fase. O mar já estava com um tamanho consideravel e as séries variando durante os heats, alguns com muita onda e outros com pouca. Esta foi uma de muitas ondas. Quem melhor as aproveitou foi Glenn Hall com muita velocidade de front e verticalidade de back e Kekoa Bacalso, na base da porrada mesmo. Leo ficou por aqui junto com Seb Zietz.
Camarão entrou em seguida, numa batalha durissima contra Dan Ross, Taj e J. Florence.
O havaiano acertou um aereozão de back antes de 5 minutos e com um nove no bolso para dar o tom das disputas. Taj, achou um tubão seguido de uma rasgada layback arrancando um 9,4 e virou. Em seguida, Ross e Camarão fizeram um sanduba do Florence numa clara dupla interferencia após uma acirrada disputa de remada. Pensando no ranking, põe acirrada nisso, já que tinhamos o 39º, Ross, 38º, Camarão e o 27º, Florence, remando por um lugar ao sol ano que vem. Achei que era para anotar contra Florence, que qualquer lado que fosse, estaria errado e para Ross, já que a onda era uma direita, mas sobrou apenas para o aussie. Sem a interferencia no havaiano, a missão do Camaras era indigesta, ainda mais depois de Florence sair de um tubinho para somar ao 9. Uma pena, pois com os 1200 pontos do terceiro lugar nesta bateria, Tiago não soma nada de pontos, enquanto, Ross troca um resultado.
Mineiro entrou em seguida, rapidamente fez duas notas 6 surfando 10 km/h mais rápido que qualquer outro da sua bateria. E estou falando de uma bateria de 4 caras WT. Brett passou em segundo. Ace Buchan (que segundo Nuno Jonet é também escritor de livros infantis) e Dusty Payne ficam por ali.
Antes da primeira polemica de notas do evento, Tanner Gudauskas quebrou sua bateria e passou mesmo com interferencia contra ele.
Jadson esta na próxima. Nas suas duas melhores teve ao menos um ponto abaixo do que merecia. Atentem para a velocidade a onda de 3 manobras do Jadson. Velocidade linkando uma na outra, 4 e pouco? Qué isso! A onda boa do Roy Powers tbém foi um ponto a mais do que merecia. No fim passaram Michel Bourez, que tbém não estava sendo bem julgado e Powers, no garfo.
Jessé entrou na próxima e fez duas lindas esquerdas, a primeira foi bem julgada, a segunda não, o 6,10 valia ao menos 7,5. Tudo bem que aereo reverse não é uma manobra dificil para o surf competição de hoje em dia, mas aereo reverse na primeira manobra, deve ser considerada uma primeira manobra forte, ainda mais quando é um manobrão funcional, servindo também para passar uma sessão da onda. Acabou sendo suficiente para passar em segundo. Larsen virou surfando forte, mas Jessé foi o vencedor moral do heat.
QUARTAS
Kekoa Bacalso é daqueles caras que tem algo a provar. Esta surfando desta forma. Foi campeão mundial pro jr e parece que resolveu engordar justo quando entrou no WT. Durou algumas temporadas, mas acabou saindo. Sem patrocinio, mais magro e surfando um dos melhores base lip do negócio, com apenas duas ondas se classificou para a semi. Porradas do inicio ao fim ainda dão nota.
Viu? Kekoa fininho. foto:vanstriplecrownofsurfing.com |
Taj passou praticamente a bateria toda em último, achou um direitão, uma rasgada normal e um tubo que foi mais plástico do que longo, mas o estilo na estolada e a saída praticamente limpa valeram a nota. Faltando poucos minutos o australiano precisava de pouco para virar, situação perfeitamente aproveitada pelos juizes que empurraram ele na última onda. Achei significativo este empurrão porque demonstra que não é só contra os novos talentos brasileiros que rola isso, contra os novos talentos gringos também. Evan merecia passar, mas morreu na praia junto com Kolohe Yellow Hand.
Na segunda bateria das quartas, Nat Young explodiu! Sério, nunca vi esse polaco surfar tanto! Não sei porque não deram 10 na última dele.
J. Florence seria o destaque natural desta bateria, mas mesmo surfando bem foi totalmente ofuscado pelo jovem Young (não aguentei o trocadilho, heheh). Kieran Já Foi Tarde Perrow e Glenn Hall em acabaram terceiro e quarto respectivamente
Mineirinho e Jessé se encontram nessa terceira quarta de final. Quem sabe não tivessem achatado as notas do Mendes, isso não rolaria...paciencia.
Foi uma boa bateria, Michel Bourez demorou para acordar, mas também quando resolveu surfar ninguém segurou. Jesse ficou meio perdido no inicio, e só entrou na briga mais no final, e acabou faltando outra boa. Mineiro virou em cima de Tanner Gudauskas na hora certa para se classificar para a semi. Como falei, ele esta maduro para levar uma taça como a Trple Crown.
Roy Powers e Adam Melling barraram Brett Simpo e Granger Larsen na última quarta de final. Adam pode complicar a vida de muitos caras da bolha do ranking.
SEMIS
A bateria nem tinha começado direito e Taj já estava com um 9 no bolso.
Florence logo equilibrou as coisas com um 7, mas o bicho pegou mesmo quando o elétrico Young também achou seu 7. Kekoa ainda estava na casa dos 5. Tudo indicava para um fim de bateria tenso entre Young e Florence. Não deu outra, com a classificação pendendo para o local de Santa Cruz que arrancou um 5,7 salvador no final.
A segunda semi foi bem nervosa. Adriano liderava com uma folga muito pequena contra Melling e Bourez que já tinham algo no bolso e precisavam de pouco para virar. Esperto, Mineiro foi aumentando seus scores e ao mesmo tempo se defendendo das trocas de nota dos adversários. Na minha opinião o resultado foi duplamente positivo, já que Bourez seria muito mais perigoso na final do que Melling, acho.
FINAL
Pelas twittadas da hora da final, vi que não há unanimidade no assunto, mas achei as duas notas do Taj extremamente exageradas.
Se o resultado fosse mais apertado isso poderia ser um problema. Mas não foi assim, o único que não estava em combinação era Mineiro e o brasileiro não conseguiu achar outra onda boa para equilibrar a peleja.
Não dá pra dizer que deram algo para o Taj. Diria que ele venceu, mas não pela margem de pontos que os números demonstram.
Adam Melling surpreendeu. Deve ter se garantido ou chegado perto de se garantir nos Tops pós Pipe.
Mineiro queria a vitória e deve estar mordido. Concordo com Jonet, os arcos longos das rasgadas de Mineiro devem se encaixar como uma luva em Sunset. Chegar mordido e com a motivação de disputar a Triplice Coroa pode trazer outro resultado para Mineiro.
Nat Young gastou tudo que tinha nas quartas e na semi. Ainda vai aprender a explodir na hora certa. Há luz no fim do túnel do surf norte americano. Esse rapaz estava possuido até as semis. Acho que nem ele acreditou que estava surfando tanto.
Pelas previsões Sunset começa domingo com ondas de verdade neste link: http://vanstriplecrownofsurfing.com/vansworldcupofsurfing2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário